quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Uma reverência diária ao arvoredo local


Antigos cinamomos formam agradável sombra, aqui no Mercês - Curitiba, arq. pessoal

Quando eu ainda era criança ou ainda estudante adolescente era lembrada, a todo momento, do quanto as árvores são importantes à vida de todos. A minha escola nem precisava recorrer ao Dia da Árvore para festejá-las no dia 21 de setembro - ou mesmo reverênciá-las costumeiramente. Sabe por quê? Eu morava em Belém. Lá, a maioria das ruas antigas abriga as mangueiras gigantescas, reservatórios naturais dos benefícios climáticos ao morador ou visitante acalorado na cidade.


Mangueiras circundavam o meu saudoso GE "Barão do Rio Branco"- Belém, arq. pessoal
 Uma constatação entristecedora -  As novas administrações da capital paraense parecem, entretanto, não oferecer ao arvoredo amazônico o mesmo tratamento dos seus antessores. O conluio com a derrubada da floresta começa pela ausência de atenção ao paisagismo embelezador advindo com o arvoredo nas praças, ruas e lugares públicos. Praças antigas são exemplos incontestáveis. Uma volta, por exemplo, no entorno do Teatro da Paz dimensionará a minha saudade. Na Praça Batista campos o visitante ou o morador de Belém rende graças aos antigos administradores, sempre atentos à presença do arvoredo nas áreas públicas. Não tenho dúvida alguma de que os altos índices de desmatamento no meu saudoso Pará, assim como as bondades legais oferecidas aos desmatadores são explicados pela insensibilidade aos pequenos pontos da questão.

Uma agradável surpresa encontrei com as jovens mangueiras, aqui pelo Mercês- arq. pessoal
Farto arvoredo curitibano - Quanto visitei Curitiba pela primeira vez, lá pela década de 1980, fiquei encantada - hoje, em 2011, a cidade continua muito arborizada. Raramente vejo uma rua sem o encanto de uma espécie de árvore. Quando chega, por exemplo, a temporada das flores e dos frutos, há um olhar de reverência do morador local, sempre orgulhoso da cidade bem florida. As amoreiras carregadinhas de amoras são agora a grande sensação, não tenha dúvida alguma. Basta olhar, observar, colher e saboreá-las.

Hoje, meu caro, leitor, é comemorado o Dia da Árvore. Penso que nem é preciso um dia especial. Tenho impressão de que para muita gente, também, mas será que você está incluído no rol de amigos da árvore e, consequentemente, amigo das praças e jardinetes arborizadas, assim como fica sempre atento ao noticiário ligado à vida, manutenção, manejo e destruição das florestas, aqui no Paraná ou nas demais regiões do Brasil?

A temporada das  deliciosas amoras está em alta nas praças e quintais de Curitiba - arq. pessoal


Uma proposta com fins interativos - Que tal, caro leitor?

> Descrever a árvore mais próxima do seu campo de visão?
> Fotografá-la, mesmo com a câmera do celular?
> Que tal enviar a fotografia ao meu endereço eletrônico( olhe lá no cabeçalho do NaMira)? Prometo trazê-la aqui para cima e indicar, evidentemente, a autoria e a legenda do autor da foto.

Nossas crianças e jovens passarão, diante do exemplo dos adultos, a reverenciar a existência das árvores, mas se de nós observarem apenas a insensibilidade, o que esperar dessa geração que prefere ficar dentro de casa, ao contrário de desfrutar dos espaços livres nos parques arborizados com as mais variadas espécies florais ou frutíferas? Façamos a diferença, leitor. Está interessado?

Até a próxima!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails