sábado, 26 de fevereiro de 2011

Correspondentes do Na Mira descrevem

Adoro a interação dos leitores. A primeira descrição sobre o tempo pelo Brasil afora já chegou; veio pelo Twitter. Acompanhe a inclusão dos comentários ao longo do dia. Vai interagir, também? Como está a cara do tempo aí na sua cidade, leitor?


"Bom dia, Doralice! Sol entre muitas nuvens em Rio Preto. choveu ontem. Dever ficar na mesma toada, hj!sol, nuvens, chuva e calor.:)"

(Be Neviani, de SJ do Rio Preto, SP)


"Bauru...mega sol e calor."
(Marcella, comentário no blog)


  "Vilhena, chuva,chuva,chuva... maior melancolia.."   
      Nidiane, de Vilhena(RO), no blog)


Até a próxima!

O direito de duvidar

O leitor contumaz da página, aquele que acompanha com regularidade, sabe que eu jamais votaria no Tiririca. Sabe também que ele não passaria no teste de leitura se eu estivesse presente na hora daquela prova. Deve imaginar, também, da minha dúvida quanto ao sucesso da atuação da excelência , hoje integrante da Comissão de Educação e Cultura

É um direito discordar e pensar diferente sobre qualquer tema. Quer um exemplo? Ontem à noite vi em Educação divertida que o professor Jarbas Novelino , meu querido amigo, pensa diferente de mim. É um direito.

 Arquivo JBosco ,7 maio 2010

Opine - Você mantém reservas sobre a questão ou prefere passar bem distante do tema, caro leitor? Educação é coisa muito séria; não é brincadeira e envolve formalidades e exigências compatíveis à seriedade dos propósitos. Quer um exemplo? Ainda ontem para fazer a minha inscrição em mais um curso de pós-graduação precisei mostrar Histórico Escolar, Diploma da Graduação, Carteira de Identidade e CPF autenticados, além de um currículo profissional atualizado. Não bastava mostar que sei ler e escrever. Sem os documentos originais? Nem...nem. Na instância política federal basta ter sido eleito para integrar a Comissão de Educação e Cultura? Inadmissível e incoerente.

Com ética e seriedade - A condução dos temas de educação, lá no Congresso Nacional, nas câmaras municipais e assembleias legislativas do Brasil não pode ser levada na brincadeira. É coisa séria, sem palhaçada, porque o panorama é preocupante e exige seriedade na defesa dos projetos ou  na contestação do impraticável. Vou pedir aos amigos jornalistas André Gonçalves e Josias de Souza , residentes em Brasília, que acompanhem e descrevam atentamente os passos da Comissão de Educação e Cultura. Quero ficar sempre bem informada, poder duvidar e até mesmo reconhecer erros. É um direito e um dever.

Até a próxima!

Verão curitibano? Conviva com a chuva

Ontem fui resolver uma pendência, ali para o lado do bairro Rebouças, perto do Shopping Estação. Levava uma pasta e o note, além da bolsa. Olhei para o céu. Estava claro e sem nuvens escuras. Decidi deixar a sombrinha em casa. Foi uma má ideia.

Fiquei um tempão, ali embaixo da marquise da UFTPR, conhecida ainda como Cefet.  A chuvarada e a ventania, o trânsito frenético e as enormes poças de água da chuva que se formavam ao lado do acostamento ao longo da Av. sete de Setembro, não encorajavam a minha saída. Não adiantaria chamar um táxi, porque ao chegar em casa eu teria embaraços para abrir o portão: o cadeado, a bolsa, o note. Ui. O jeito era esperar alguém com uma sombrinha bem grande e pedir uma carona. Depois de um tempo encontrei uma alma boa; vinha protegida com o tipo de sombrinha bem larga e com aquele cabo de madeira. Pedi uma carona até ao shopping. Lá eu teria mais opções.

Nuvens escuras sempre encobrem o sol durante o verão curitibano- Arredores do centro Cívico- Curitiba- Arquivo pessoal



Fazer o quê? - Fiquei  dentro do shopping um tempão. Nem reparei o quanto, porque chovia muito. Pensei  até em ir ao cinema, mas não fiquei entusiasmada com a programação. Fui à única livraria existente; folheei livros. Muito caros. Sai para tomar um café. Continuava chovendo muito. Fiquei enfastiada com aquele programa sem rumo e decidi comprar uma sombrinha - ui, mais uma para a minha coleção! Conclusão: não saia de casa sem sombrinha ou guarda-chuva durante o verão curitibano. 

Curitiba - O tempo agora está ameaçador, embora tenhamos um sol tímido que vai e volta. O Simepar informa tudo com detalhes técnicos.

Interaja - Aí faz sol ou você também, só de olhar para o céu, sabe que a chuva cairá? Gosto de acompanhar as suas impressões descritivas sobre o tempo. Prometo trazê-las aqui para cima, assim que chegarem. Anime a conversa, leitor! 

Até  a próxima!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

As palavras são indispensáveis

                                                       Na casa das palavras...chegavam os poetas. As palavras, guardadas em velhos frascos de cristal, esperavam pelos poetas e se ofereciam, loucas de vontade de ser escolhidas: elas rogavam aos poetas que as olhassem, as cheirassem, as tocassem, as provassem. Os poetas abriam os frascos, provavam as palavras com o dedo e então lambiam os lábios ou fechavam a cara. Os poetas andavam em busca de palavras que não conheciam. E também buscavam palavras que conheciam e tinham perdido.

(Eduardo Galeano, A Palavra)


Um dos vestibulandos do ano passado imerso no mundo das palavras - Encontros Marcados com a Redação, 2010 - Arquivo pessoal

Vocabulário passivo e ativo - Você já reparou que pela falta do emprego refletido as palavras perdem a dinâmica? Quase desaparecem. Muitas vezes eu as levo a passear comigo. Sabe como? Eu as conduzo aos cadernos de redação dos meus alunos ou aqui nas postagens ou no objetivo Twitter. Quer exemplos? Arregimentação, ética, convergência, articulação, encadeamento, justaposição,contradição, entre outras que os estudantes agarram e passam a utilizá-las não apenas na escrita, mas na conversa rotineira. Logo, bem depressa, elas saem a passear com eles, também. É assim que as palavras ganham mais vida.

Listas...- Outra: gosto de estimular a elaboração de conjuntos temáticos com as palavras; ajuda demais a aumentar o vocabulário das crianças e dos jovens. Por exemplo, pedir que elaborem  listas alegres, sombrias, de esperança, de amor, de trabalho, de expressões idiomáticas, da gastronomia, da vida estudantil, além de outras que a imaginação do professor atento pode aumentar. Atacamos, assim, três frentes: a do campo semântico, a da ortografia e a do vocabulário passivo e adormecido, louco para entrar na composição de pequenas frases, períodos e parágrafos concatenados. O sucesso é grande; eu garanto.

Os poetas, caro leitor, trabalham com as palavras, assim como o professor, o jornalista, o advogado, o edublogueiro e toda a gente que escreve e compartilha ideias. Será que as buscamos, quando desconhecidas? Trazemos ao texto a diversidade das palavras ou preferimos a repetição empobrecida? Não sei não... vejo que é comum deixarmos algumas palavras perdidas na memória ou na caixa do esquecimento, tal como bem adverte acima o uruguaio Eduardo Galeano.

Até a próxima!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Cantarolar? Você gosta?

Certamente você conhece o velho ditado "Quem canta, seus males espanta". Pois bem, comece a leitura pensando na resposta ao título da postagem de hoje e depois passe aos versos de Walt Whitman, em Eu Ouço a América cantando, traduzidos por Oswaldino Marques.

" Eu ouço a América cantando multíssonas canções, eu ouço,
Canções de mecânicos, cantando a sua desde que seja alegre e cheia de saúde,
O carpinteiro cantando a sua enquanto mede sua prancha ou barrote,
O pedreiro cantando a sua enquanto se apronta para o trabalho, ou quando sai do trabalho,
O barqueiro cantando no seu barco as coisas que lhe pertencem,
O moço de convés cantando no passadiço do navio,
O sapateiro cantando sentado no seu banco, o chaéleiro cantando diante do balcão,
A canção do lenhador, a canção matinal do jovem com o seu arado sulcando a terra, ou durante o descanso do meio-dia, ou na hora crepuscular.
A deliciosa canção da mãe, ou da jovem esposa atarefada no trabalho, ou da moça cosendo ou lavando.
Cada qual cantando aquilo que somente pertence a si e a ninguém mais.
As preocupações do dia findam com o dia - à noite a festa dos jovens robustos e expansivos.
(....)"

Imagem obtida no ótimo blog  Ideas & Reflexoens
Agora? Não sei você, leitor, mas eu costumo cantarolar quando vou, nos dias ensolarados, administrar a lavagem das roupas, ali  na lavaderia doméstica e muito raramente quando estou no banho, mas quando era ainda uma estudante universitária tinha o alegre hábito de cantar em casa. Simplesmente cantava e assobiava muito. Não precisava nem do auxílio do rádio ou de qualquer indutor musical. Sentia vontade de cantar e cantava. Hoje? Menos cantarolo, talvez porque menos motivos  circunstancialmente alegres a vida oferece. 

Constatação - Eu jamais vi uma pessoa triste cantar ou assobiar; você tem uma observação contrária? Penso que preciso encontrar razões alegres para voltar a cantarolar como outrora. 

Até a próxima!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Quanto é a passagem do ônibus?

Lá vem o "Expresso" é o que todos pensamos ou dizemos ao avistarmos o ônibus! - Arredores da Praça da Ucrânia, Curitiba- Arquivo pessoal
Ontem 170 leitores passaram aqui. É pouco? É muito? Não sei. Ando a procura de três ou cinco almas atentas que mantenham boa conversa comigo. Será que você é uma delas? 

Com a sua ajuda - Gostaria de iniciar uma conversa sobre a utilização do transporte urbano. Qual é o valor  da tarifa aí na cidade onde você reside?Ponto básico na vida do usuário.  Quero reunir dados sobre a tarifa vigente pelo Brasil afora. Será que você pode indicar? Mais tarde, depois da coleta dos informes, eles serão transformados em uma proposta de redação para os meus alunos. Será legal lidar com dados reais sobre o valor da passagem de ônibus, especialmente se advindos de uma conversa no blog.  Aguardarei as informações e as trarei em reprodução literal.  Participe e acompanhe o resultado interativo.

                  Aqui em São José do Rio Preto- SP a tarifa é de R$2,10 queriam aumentar o povo reclamou, mas mm esse valor é caro p/ a cidade.
(Bê Neviani, pelo Twitter)

                                   Doralice: A passagem de ônibus aqui é de R$2,50. Acho caro pelo mau serviço que é prestado(...)"
(Annylinha, de Salvador, BA, comentário no blog)

                                 Doralice, a qui em BH a passagem é R$2,45. Na hora de pagar, passo vergonha, pois entrego frequentemente R$2,00 ao trocador, esperando o troco. É como se eu não conseguisse acreditar que o preço está próximo dos R$3,00. Um horror!
(Gisele Jota, comentário no blog)

                                   Pelotas. R$2,35, como pago pra minha colaboradora 4 passagens pq dia acaba pesando mto.

(Regina Villela , pelo Twitter)


                                  Oi Doralice, aqui em Campinas - SP a tarifa de ônibus é de R$2,85. Pena que a qualidade do serviço deixe a desejar.

(Cenilda, comentário no blog)

           Em Porto Velho a tarifa é de R$2,60.Estampou-se nas manchetes dos jornais a revolta dos estudantes,cuja cidade não dispõe de terminais para economizar qdo trocar de ônibus.
Um absurdo!

(Nidiane Latocheski, comentário no blog)


Aqui em Curitiba o valor é R$2,20, mas a nova tarifa já está iminente. Para quem não é usuário frequente o valor não é abusivo, mas se perguntarmos aos que dependem exclusivamente do transporte urbano público, qualquer aumento agora mexe no orçamento da família.

Até a próxima!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O abençoado retorno para casa

Benditos sejam os ramos
De generosa beleza;
Nossa casa e nossa mesa,
E dos filhos  que criamos.

De  manhã, mal acordamos.
Louvamos a natureza;
em cantos também se reza:
Eis porque tanto cantamos!

Todos, de um modo ou de outro, sempre voltamos para casa - Praça 29 de Dezembro, Curitiba, arquivo pessoal
















Vamos depois, campos fora,
Chamando a fonte que chora
Refrescando a luz em brasa.

Mas nada igual à alegria
De voltar, ao fim do dia,
Ao seio da nossa casa!

(Antonio Correia de Oliveira, Canção das Aves)


Triste é pensar que muitos homens e mulheres neste mundo não têm como voltar para casa. Alguns, diante da imprevidência, limites das oportunidades ou motivos tão diversos, dependem de nós, do governo e da solidariedade para repousar a cabeça, em abrigo noturno. Creio que o atual governador de Manaus, a capital amazonense, não conhece a dimensão universal dos versos lusitanos acima. Entenda melhor examinando a reportagem Em bate-boca, prefeito de Manaus manda...,(Kátia Brasil, Folha.com)

Até a próxima!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Vamos conhecer as escolas públicas?

O título é um convite, caro leitor. Aí no seu bairro, nos arredores do seu trabalho certamente há uma escola pública. Não importa que seja mantida pelas verbas do município, do estado ou do governo federal. Vá lá e peça para conhecer. Um passaporte? Mantenha a distinção e a cordialidade com o responsável pela portaria e a pessoa que autorize a sua entrada. É preciso conhecer melhor a escola pública por dentro e por fora. É uma necessidade. Conhecer algo exige aprofundamento e não apenas atentar às exterioridades. Uma  boa escola é feita de materiais, um projeto pedagógico, gente bem formada e que recebe remuneração digna, tem garantida a segurança de todos, além de ser alvo da participação entusiasmada de toda a comunidade.

Reunir informações - Seus filhos, irmãos, netos, primos, amigos e vizinhos estudam em escola pública? Puxe conversa com eles; assunte sobre as condições da biblioteca, o espaço de convivência no recreio, a oferta e o cardápio da merenda escolar, a cantina, a situação dos sanitários, a manutenção do jardim, a entrega dos livros didáticos, o atendimento na secretaria, o modo como agem os professores em sala de aula e fora dela, assim como sobre a atuação da direção, a segurança de todos, a vizinhança, a logística do transporte urbano nos arredores, entre outros temas que traçam um perfil da situação escolar bem contextualizada.

Fachada do majestoso Colégio Paes de Carvalho; uma contribuição do meu irmão, o Onizes Araújo - Belém, Pará




Realidade diferente - Eu sou do tempo da boa escola pública; saí do ensino básico com prontidão ao trio leitura+escrita+domínio das operações matemáticas.  Atualmente nossas crianças e jovens não têm a mesma autonomia. Tenho a prova concretíssima, porque recebo estudantes no meu curso de redação às vésperas do vestibular;  a maioria deles não costuma trazer bons resultados. É preciso imersão na leitura e treino sistemático na escrita para observar melhores resultados.

SOS - Já pedi, mas as colaborações foram poucas. Tenho certeza de que você poderia fazer uma foto  de uma escola pública com a câmera do seu celular, aí do seu bairro ou proximidade do trabalho. Indique o nome e a localização, além de uma pequena descrição das suas impressões sobre o edifício escolar. Encaminhe esses informes ao meu endereço eletrônico. Prometo não omitir a fonte dessas informações tão necessárias. Faríamos, com a sua ajuda, um mapeamento sobre as escolas públicas, tanto das bem conservadas ou daquelas que parecem merecer a máxima atenção, mas ficam negligenciadas pelas autoridades públicas.

Solicitei e fui prontamente atendida: a EE Vilhena Alves foi fotografada pelo ilustrador Sérgio Bastos- Belém, Pará



Andorinha ...- Sozinha não conseguirei registrar um grande número de escolas, mas com a sua colaboração um mapeamento poderá alertar ao pessoal responsável. Pense nas famílias que matriculam as suas crianças e jovens nessas escolas precárias em todos os sentidos. Você acha que elas atinam à necessidade de radiografar os problemas para exigir soluções cabíveis via internet? Elas estão preocupadas com a sobrevivência, o dinheiro para comer, pagar as contas e depositam no ensino público as poucas esperanças que ainda têm. Nós podemos fazer um pouco mais pelos que estão presos aos limites sociais, quase insuperáveis.

Eu tenho algumas fotos que mostram escolas públicas,  quase todas já publicadas aqui anteriormente, mas com a sua ajuda o acervo do Na Mira poderá aumentar. Posso contar com você? Comece com a câmera do celular. O panorama externo do edifício escolar é apenas uma representação, mas reúne importância fundamental no orgulho discente; a representação interna, infelizmente, quando chega ao grande público já fez as vítimas, concorda comigo?

Até a próxima!

Alvorada

Para quem nasce a aurora?
na antemanhã pergunto
ante a lágrima que o céu
com um olhar antigo verte.
Para mim, para você
nasce a aurora.

Subjuga-me, aurora,
em tuas mãos que não existem,
Raia, ó puro sol diário,
nos quintais desorvalhados.

Rasga-te, céu, à magia
que transfigurou as pedras
e trouxe bruma solícita
às montanhas e aos campos.

Praça Osório, Curitiba - Arquivo pessoal
Para o povo adormecido
nasce a aurora.

Nevoeiro, vai-te embora,
Rompe o escuro, ó matutina,
e vocês, formas de sonhos,
ofereçam-se, que amanhece.

Pará nós, sem exceção,
nasce a aurora.
Mesa, cobre-te de louça.
Oscila, mangueira ao vento.
Ó claridade, derruba
as brancas estátuas da noite.

Pois para que haja dia
é que nasce a alvorada.

(Ledo Ivo, Alvorada)

Você gostou dos versos do poeta alagoano Ledo Ivo, caro leitor?

Até a próxima!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Eu, você, nós, quando juntos, somos mais fortes!

Eu gosto muito de uma boa conversa. Qualquer hora dessas chamarei um grupinho de blogueiros aqui de Curitiba para um café, bem acompanhado de cuscuz adocicado, um bolo paraense(receita de 5 de fev. no É do Pará) e um creme de cupuaçu ou muruci.

Eu sou do tempo em que colocar uma cadeira lá fora de casa atraia a boa prosa; hoje, cada um de nós, atrelado ao seu rol de preocupações e intentos, deixamos a conversa real para seletíssimas ocasiões. Outros tempos, dirá o leitor. Perde a reflexão coletiva. Triunfa o individualismo. É triste.

Uma porção de vatapá assim; você resistiria?Não aconselho. - Arquivo pessoal

Experiência compartilhada - Já sentei alegremente em redor da mesa para tomar um café, aqui em Curitiba, com o Fábio Cequinel, a Bárbara Horn, a Cilmara Castilho e o Alessandro Martins, assim como já almocei com o Benett, mas o meu desejo é reunir o meu grupo de amigos blogueiros para uma conversa coletiva, regada ao que anunciei acima. Não está fora dos planos uma reunião noturna, ali fora no meu jardinzinho ou na casa de alguém solidário à ideia. Para tal intento o melhor será preparar um vatapá e chamar um desses grupos de seresta ou chorinho, igual ao que vejo e ouço aos domingos, ali nas imediações do Largo da Ordem.

O meu intento -  Eu sempre tento interagir com as pessoas. Muitas vezes, lá no meu espaço tuitteiro, puxo a conversa, mas fico quase sempre sem resposta, exceto pela pronta reação de um trio de atentos leitores, simbolicamente representados pela comunicativa Bê Neviani. Na maioria das ocasiões, após duas ou três tentativas, recolho a minha cadeira e guardo as guloseimas, além da interminável rede de temas para outra ocasião, porque interagir efetivamente não é solilóquio ou disparar links em velocidade máxima. Daí o leitor contumaz do Na Mira saber que o meu projeto comunicativo sempre incluirá boa e eficiente conversa tanto aqui, em casa, na sala de aula, quanto em todos os lugares. 

Constatação - Até os grandes jornais já perceberam a necessidade de maior aproximação com o leitor. Nada invasivo e intimidatório, mas sim assentado na cordialidade necessária. Quer exemplos? O Estadão, a Folha e a Gazeta do Povo, entre outros. Manter a mira no interlocutor é o bom começo de uma relação promissora. Eu, você, ele, nós, quando estamos juntos refletimos, optamos e tomamos melhores atitudes; fazemos escolhas repensadas. É o caminho sereno e suave ao entendimento comunicativo. Discorda de mim?

Até a próxima!

O blog vai longe, longe...

O Blogger permite ao blogueiro acompanhar a visualização do trânsito dos que passam aqui no Na Mira. Vejo a movimentação dos sites e blogs que de um modo ou de outro observam, reproduzem e oferecem suporte de leitura expandida. Agradeço aos que divulgam, especialmente quando mencionam a fonte dos textos, reproduzidos em série, tal como faz o colega professor de redação Dilson Lage, lá de Teresina, capital do nordestino Piauí.


 Aos blogueiros que incluem um link, em aba específica ao Na Mira, fica o meu obrigada. Incluo aqui também em agradecimento sincero todos os que leem as minhas postagens via Twitter e as retuittam, em expressão satisfeita.

Os porquês das referências - A responsabilidade aumenta, não é mesmo? Avistar a indicação de uma página na internet é, indiscutivelmente, uma soma de forças. Lanço uma lista não limitada de hipóteses à gentileza dessa referência: identificação temática, prestígio entre blogueiros, articulações entre amigos, estímulo, arregimentação de forças na redação objetiva, etc. Você também pensa assim, caro leitor?

Até a próxima!

Inclua um poema no seu domingo

De manhã a minha sombra
com meu papagaio e o meu macaco
começam a me arremedar.
E quando eu saio
a minha sombra vai comigo
fazendo o que faço
seguindo os meus passos.

Depois é meio dia.
E a minha sombra fica do tamaninho
de quando eu era menino.
Depois é tardinha.
E a minha sombra tão comprida
brinca de pernas de pau.


Intervenção urbana nos arredores do Largo da Ordem - Curitiba, Arquivo pessoal




Minha sombra, eu só queria
ter o humor que você tem,
ter a sua meninice, ser igualzinho a você.

E de noite quando escrevo,
fazer como você faz,
como eu fazia em criança:
Minha sombra

você põe a sua mão
por baixo da minha mão,
vai cobrindo o rascunho dos meus poemas
sem saber ler e escrever.

( Jorge de Lima, Minha Sombra)

Gostou? -  Nossas crianças e jovens aprendem a gostar de poemas quando estabelecem contato com eles, meu caro leitor. Você está agora no interior da família? Leia o poema acima em voz alta. Não ligue se alguém zoar. Na escola o colega professo(a)? poderá pedir desenhos harmoniosos às crianças ou aos jovens; associar ilustrações aos versos em interpretação comovida será natural. Gostar de ler exige imersão nos diversos gêneros, caso contrário como os poemas, geralmente relegados ao esquecimento, ficarão dormindo nas páginas das antologias poéticas enfileiradas nas prateleiras das casas ou das bibliotecas. 

Até a próxima!
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