sábado, 23 de outubro de 2010

O aprendizado das descrições fiéis

Bom dia, querido leitor! Como está? A madrugada chuvosa e a baixa temperatura ajudaram a transformar as minhas horas de sono em um descanso real. Acordei bem disposta e intensamente propensa a muitas atividades. A primeira delas foi a de reunir imagens fotográficas que registram as variadas expressões da Natureza, aqui em Curitiba. O leitor poderá avistá-las, por favor, com a bonomia habitual? Nem sempre a minha máquina fotográfica capta com nitidez a cena, mas a intenção está visível, não é mesmo?


Sob a intensa neblina e obedecendo a vigência do horário de verão é assim que a população enfrenta as ruas, nas primeiras horas da manhã, Curitiba,  Rua Marcelino Champagnat, Mercês,out. 2010


Eu planejei para a manhã de sábado uma limpeza geral em casa, mais especialmente na lavanderia -  espaço repleto de quinquilharias e a exigir uma limpa regular, porque o arvoredo aqui do bairro solta muitas folhas e essas chegam aos mais variados lugares de casa !- no entanto, com o ar chuvoso e frio de hoje deixarei para outro dia, porque se há de ajustar tudo nesta vida, não é mesmo?

Ao refinado leitor -  O dia está frio e úmido e devo às queridas professoras dos primeiros anos da escola e e aos livros que li, ainda menina, essa preocupação em descrever o que vejo e sinto, mas quero combinar algo com você: caso esteja interessado nesse conversê blogueiro continue, caso contrário, apenas olhe as fotografias, salte os parágrafos e leia apenas as legendas, uma vez que elas traduzem com detalhes o que escrevo, porém se quiser prestigiar a postagem integralmente prossiga. Ficarei alegre com a sua receptividade ao longo texto, cheio de muitas intenções, ahahahah...


Um verdadeira tromba d'água, toró ou aguaceiro. A nomeação pouco importa, mas quando chove assim a rotina fica alterada - Curitba, Bigorrilho, Rua Padre Anchieta


Um treino espetacular- As redações que eu e meus colegas fazíamos na escola não tinham nada de chatas, ao contrário, elas ajudavam a despertar na criança e no jovem a necessidade da observação, porque apresentar a caracterização de algo exige olhar demorado e um sentir atento, reflexivo. Recordo-me de que a leitura de " Emilia no Pais da Gramática e Aritmética da Emília, do contribuitivo Monteiro Lobato foi decisiva na minha formação escolar, não apenas descritiva. Tenho comigo um exemplar da 2ª edição, de 1950, enriquecido visualmente com as ilustrações de André Le Blanc e sob a chancela da Brasiliense. Um verdadeiro primor orientativo à redação detalhada, afeita aos pormenores. Poucos estudantes, ora vestibulandos ou universitários, inclusive de Letras e Pedagogia, tiveram a oportunidade de ler essa preciosa obra de referência à construção da escrita e à contagem matemática. Uma pena, talvez seus professores não a conheçam efetivamente. Aprecie o trechinho abaixo. Veja quanto ensina...


                            "Gosto dos adverbios, foi dizendo Emília enquanto Ser a levava para a casa das Preposições. Eles prestam enormes serviços a quem fala. Impossível a gente dizer uma coisa do modo exatinho como é preciso  sem usar qualquer advérbio."(cap. de As preposições, p. 63)


A população curitibana acorre aos parques, especialmente nos dias ensolarados; é um fato incontestável - Parque Barigüi, 2010





Na mesma trilha do Lobato estão as descrições de Júlio Verne, em  "A volta ao mundo em 80 dias", traduzido pela Heloisa Jahn e ilustrado por Getúlio Dephin; o meu exemplar  doméstico é mais novinho; é de 2004. O antigo deve ter sido emprestado de casa e sumiu. O que disponho agora é da Ática  e já passou pelas mãos de muitos alunos mais jovens. Ainda bem que as bibliotecas públicas e escolares sabem da importância dessa obra ao imaginário juvenil. Viajar com o autor é fácil; veja como:


                                            " Naquela mesma noite o trem retomava sua rota sem obstáculos, deixava para trás o forte Sauders, transpunha o Cheyenne Pass e chegava ao Evans Pass. Nesse trecho a ferrovia atingia o ponto mais elevado do percurso, ou seja, 2450 metros acima do nível do mar. Dali para a frente os viajantes não tinham mais que descer até o Atlãntico por aquelas planícies sem limites, niveladas pela natureza."(Cap. XXIX, p. 189)



Devo e não nego -  Eu sou uma aprendiz permanente e devo à minha filha a oportunidade de conhecer o texto espetacular de Roal Dahl. A minha garota, hoje com 15 anos, chegou certa vez  em casa com um exemplar de Matilda, tradução de Cecília Camargo Bartalotti, com ilustrações de Quentin Brake e ficou a rir do que lia. Pedi para ler o livro, emprestado na biblioteca escolar -  e hoje sou fã desse ótimo texto. Dê uma olhada no jeito como  o autor descreve:


                           "A diretora estava no meio do pátio, esfregando as mãos com ar satisfeito.
- Nada mal, considerando-se que não estou cumprindo um programa sério de treinamento. Nada mal mesmo - ela disse, e foi embora.
- Ela é louca - Hortência disse.
- Mas os pais não reclamam? Matilda perguntou.
- Os seus reclamariam? Os meus não. Ela trata as mães e os pais do mesmo jeito que trata as crianças, e todos morrem de medo dela. Bem, qualquer hora a gente se fala de novo. Tchau. -E Hortência se foi."
( Cap. Arremesso do martelo, p. 119)


A florada espetacular dos ipês ofereceu aos visitantes de Curitiba um encantador motivo para sair às ruas e passear; eu fiz muitas, muitas e muitas fotos da floração primaveril - Centro Cívico, setembro, 2010




Será que... - Não sei se o leitor treinou o poder descritivo com a mesma alegria e prazer que esta professora. Tomara que sim. Eu faço votos para que a leva de promessas eleitoreiras alcance também ações determinantes, lá no MEC, porque os professores das primeiras quatro séries escolares precisam aprender a ler e a escrever bem, a partir das matrizes descritivas, narrativas e dissertativas. Nossas crianças e jovens merecem melhor orientação, caso contrário serão vestibulandos com temores das propostas, tal e qual aconteceu no ano passado, aqui no vestibular da UFPR: o candidato precisava escrever uma narrativa. Foi um deus nos acuda.


Mais adiante  - Voltarei em outro momento a conversar sobre experiências descritivas, mas agora preciso imediatamente ir lá no funde de casa, na lavanderia. Penso, ao menos, em varrer e recolher as folhas, espalhadas sob o comando do vento da madrugada. Meu pequeno cômodo doméstico não poderá ficar entregue às variações do tempo. 

Até a próxima!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Um tributo à Páscoa Costa e Silva

Ontem, com um atraso de dois anos, depois de passar a noite da véspera fortemente preocupada pela lembrança recorrente da amiga Páscoa Costa e Silva, eu soube que a minha contemporânea do movimento jovem cristão - o Mojuvena - e da época universitária, em Belém, desencarnou no dia 20 de outubro de 2008. Foi graças ao Google e aos que escrevem objetivamente na internet. Clique no link e dimensionará tudo.

Finalmente encontrei as informações - Sempre que voltava à capital paraense tentava encontrar notícias dessa inesquecível amiga;  a lista telefônica e as conversas aproximadas não adicionavam nada ao rol de curiosidades que eu mantinha sobre a querida Pascoalitta. Ontem, muito intranquila com a  intensidade da lembrança, pedi aos céus que me iluminassem com uma notícia, uma ideia. Eu já estava deitada, quando pensei: vou ao Google! Levantei da cama, liguei o computador e digitei no busca o seguinte: Pascoa Costa e Silva sociologa. Foi quando eu soube de tudo. A esclerose múltipla fez mais uma vítima. Fiquei comovida e chorei sentidamente.

Nascer, viver e... -Não sei se você, querido leitor, já viu um amigo ou amiga adoecer, assim, de repente e ir definhando velozmente. A última vez  que encontrei com a Páscoa ela já não enxergava mais, precisava de fraldas descartáveis e estava presa à cama literalmente, mas ainda assim ajudava aos que necessitavam.  O telefone era o seu contato com o mundo solidário. Tão vibrante que era a minha amiga querida...


Sempre alegre e expansiva a Páscoa, mesmo com o diagnóstico da EM, ainda nos veio visitar; visivelmente emocionada ela fez questão de carregar a minha filha- Belém, 1996




Estou  hoje entristecida com a certificada separação física que faz emergir as lições da vida com o nascer, vivermorrer, mas que aponta generosamente ao aproveitamento da companhia querida das boas lembranças dos que nos honraram com a amizade. Lembrar e reverenciar; um alento indiscutível.

Um tributo à amiga - Fiz uma busca na minha caixa de fotos impressas para encontrar um registro da imagem feliz que tenho da Páscoa, amiga querida. A foto é escaneada(incluída posteriormente); ajudará a estabelecer uma referência concreta dessa vibrante criatura, mistura de soldado da pátria e defensora dos sem voz. Recordo-me do momento da foto, quando ela ainda conseguia andar com a ajuda da bengala. Estávamos em Belém; no ano de 1996. Depois, quando retornei para visitá-la não encontrei ninguém, lá na casa da família, no antigo bairro da Cidade Velha. Perdi o contato, agora retomado, graças ao Google e aos que registram o movimento da vida e da morte na internet.

Caso alguém em Belém disponha de convivência com os familiares da Páscoa, por favor, abrace-os por mim - e compartilhe comigo o endereço da família. Ficarei grata; gostaria de revê-la e saber detalhes sobre os últimos dias físicos da minha saudosa amiga. 

Até a próxima!

Pessoas ou borboletas sem brilho próprio?

Bom dia, prezado leitor! Ai, ai, ai...

Arroubos excessivos - Estou bem incomodada com o que leio e vejo acerca do movimento político eleitoral na pátria querida. Há quem se disponha a brigar e a comprometer relações estabelecidas em troca de um servilismo bem tolo. Como é que não percebem o funcionamento do jogo e as peças que são trocadas sem a menor cerimônia?  A História mostra o vai-e-vem das peças no tabuleiro. Não vale a pena comprometer as amizades feitas fora do frisson eleitoral. Logo que soprar uma oportunidade partidária o candidato dará as mãos ao primeiro que lhe oferecer vantagens. Trocará de time, venderá o passe e negociará a sua crença ao diabo travestido de santo de pau ôco.


O encosto oferecido pelo partido, time ou credo sofrerá mutações; nem a mais linda borboleta esverdeada escapará, porque um dia... alçará voo rasante em busca de mais alimento e brilho.

Quadro bem ou mal desenhado da vida- Gosto de ideias e de pessoas de bem, não de partidos ou de filiações; nem de corporativismo, servilismo ou atitude do gênero - e você, reza pela cartilha de algum partido, crê cegamente em doutrinas políticas ou religiosas, é inflexivelmente torcedor de um time e jamais está disposto a reconsiderar e a observar que a banda toca e que nem sempre alguns dançam a mesma melodia? 


Ofuscada pela irradiação das luzes a borboleta, assim como o político, apenas diante da iluminação natural e na solidão da espécie, reconhecerá  o seu brilho próprio.

Salve, querido leitor! - Hoje, ainda bem cedinho, visitei algumas páginas dos que seguem o Na Mira; gostaria de poder trocar ideias com todos, afinal, esses 56 seguidores diante de um impulso ou confiança estão aí afiançando a minha escrita e manutenção na página. Pois bem, veja o que encontrei no Então, da Tuka Scalett. Diga lá se também não considera o texto de Guerra Junqueiro bem apropriado ao momento que ora atravessamos? À blogueira refinada e ciosa o meu obrigada pela contribuição indireta.

Gosto de avistar as criaturas mobilizando as suas melhores capacidades e, sobretudo, quando são pessoas de Bem - e você? Prefere seguir as borboletas, apenas quando estão em bando? 

Até a próxima!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A charge e a rendição do leitor

Eu adoro as tirinhas, charges e cartuns, mas as charges ganham disparadamente a minha atenção, admiração e o riso.




Hoje elas serão o assunto central da minha aula da manhã; são excelentes instrumentos para avaliar o grau de informação do aluno, assim  como a sua capacidade de interpretar e traduzir o que lê.


Essa tipologia funciona como uma crônica dos fatos que foram notícia, sobretudo na véspera da publicação do trabalho do chargista - e o estudante desinformado sofre um bocado, caso não tenha referência alguma sobre o que avista.






Hoje dois talentosos conterrâneos  animam a página.  O que o Waldez e o JBosco desenham e escrevem, quando escrevem, diz tudo - e o leitor certamente declara a sua rendição ao humor e à crítica  articulados pelos chargistas. Há muita gente talentosa pelo Brasil afora; muitos desconhecidos, inclusive, mas adoro, quando a comissão que elabora as questões de prova vai lá no rol dos desconhecidos do grande público e lhe dá enorme visibilidade junto ao público estudantil. É assim que precisa ser, pois há os mestres do cartunismo, mas os discípulos têm se desincumbido muito bem do recado.

Participe -Você viu hoje alguma charge interessante; que tal indicar o link? Assim que aparecer uma brechinha no tempo eu virei aqui - e, se você tiver contribuido, libero o comentário participativo.

Até mais...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Obrigada, queridas blogueiras!

Não sei se todos os blogueiros costumam agradecer o incentivo e a estimulante interação oferecidos pelos que também compartilham expressões na internet. Para mim é uma questão de respeito e manutenção do prazer de escrever, porque além de ler o que escrevo eles ainda reproduzem o meu conteúdo nas suas páginas, quando oferecem links ou deixam o Na Mira do Leitor em uma lista permanente ao olhar do visitante aleatório ou contumaz. Grande ajuda, sem dúvida alguma.


Empresto do amigo http://twitter.com/psergiobastos a bela ilustração, porque pode chover, fazer sol e frio e os blogueiros interativos estão sempre segurando uma sombrinha confortável para mim  


Às superpoderosas!- Hoje, por exemplo, remexendo o suporte do sistema oferecido pelo Blogger vi que devo muito ao quarteto de blogueiras a seguir, porque sem as colegas professoras Miriam Fajardo e Tania Ayres, a versátil Barbara Horn e a interativa Bê Neviani este Na Mira do Leitor seria menos visualizado e, evidentemente, menos alcance ele teria junto aos leitores receptivos aos temas, aqui tratados.

Devo, mas não nego... - O meu obrigada certamente deverá fazer reparos anteriores ao numeroso grupo de blogueiros que me acompanha, mas destaquei o apoio exatamente desta quarta-feira - e, sempre que oportuno, anunciarei a minha gratidão aos que têm divulgado o meu trabalho com a leitura e a escrita. É um dever e um gesto de cordialidade insuperáveis e mutuamente aceito pelas pessoas de bem com a vida.

Até a próxima!

Conte outra história real, leitor!

Ontem eu conversava com alguns amigos sobre a necessidade da inclusão digital estudantil, mas lembrava, igualmente, do quanto ainda são fortes e preocupantes outras necessidades, tais como a de comerum lugar para morar, ter um emprego digno, contar com a boa escola pública, desfrutar de amparo à saúde, certeza de segurança, afeto e de oportunidades de lazer.


Veja a fachada da biblioteca da EE de Ensino Fundamental Barão do Rio Branco; é o lugar que abrigou a menina escolar que eu fui outrora. Gostaria de poder avistar as condições atuais do acervo e as impressões que têm os estudantes sobre esse espaço de leitura. Alguém aí em Belém pode ajudar? - Arquitetura & Educação, out. 2010

Diga lá se é ou não - Para quem é usuário das redes sociais e desfruta das inúmeras oportunidades oferecidas, não há qualquer dúvida, a exclusão digital é uma condição perversa, concorda comigo, prezado leitor? Aos que leem, no entanto, há sempre uma porta aberta espetacular à vida de progressos, não tenho dúvida.

É fato -  Eu tenho um aluno, apenas um, que não dispõe de computador em casa - e o da escola "não chega para todos", ele afirma entristecido. É um rapazola brilhante, dos seus 13 anos e está matriculado na sétima série de uma escola pública aqui em Curitiba, mais exatamente na Escola Estadual Jardim Ipê. Um dia conversando com  a mãe dele descobri que poderia auxiliá-lo e hoje ele é convidado especial do meu curso de redação.  Examine o que o estudante mencionado acima escreveu, quando solicitei a todos que expressassem as suas preferências de leitura:
Costumeiramente levo o meu computador para a sala de aula; há quem jamais tenha colocado os dedos sobre o teclado digital conectado, mesmo que os gestores públicos assegurem o contrário - Curitiba, 2010

" Prefiro livros de aventuras por causa dos tipos de emoções que o o livro conta e pelas características dos personagens(lugares remotos, animais surpreendentes e as pessoas correndo grande risco de vida) e também você se  imagina naquele tipo de lugar, portanto, eu leio, prefiro e recomendo esse tipo de livro, especialmente do autor Júlio Verne."

Compare - Agora veja  a dupla de comentários abaixo; são de adolescentes de escolas particulares de Curitiba e ambos têm computador conectado livremente em casa, assim como atividades informatizadas na escola.

A oportunidade de acesso às bibliotecas públicas, de aquisição de impressos, de inclusão digital  e um projeto ativo da melhoria educacional fariam desaparecer a queixa da inabilidade com a leitura e a escrita entre brasileiros de todas as regiões, Curitiba, 2010


" Acho que os livros de suspense podem ser um meio de entrar no universo dos livros. Eu também acho que livros que viraram filmes de ação e suspense é um bom modo de começar a ler, principalmente se  você lê os livros de Julio Verne ou da série Harry Potter."


"O gênero textual que eu mais gosto de ler é de comédia, pois é um tipo de livro que não dá para ficar entediado, ele diverte o leitor e quando começa a ler não quer mais parar.
Os textos de comédia, além de divertir, entusiasmar e alegrar o leitor contam histórias de diferentes personagens como por exemplo o livro " Diário de um banana"."


Mais bibliotecas e intermediadores de leitura- Colocar uma criança ou jovem na frente de um computador é lhes abrir horizontes digitais incalculáveis, mas lhes preencher as mãos com livros, levá-los às bibliotecas, livrarias e sebos aumentará o prazer de ler; o triste é, entretanto, saber que no discurso político e nas ações educativas o acompanhamento às necessidades dos escolares nem sempre são atendidas, especialmente na educação pública fundamental.

Aos que leem as portas estão sempre abertas; atravessar as barreiras geográficas ou digitais é apenas uma questão de vontade, oportunidade e projeto escolar objetivo bem amparado - Retrato da minha passagem estudantil, Biblioteca Central Cesar Lattes, Unicamp, 2010

Vislumbre o quadro - Imagine se o garoto que não dispõe de computador em casa, mas é constantemente incentivado pela sua mãe a ler,  pudesse acessar um site com livros inteiramente disponíveis, tal como a dica do Livros e Afins, do Alessandro Martins compartilhou conosco - ou se a biblioteca da escola desse estudante, ali no Jardim Ipê, realmente funcionasse?


Pense comigo se... - Eu nem sei o que seria de mim atualmente se eu fosse hoje a menina sem recursos e sempre matriculada na escola pública, sem as bibliotecas que me ampararam a vida escolar e a família que acreditava na educação como meio para todos os fins. Nem sei também se eu estaria aqui, escrevendo a todo vapor nesta página, se uma loja de Campinas(SP) não tivesse facilitado a compra do meu primeiro computador em longas 24 prestações, pagas com as aulas que vendo aos interessados. Esta professora duvida continuadamente do discurso político e dessa conversa nauseante de quem não conhece a realidade, especialmente da ignorância acerca dos limites impostos aos que vivem à margem do destaque - e você?

Até a próxima!

Um aviso ao leitor

Qualquer dificuldade para acessar a caixa de comentários, aqui no Na Mira, deverá ser explicada com o aviso que aparece desde ontem à noite para mim; ele segue transcrito fielmente em inglês. Será que algum leitor, também blogueiro, já recebeu o aviso em destaque?


     Image uploads will be disabled for two hours due to maintenance at 5:00PM PDT Wednesday, Oct. 20th.


As costumeiras postagens continuarão, prezado leitor.

Até a próxima!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Você já visitou uma Tapiocaria?

O leitor ou a leitora talvez nunca tenha ido a uma Tapiocaria - um lugar onde a tapioca, ou tapioquinha, é feita com arte e rapidez  simultaneamente em várias banquinhas. Pois bem, lá na Praça da Matriz, em Mosqueiro, ilha fluvial paraense, você encontrará a melhor do ramo, ou a mais festejada e frequentada. Quando estive lá recentemente ficava pensando em dois queridos blogueiros de gastronomia: o Marcelo Katsuki e a Cilmara. Eles certamente apreciariam tudo, porque a Tapiocaria não se compara ao comum das banquinhas esforçadas aqui do Sul e Sudeste. O componente regional é a diferença; lá a tapioqueira é profissional. 

No centro da Praça da N. S. do Ó a movimentada Tapiocaria faz o desfrute dos que acorrem à ilha nos finais de semana ou temporadas de veraneio - Ilha do Mosqueiro, no Pará, 8 de out. 2010


Acompanhada de um café com (ou sem) leite a melhor tapioca chegará às suas mãos num instantezinho! É só pedir, pagar e saborear!  Os recheios são variados e vão do doce ao salgado. Eu prefiro as que saem da frigideira e são lambuzadas com uma camada generosa de manteiga ou as que recebem uma camada de coco fresco ralado. Lembrando bem, caríssimo: melhor do que essas apenas as lá de casa (na foto aí embaixo), feitas sob os olhares de súplicas para que cheguem logo ao pratinho.


As deliciosas tapioquinhas, feitas do amido da mandioca, transformam o café familiar em momento inesquecível
Não sei quem inventou as tapioquinhas; talvez uma dona de casa muito prendada ou pesquisadora da gastronomia paraense saiba a resposta, mas quem as criou deverá receber as bençãos de todos, porque junto com um café bem quentinho são delícias comparáveis talvez a uma fatia de bolo de macaxeira ou a outra com bagos de milho verde ou quem sabe uma da tradicional canjica? Com essas opções em cima da mesa eu não tenho escolha: como um pouco de cada e estamos conversados, não é mesmo, leitor? 

Até a próxima!

Combate diário à vida sedentária

Depois de entregar o dvd na locadora estendi a caminhada pelas imediações; o Bigorrilho amanhece bem cedinho e o destaque fica para a boa solução com a passarela e escada de acesso à Padre Anchieta- Curitiba, 19 out. 2010



A terça-feira começou bem cedinho para mim, apesar do frio - não é mesmo, Simeparpr? Eu deixei de entregar ontem à noitinha um filme na locadora e fui obrigada hoje a sair o mais rápido que pude; todo esse esforço foi para deixar o dvd na caixa de coleta, antes que os funcionários cheguem e abram a loja, caso contrário pagarei mais uma diária.

Aproveitei a disposição, ainda mais incentivada pelo prenúncio da manhã ensolarada e empreendi uma caminhada mais longa; fui caminhando, caminhando e cheguei lá pelas bandas do alto Bigorrilho - e , quando cansei parei para tomar um copo de água e um reforçado café com leite e pão com manteiga, ali na Confeitaria Saint-Germain, um ponto de apoio aos que circulam na região.

A minha, a sua rotina; compartilhe -  Hoje, além de concluir algumas anotações sobre a análise das charges, farei uma arrumação geral no meu armário de roupas. Sabe aquela limpa geral? É o que farei - e você, prezado leitor? Suas atividades e a sua rotina diária permitem caminhar pelos arredores da sua casa ou exercício da esteira antes de sair à luta pela sobrevivência? Eu ganhei um sobrepeso insuportável nesses cinco anos. Sabe a razão? Muito tempo na frente do computador; é o meu trabalho e um dos meus prazeres, mas a balança e as roupas apertadas parecem aqueles alertas apontando tudo o que o relógio do tempo não perdoa. É preciso coragem para recomeçar o combate ao sedentarismo, sempre -e, se possível, diariamente.   


Até a próxima!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eu coleciono sombrinhas - e você?

A conterrânea paraense não dispensou a sombrinha; a minha DigitronZ8FR não mostra, mas ela trazia uma paisagem do RJ - Cenas ensolaradas em Belém, 6 out. 2010, em destaque o antigo Cine Olympia

A sombrinha é um dos itens indispensáveis para sair às ruas de Curitiba, principalmente agora, nessa temporada esquisita que mistura todos os climas em apenas um dia. Quando estive em Belém a minha atenção ficou centrada nesse componente exigido pelo clima. Gostei muito de avistar minhas conterrâneas com as sombrinhas abertas, especialmente quando o Sol estava no seu auge, porque o clima equatorial não dá refresco à pele. Foi-se o tempo de abrir a sombrinha, prezado leitor, apenas quando caia a chuva.


Na caminhada pelas ruas de Belém vi muitas conterrâeas realçando cuidados com a pele; gostei de avistar a proteção levada às ruas - Trav. 14 de março, quase esquina com a Av. Nazaré-  6 out.2010

Sempre útil - Sombrinha é proteção, tanto diante da chuvarada, chuvisco, sol e solzinho. Vale para todas as regiões brasileiras e para todas as minhas patrícias. Os homens fogem um pouco do hábito de sair de casa com uma proteção, mas aqui em Curitiba é costume vê-los, sobretudo os mais velhos com guardas-chuvas nas mãos e elegantes chapéus na cabeça nos dias de frio intenso.


A sombrinhas azul dessa conterrânea alegra a paisagem; ela  até distraiu a minha atenção da calçada esburacada, ali da Serzedelo Correia, ao lado do Instituto de Educação do Pará e o histórico Ed. Manuel Pinto da Silva - Belém, 6 out. 2010


As fotos de hoje não trazem a técnica profissional do Breno Peck, mas são ajustadas ao propósito da postagem planejada desde lá, quando estive em temporada recente. Um dia farei um curso, quando comprar uma máquina digital poderosa, do tipo da utilizada pelo fotógrafo em destaque.


Ali, bem na esquina da estilosa Braz de Aguiar com a Dr. Moraes encontrei outra conterrânea a bem proteger a pele; adorei a constatação - Cenas ensolaradas em Belém, 6 out. 2010


Irresistível paixão - Eu tenho uma loucurazinha pelas sombrinhas e sempre compro uma, quando  avisto uma novidade nas lojas. As últimas que comprei foram adquiridas nas Lojas Americanas - e ainda recentemente,  ensejado pelo Dia do Professor, ganhei uma bem vistosa, de um xadrez bem carregado no preto e no verde. Adorei o presente, porque é útil e atende aos requisitos da gentileza apropriada, distinta e não bajulatória. Qualquer dia pedirei que a minha filha tire uma foto da mãe embaixo dessa sombra xadrez. Aguarde.

Qua é a sua? - Há quem colecione, em divertida mania os carrinhos, sapatos, luvasbolsas, bonecas, cds, dvds, etc - será que você costuma reunir objetos, em forma de coleção? Eu adoraria saber; quer contar aqui e quem sabe até apontar um link para a sua coleção, caso tenha um blog?

Até a próxima!

Café da manhã, flores e olhar fotográfico

Um desjejum bem gostoso; eu adoro suco de caju, ovo frito mexido, pão fresco, tapioquinha, café com leite e uma fatia de abacaxi - e você? Não come nada antes de sair de casa? - Comer bem é um direito de todos, out. 2010
Dê uma olhada, caro leitor, no registro em destaque. Muito sedutor, não é mesmo? Pena que não está na mesa de todas as pessoas.  Muita gente em razão das dificuldades materiais, da preguiça ou problemas de saúde mantém um desjejum enfraquecido. A foto em realce foi feita no café da manhã que mamãe, eu e a sua dedicada assistente tomamos recentemente, quando estivemos no Hotel Farol, lá na ilha do Mosqueiro, a 70 km de Belém.

Muito comum nos jardins e praças a papoula e as suas variações de cores é uma espécie encantadora; tenho várias amostras no meu arquivo fotográfico florido - out. 2010
Olhar fotográfico -  Não consigo passar ao lado de uma espécie florida ou carregada de frutos sem tirar da bolsa a esforçada máquina digital; sei que já está na hora de investir em algo mais possante e que colabore mais com o olhar fotográfico desta professora, mas a compra de um equipamento não encaixa agora no meu orçamento. 

Diligente companhia - Diante do uso constante a minha máquina fotográfica já começa a dar sinais de esgotamento e,  além disso, uma peça minúscula quebrou  recentemente, o que segundo o técnico, ela não poderá ser substituída.Para fotografar tenho necessidade de segurar firmemente a tampa daquele recipiente das pilhas, caso contrário a máquina desliga. Fiquei triste com essa dependência que rouba o tempo e a atenção fotográficos , mas quando olho para o meu arquivo de imagens sei que a Tron Digitron Z8FR foi muito mais do que uma companheira prazerosa. Merece descanso; se pudesse ter as suas peças sadias reutilizadas...

Sugira - Alguém tem uma ideia do que se faz com uma máquina combalida pelo uso? Vou perguntar ao  trio de fotógrafos Breno Peck, Antonio Mokarzel e Land Nick, mas se você conhece um bom caminho, não hesite em compartilhar comigo, por favor. 

Até a próxima!

domingo, 17 de outubro de 2010

Ao afinadíssimo blogueiro e ao refinado leitor

Bom dia, caro leitor!

Dê uma olhada, à direita da página, ali no canto inferior, na relação de blogs indicados à leitura. Viu como está maior e atualizada? Quero que o leitor encontre um pouco de tudo aqui no Na Mira. Você tem alguma sugestão? Pois não se acanhe em indicar um link, ali na caixinha de comentários.

Extremo cuidado - Eu sempre  examino atentamente todos os informes antes de divulgá-los. Tento não agir excessivamente sob o comando da  humana impetuosidade - e, quando sigo alguém no Twitter ou nos demais blogs, aqui relacionados, é porque encontrei algumas identificações temáticas. Faço-lhe visitas constantes; deixo comentários e mantenho aquela cordinha sempre bem-vinda,  patrocinada pela convergência de sentidos, apreços e  constância das informações interativas - e, se precisar, atravesso o Oceano Atlântico e busco a boa conversa e a oportuna informação no meu querido Portugal, pátria ancestral inesquecível na fala, na escrita e nos valores cuidadosamente conservados.


As flores são cuidadosamente mantidas pelo jardineiro do hotel, mas elas estão hoje sob o seu olhar, querido leitor! - Arredores do Hotel Farol, Pará, ilha do Mosqueiro, out. 2010


Sugestão domingueira -  Não hesite em clicar nos links e divertir-se em aprendizado espetacular com toda essa gente boa que eu trouxe para ficar conosco durante mais esta semana. Dois assuntos prendem a atenção geral dos blogueiros: a corrida enlouquecida da dupla de candidatos à presidênciado Brasil em busca dos votos dos eleitores  e a vigência de mais um horário de verão em algumas regiões do nosso país, mas o leitor é livre e soberano para ler o que mais aprecia. 

Aceite-os, leitor!  -  As flores colhidas pela minha máquina digital e o meu olhar blogueiro são para você; aceite-os como prova de atenção e carinho. Você e mais 55 pessoas merecem o melhor, sempre, assim como os 17 blogueiros da lista sugerida.

Até a próxima!
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