sábado, 16 de outubro de 2010

A natural rebeldia do clima e o Horário de Verão

Começa domingo o Horário de Verão. Você já deve ter ouvido a frase anterior, mas se olharmos lá fora, pelo menos aqui em Curitiba, o tempo não é de Verão. Cadê o senhor Sol? O calendário assinala que o tempo sulista é de Primavera, mas estamos com frio e o com esse vai-e-vem chuvoso desde ontem - e assim continuará, segundo os dados do Simeparpr 

Ao contrário dos dias ensolarados em Belém o tempo em Curitiba não é de Verão, mas de Inverno em plena Primavera, porque a Natureza não suporta cabresto-  Curitiba, Rua Ermelino de Leão c/ a Luiz Xavier, Centro, 15 out. 2010


Frio, neblina e chuva - Hoje de manhã, ao levar minha filha até à saída de casa, não pude deixar de observar a intensa neblina existente, aqui no bairro Mercês. Fiz algumas fotos para contrastar mais adiante com as que serão feitas à tardezinha, uma vez que a adoção do horário de verão encontra a sua real justificativa na economia de energia elétrica, em razão da luminosidade natural no limiar do final da tarde e início da noite nas regiões vigentes. Aguarde um confronto visual fotográfico contextualizado nas faces reais do tempo na capital curitibana.

Protegidos com roupas adequadas ao frio os curitibanos enfrentam as variações do clima; a instabilidade do tempo ajuda a encarar as eventualidades advindas com o frio, calor, chuva, neblina e garoa - Boca Maldita, 15 out. 2010

Seja um correspondente ativo -Eu ficaria muito feliz se você pudesse descrever como está o tempo aí na sua região e cidade. Um rol de detalhes regionais seria espetacular; que tal participar tal e qual  a um correspondente? As contribuições que chegarem serão trazidas aqui para cima e obterão a devida importância com o seu nome, cidade e forma de encaminhamento.


Um ótimo sábado, caríssimo leitor! Quer uma sugestão para aguardar deliciosamente a chegada do Horário de Verão? Pois, então, vá ao Menina Prendada,  porque a Barbara Horn consegue transformar tudo em delícia e bom exemplo. Vá lá e comprove.

Até a próxima!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ele gosta da escada - e você?

O jovem estudante em destaque manteve uma conversa breve comigo, mas muito significativa, porque quando estudamos em um lugar sempre mantemos algumas preferências e simpatias. Eu gostava do prédio,mais exatamente do estilo arquitetônico das escolas, do silêncio das bibliotecas e da área de convivência  repleta de arvoredo para o recreio. Para mim são inesquecíveis itens - e você? Gosta do quê?

Na semana passada eu estava em proposital caminhada para encontrar as minhas lembranças escolares em Belém. Comecei pelo antigo Grupo Escolar Barão do Rio Branco, mantido pelo governo estadual e localizado no nobre bairro de Nazaré, ali nos arredores da famosa Basílica  e da estilosa Rua Braz de Aguiar.



Sem hesitar na escolha o Juan, 7ª série, gosta da escada da escola - Belém, EEEFBarão do Rio Branco, 6 out. 2010


Eu estava do lado de fora da escola, bem ali juntinho do muro, enquanto esse rapazinho aguardava o preparo de um lanche de uma banquinha, dessas que atendem aos passantes e principalmente aos escolares. Ao vê-lo ali, logo perguntei:

- O que você mais gosta aqui no Barão do Rio Branco? Ele nem pestanejou e logo declarou sorrindo:

- Ah... é a escada. Ela é linda!

Puxei o papo para a questão interna da rotina escolar e perguntei: além da escada o que mais gosta na escola? 

Foi, quando tive uma  grata surpresa, porque o estudante respondeu: Das aulas da professora de matemática! 

Impedimentos à entrada - Já tentei entrar na  saudosa escola que me habilitou à 2ª série do antigo curso primário, mas não consegui. É a hora do almoço ou a funcionária precisa pedir autorização da diretora, no "momento muito ocupada" e a "senhora vai ter que esperar muito", mas um dia entrarei para fotografar a linda escada e quem sabe conversar com a colega professora de matemática, assim como a de português e percorrer as espaçosas salas da minha vivência escolar infantil.

O andaime à esquerda do prédio escolar indicia uma reforma, mas será preciso conferir a conclusão da obra; testemunhas oculares confirmarão o fato. - Belém, EEEF Barão do Rio Branco, 6 out. 2010


Arquitetura e educação negligenciadas - O prédio é lindo! Veja as fotos que reuni, mas o ar é de abandono e descaso do poder público. Quero fazer algo pela escola querida, mas não sei ainda como. Já pedi apoio e visibilidade fotográfica  a alguns tuiteiros residentes em Belém, mas apenas a Franssinete deu pelota  ao meu desabafo entristecido de ex-aluna do Barão do Rio Branco.



Exemplo de arquitetura escolar integrada à paisagem do bairro de Nazaré o prédio do Barão do Rio Branco aguarda reparos e manutenção - Belém, 6 out. 2010


Apenas de fachada? - Vi um andaime encostado do lado esquerdo do belo prédio escolar, mas o jovem estudante foi preciso e direto, quando perguntei se a escola estava em reforma. Declarou o seguinte:

   -"Os caras vieram aí e depois sumiram; já faz um tempão que não aparecem!"

Orgulho discente - Eu não sei quem vai ser eleito o novo governador do Pará, mas juro que tentarei um encontro com o escolhido. Quero que o Juan, o estudante que gentilmente deixou-se fotografar, tenha mais bons motivos para gostar de estudar no Barão do Rio Branco. Além da escada e da professora de matemática um aluno tem o direito de sentir orgulho do lugar que os pais escolheram para ele estudar. Juro que vou marcar uma audência com esse governador e voltarei aqui para compartilhar com você, carissimo leitor, não apenas o resultado da conversa, mas a impressão conclusiva dos estudantes sobre a escola e as suas características externas e internas.


Até a próxima!

Aos professores e aos ex-alunos

Hoje comemora-se o Dia do Professor e quero  saudar a todos os colegas, mas devo a um quarteto de nobres mulheres, as professoras Aurélia Camargo, Noêmia Farias Leitão, Celina Tobias e Tomásia Fernandes a gratidão ilimitada, porque foram elas que ajudaram a firmar a minha escolha profissional e a confiar no poder ilimitado da educação das crianças, dos jovens e adultos. Essas mestras detinham apenas o antigo curso pedagógico, equivalente ao ensino médio atual, mas eram dotadas de competência e propósitos objetivos com a carreira escolhida. Em casa aprendi o que competia aprender, mas foi na escola que as habilidades com a leitura e a escrita foram consolidadas, prezado leitor. Com muitos exercícios e acompanhamento firme das professoras e com o acatamento das famílias, porque além do lugar destacado à educação escolar, a minha mãe também era professora primária e  prestigiava o trabalho da escola.

Saudade e gratidão - Na minha época de criança escolar, matriculada no Grupo Escolar Barão do Rio Branco e  depois no Vilhena Alves, em Belém, nunca ouvi queixas sobre injustiça salarial ou desprestígio à carreira docente. Esse quarteto inesquecível mobilizou todas as alternativas disponíveis ao antigo professor primário e dinamizou a leitura e a escrita em sala de aula. Eu e meus contemporâneos, quando encerramos o ciclo básico, certamente não tínhamos necessidade  de curso de redação ou incentivo para ler ao longo das nossas vidas de estudantes. 

O minibolo acima foi um presente que recebi do blogueiro Marcelo Katsuki; o crédito da foto é dele

Lembrança inesquecível - Não sei se o quarteto querido ainda está entre nós, encarnado e atuante, mas simbolicamente compartilho com essas mestras a minha alegria pela escolha profissional. Fico agora, prezado leitor, a lembrar de outros professores fortemente presentes na minha fala, na minha escrita e no trato com os alunos. O saudoso Meirevaldo Paiva, a Leopoldina Araújo, o Francisco de Paulo Mendes, o Emanuel Bassur, na graduação em Letras, na Ufpa, assim como o Rubem Alves, o Ezequiel Theodoro da Silva, a Eni Pulcinelli Orlandi, entre outros, na pós-graduação, na Unicamp.

O devido lugar -  Um dia -  quem sabe quando... - o poder público e a sociedade oferecerão aos profissionais do ensino, especialmente aos que trabalham no ciclo básico, o valor devido, pois são eles a âncora da formação educacional - e são tão importantes quanto aos que exibem aos quatro cantos os títulos acadêmicos, muitas vezes sem a imprescindível experiência em sala de aula. São mestres e doutores, mas não sabem ensinar uma criança a ler, escrever, a realizar as operações matemáticas elementares e nem a entender a geografia e a história real da pátria que os abriga.

Os meus desejos-  Saúde, Coragem  e Esperança ao professor dedicado e consciente da sua função junto aos estudantes! Um dia aparecerá um administrador público que realinhe com justiça a remuneração digna, possibilite a segurança para que estejamos protegidos no espaço escolar, além de viabilizar as condições de crédito junto à comunidade que rodeia a escola, porque nas últimas décadas os ex-alunos alçados à condição de governantes esquecem de quem os ajudou a ler e a escrever, a fazer as operações matemáticas e a entender este mundo de contradições. Apenas os pais e os  jovens alunos eleitores de hoje poderão mudar esse quadro, quando estiverem na frente das urnas ou nas situações de confronto social diverso.

Até a próxima!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Comer bem é um direito de todos

Hoje fui almoçar aqui perto do meu curso de redação, que fica localizado ali no  coraçãozinho da Boca Maldita - e coloquei dentro do meu prato uma porção generosa de alface, duas flores de brocólis, duas de rodelas de tomate, fatias de cenoura e reguei tudo com um pouco de molho parmesão. Ficou delicioso, ainda mais quando acrescentei uma pitada de sal, o tempero bendito.


Meu prato vazio preferido, mas quando preenchido fica ainda mais bonito, ahahahah...


A parte salgada -Peguei uma porção de arroz integral - o equivalente a umas quatro colheres de sopa - e pedi uma bife grelhado de picanha ao ponto, mas não resisti e coloquei no prato dois bolinhos de arroz e três cubinhos de polenta frita. Um pecadinho bem gostoso.

A parte doce -Na sobremesa peguei uma fatia de melão; estava super doce. Adorei tudo. Saí de lá para ir à papelaria comprar pincel para quadro branco, mas na porta do Café Avenida não resisti; entrei e tomei um espressinho com uns pingos de leite. Eu mereço a bronca e o aplauso, não é mesmo?

Compartilhe comigo- E você, caro leitor? Quais os itens gostosos que colocou no seu prato na hora do almoço?

Um direito - Costumo fazer uma despedida clássica, lá no meu Twitter; declaro que trocarei o teclado pelo talher, porque comer bem é um direito de todos, mas sei que nem todos têm o direito garantido, o que é lamentável. Faço a minha parte para ajudar, mas uma andorinha só não faz uma grande cantoria; quem sabe se você ajudar, também...

Até a próxima!

A importância do comentário do leitor

O sistema do Blogger permite ao blogueiro conferir o nº de visualizações das postagens. A anterior, por exemplo, até às 11horas recebeu 39 olhadelas, mas nenhum comentário. Ninguém arriscou uma frase, um parágrafo de opinião. Que pena.

A expressão das ideias na internet é um exercício vitorioso da leitura e da escrita, mas o silêncio também é revelador - e contadores de visitas articulam conclusões oportunas


Estou no intervalo entre as minhas aulas  de redação do horário da manhã e as que acontecerão à tarde. Vim aqui olhar e conferir a receptividade ao texto mais recente. A conclusão é óbvia: escrever em blogs não remunerados é puro diletantismo e não se deve esperar nada, porque o leitor é a outra ponta dessa relação, nem sempre receptiva.

Ótimo almoço; até a próxima!

Caju ou manga na areia da praia? Pagaria por eles?

Bom dia!

Na série de propostas descontraídas para escrever utilizarei as inúmeras fotos tematizadas na Amazônia paraense, nas ruas de Curitiba e as feitas, sob as contingências dos passeios que realizo pelos parques da capital paranaense. A intenção é a de oferecer orientações de escrita aos que aparecem aqui na página. Vestibulandos e os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio sabem que não poderão brincar com o compromisso do treino constante da redação. É classificatória, portanto, manter disciplina diária com a leitura e a escrita é uma obrigação.

Este caju estava penduradinho no cajueiro da praia, mas para pegá-lo era preciso pagar - Mosqueiro, praia do Farol, 8 out. 2010


Na semana passada estive na ilha fluvial do Mosqueiro, a 70 km de Belém, a capital do estado do Pará - e na caminhada que fiz encontrei pés de cajueiros e mangueiras no arvoredo praiano, mas dei de cara também com uma situação curiosa: o pessoal que administra as barracas localizadas na praia assume o ar de dono das árvores frutíferas e não admite que sejam colhidas, exceto se a pessoa interessada pague por eles.  Cria-se, assim, um impasse: a praia é pública e o que está ali é de todos, mas nem tudo pode ser colhido. O que você pensa disso, prezado leitor?


As mangueiras na praia têm cachos bem baixinhos; qualquer pessoa poderia apanhá-las -Mosqueiro- Praia do Farol, 8 ou.2010

Responda e comente -Pagaria R$1,00 pelo caju destacado na foto e R$3,00 por 10 mangas madurinhas ou arrumaria uma discussão sobre poder e mando? Argumente.

Uma das estratégias mais interessantes para apresentar justificativas é a enumeração de motivos. Que tal tentar inclui-la na sua argumentação? Tente, se preferir, a comparação ou a exemplificação. Separadas ou juntas essas táticas são eficientes. Vá por mim. 

Aqui em Curitiba costumo parar nos parques para colher amoras, araçás e outras frutinhas de época, mas certa feita fui hostilizada, quando desci do carro para colher pitangas em frente de um sobrado, ali nas imediações do Alto da XV. O dono da casa saiu com uma vara e ameaçou tacá-la em mim, caso eu não deixasse a sua "pitangueira em paz"; ele estava tão furioso que tirei o corpo fora literalmente. Parecia um cão raivoso.

Até a próxima!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Dedos afiados no teclado ou caneta certeira na folha de redação

Eu nunca viajei de moto ou de foguete, mas estive como passageira de quase todos os meios de transportes. Sei como é que nos comportamos sobre o trote de um cavalo e já peguei um remo para ajudar a levar uma canoa, lá no Lago do Curumu, na Alenquer brasileira, situada à margem esquerda do Rio Amazonas,  porque há outra em Portugal, município do distrito de Lisboa. Um dia quero ir lá conhecê-la, mas de avião, porque eu tenho muitos receios só de pensar em empreeender uma longa viagem de navio.  A experiência marítima tem as suas ondas e elas não combinam comigo. Fico enjoada.


A leitura vertical é fundamental  - Na postagem abaixo - vá lá, leitor, dê uma olhada, assim entenderá melhor...- fiz uma pergunta direta: se o leitor prefere a companhia GOL ou TAM para viajar. A resposta era e ainda é livre, mas o meu propósito era mostrar como se escreve um comentário de opinião. Recebi até agora apenas três. Uma delas aqui e duas no meu Twitter; elas estão transcritas abaixo. São contribuições simpáticas, sob o calor abençoado da interação na web.


A escrita na internet seguirá propósitos circunstanciais; a praça é grande e as intenções variadas - Encontros Marcados com a Redação, 2010


Ficar atento é imprescindível - Jovens estudantes costumam escrever o que não foi solicitado ou omitir dados fundamentais em seus textos, quando estão submetidos aos comandos classificatórios, bem do tipo do vestibular e correlados. Um comando objetivo pede resolução objetiva, direta, atenta ao solicitado. Nem mais, nem menos, apenas o necessário.


    " Desisti de voar há muito tempo! Avião é mais pesado do que o ar. Foi inventado por brasileiro! Não pode dar certo! rsrsr
     Estou naquela fase do ' Boa romaria faz quem em sua casa fica em paz' rsrs "(LandNick, em 2 tweets)


Escrever sob circunstâncias - Na internet a descontração na escrita é grande; ela aproxima, nos diverte e amplia a interatividade, inclusive atemporal, mas a criança e o jovem não estão atentos às circunstâncias nas quais esse tipo de escrita acontece. Pensa que poderá escrever do mesmo modo e com o tom descontraído na hora da redação escolar ou classificatória, como é o caso do vestibular. Grande engano.



 "Bom dia, querida! Vc acredita q nunca viajei de avião? abraços(Be_neviani)


É pau, é pau! - Recomendo aos meus alunos a atenção máxima aos comandos das questões; eles traçam as exigências e o corretor acatará os ditames do solicitado, mas lamento também admitir que muitos comandos de questões, inclusive em concursos, aparecem mal elaborados, repetitivos e com inadequações da escrita. Qualquer dia mostro o santo sem dizer a igreja que o emprega como professor e elaborador das questões, porque as bancas de concursos são metidas a bestas e quando não ficam caladas acabam justificando o injustificável.


O aprendizado da leitura e da escrita exige o da atenção; comandos objetivos exigem escrita objetiva- Encontros Marcados com a Redação, 2010




Muita atenção, vestibulando - Quando se escreve um comentário de opinião três pontos devem ficar bem alinhados: o que você pensa sobre o assunto, a sua justificativa e o modo como expressa a sua ideia. Sem a articulação desse trio muitos tópicos ficam vagos e o interlocutor ficará com o trabalho de advinhar a ideia de quem argumenta. Nos momentos de descontração, tudo bem, é aceitável brincar com temas e sutrair ou diminuir palavras e dar um trabalho ao leitor, em troca do riso oferecido, mas na escrita da redação classificatória, por favor, não brinque. Eu não desculparei a desatenção ao comando e a redação será corrigida com o justo rigor.



    " Prefiro quem estiver vendendo mais barato."(Breno Peck)

Agradeço aos que cederam os comentários acima; graças à descontração na internet temos oportunidades valiosas de reconhecimento sobre as variantes da linguagem e os propósitos que oferecemos à expressão escrita, objetiva ou não.

Até a próxima!

GOL ou TAM? Com a palavra o leitor

Eu sempre comento com os meus alunos e aqui em casa com minha filha, ainda estudante do curso técnico, de que é muito mais agradável aprender a argumentar com temas bem próximos, ligadões ao rol das nossas vivências, porque o conhecido abastece a reflexão e oferece o combustível à formação de conceitos, impressões e argumentos. Quer um exemplo?

Manter-se bem informado, conversar, ler e treinar bastante a escrita são atitudes que realizam a necessária convergência ao êxito na escrita estudantil , interativa e precisa - Encontros Marcados com a Redação, 2010





Viajei até Belém; fui chamegar um pouco mais com a minha mãe, de 91 anos, hoje com declarada dependência, em razão do mal de Alzheimer. Pois bem,  diante da pressa, fui para lá em um avião da GOL, mas na volta vim em um da TAM.

Tenho uma lista de motivos para optar pela TAM nas próximas viagens, prezado leitor: o tratamento cordial do comissariado, o espaço entre as poltronas, a precisão do horário do embarque, o o lanche oferecido e o aeroporto indicado à conexão, porque eles estabelecem um enorme contraste entre as duas companhias áreas, portanto, se puder não hesitarei em viajar futuramente pela companhia área que me trouxe de volta para Curitiba.

Pense e responda para argumentar - Você já "viajou sob as asas" da TAM e da GOl? Discorda do meu comentário acima? Há, é claro, uma lista de pontos a considerar: a tarifa , o horário escolhido, a época do ano e as condições do tempo para decolar. Eu voltei de Belém ontem; saí de lá em voo lotado com escala de 2horas no RJ.  Entrei no avião juntamente com um grupo numeroso de passageiros. Fiz uma excelente viagem, apesar da longa permanência no espaço áereo e espera na conexão, no Rio de janeiro. Saí às 02h40 de Belém e cheguei à capital paranaense às 9h48.

Interaja e comente - Adoraria saber a sua resposta, prezado leitor. Com ela será possível mostrar o posicionamento (tese) que você conserva quanto à escolha de uma companhia área para se deslocar de um lado para outro neste Brasil de longas distâncias, assim como o modo como argumenta (opinião). Será possível escrever um pequeno comentário apoiado em lista de motivos, exemplos, interrogações, comparações e outros procedimentos argumentativos que bem justificam um ponto de vista com elegância e distinção. Participe.

Meu ponto de chegada e partida em Belém - Aeroporto de Val-de-Cãns, out. 2010



A vida permanente de aprendiz - As crianças e os jovens têm muito a aprender na escola, mas os colegas professores também. Raramente encontro um aluno no meu curso de redação que já chegue com autonomia teórica para escrever textos de opinião - e eles são egressos de todas as escolas e cursinhos de Curitiba e de algumas cidades deste querido Paraná.

Devagar se vai ao longe - Escrever bem e concatenadamente exige reflexão, técnica , domínio dos recursos textuais e exercício constante. Os temas são circunstanciais; prefiro lhes apontar os mais simples e próximos e, aos poucos, lhes apresentar outros mais complexos. O aprendizado centrado em objetivos é racional. Garante o sucesso.

Até a próxima!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Deliciosas frutas amazônicas

Muita gente não gosta, mas eu adoro listas; enumerar itens é um modo bem objetivo de chegar aos finalmentes. Tenho listas de livros que já li e que desejo ler, lugares que pretendo conhecer, de dicas de redação para os meus alunos, de planos para cada ano que inicia, de amigos sinceros, de restaurantes, de livrarias, de sebos, de blogs, de endereços dos alunos, de comidas, de uma porção de itens, mas hoje quero compartilhar com você alguns elementos da minha lista de frutas da Amazônia.



Com as frutas bem apanhadas e boa conversa o Osvaldo vende as delícias da Amazônia - Belém, 6 out. 2010



No quintal amazônico - O fato de ainda permanecer em Belém permite que eu saia às ruas e encontre quitandas ou vendedores ambulantes de frutas. Foi o que aconteceu, quando fiz uma caminhada intensa pelos arredores do bairro de Nazaré. Encontrei a banca do Osvaldo, ali na esquina da 14 de março  - e de lá saí com duas sacolas abarrotadas de atas, abio e abricó, frutas que adoro, mas simplesmente não  encontráveis, por exemplo, em Curitiba.

A lista é interminável - Adoro sapotilha, taperebá, ingá, uxi, tucumã, cotiti e inajá, mas não consegui provar de todas essas delícias nessa temporada em Belém. A sorte é que a Cairu, a melhor sorveteria local, conserva uma carta de sabores espetacular. Vou lá hoje dar um até outro dia em dezembro, porque amanhã já acordarei em Curitiba. Açaí, bacaba e muruci serão os sabores de hoje. Tomarei uma bola de cada sabor, prezado leitor, porque são muito, muito gostosos.

Os ajuruzeiros, espécie praiana aqui no Pará, estão carregadinhos; evocam as minhas lembranças de criança a correr e a brincar na areia durante o veraneio escolar - Pará, Mosqueiro, Praia do Farol, 8 out. 2010


Quando estive na ilha do Mosqueiro  - a 70 km de Belém - adorei encontrar os pés de ajuruzeiros carregadinhos de ajurús; a maioria ainda verdes, mas tive sorte e consegui apanhar alguns madurinhos. Na minha última passagem lá pelo Ver-o-Peso, nosso melhor mercado amazônico a céu aberto, fiquei como uma turista de boca  literalmente aberta às provas de tudo. Comi o máximo que pude para matar a saudade dos sabores inigualáveis das frutas amazônicas, das farinhas, das castanhas, etc.

Um dia, meu Deus! - Haverá um dia em que não apenas o Pará e os demais estados e territórios da Amazônia serão lembrados não apenas pelas variadas frutas e gostosuras, mas também pelo trato administrativo oferecido aos bens locais. Talvez eu ainda consiga avistar o resultado da depuração da ânsia dos velhacos da política local, mas ficaria feliz em saber pelos cliques dos blogueiros as boas notícias, ao contrário das que li no jornal impresso agorinha.


O abricó, fruta naturalmente encontrada nos quintais de outrora, é uma das delícias da Amazônia; doce e carnudo seduz pela combinação saborosa- Belém, 6 out.2010


Bagagem deliciosa- No meu kit paraense de volta para Curitiba seguirão não as frutas, diante do peso e do temor perecível, mas as polpas de bacuri, cupuaçu, muruci e taperebá, no entanto o ilimitado alfabetário das frutas amazônicas estará na memória gustativa desta professora, sempre muito dividida entre a vida nortista, repleta de raízes muito fortes e a sulista, terreno fértil ao meu trabalho com a leitura e a escrita.

Até a próxima!

Redação alinhada ajusta-se à linguagem solicitada

Um dos recursos textuais imprescindíveis à redação classificatória é a adequação do nível da linguagem. O candidato não deverá esquecer de ajustar o seu vocabulário e o modo de construir as suas frases ao rol das exigência indicadas. Ajustá-la às contingências é uma exigência natural.

Mesmo nas conversas ligeiras e descontraídas, prezado leitor, reduzir expressões tais como  eu estou para ou você está para são aceitáveis, porque há esse componente da descontração, mas nas ocasiões formais como o debate presidencial, por exemplo, o candidato deveria cuidar mais da expressão oral, uma vez que a situação pede a fiança de um histórico cultural e domínio linguístico. 
Empregar articuladamente os recursos textuais exige conhecimento, exercício e atenção às exigências de uma proposta de escrita. A adequação do nível da linguagem é um deles - Encontros Marcados com a Redação, Curitiba, set. 2010

Muito cuidado - Você tem filhos ou é um dos inscritos nos vestibulares concorridos? Saiba que na hora de escrever a redação ou durante a prova do Enem o estudante deverá exercer rigorosa atenção ao que oferecer à leitura do corretor. Não negligenciar da concordância entre as palavras e não diminuir  as expressões verbais.

Acompanhei ao vivo- A candidata do PT à presidência da república ofereceu, ontem à noite no debate promovido pela TV Bandeirantes, um péssimo exemplo de inadequação do nível da linguagem -   e apenas diminuiu a gravidade da situação, porque compartilhou uma nova expressão aos telespectadores: repetiu inúmeras vezes o verbo tergiversar, mas nem por isso conquistou a absolvição da sua inadequação linguística ao abreviar as expressões acima indicadas.

Valer-se do treino do emprego dos recursos textuais é garantir ótimo desempenho na redação- Encontros Marcados com a Redação, Curitiba,set, 2010


Quer aprimorar a escrita? - Na próxima quinta-feira receberei novos participantes aos meus Encontros Marcados com a Redação; conhece alguém interessado,  em Curitiba?

Encontros Marcados com a Redação
-Exclusivos para vestibulandos e inscritos no Enem -
 > às quintas, das 18h30 às 20h30
 > reservas: casadalinguagem@uol.com.br

Até a próxima!

domingo, 10 de outubro de 2010

Um lugar altamente recomendável

Mosqueiro, prezado leitor, é uma ilha fluvial cercada de água morninha durante o ano inteirinho - e dista 70 km de Belém. As fotos em destaque são para que você conheça um pouco das belezuras do Pará, porque o leitor das demais regiões deve conservar imagens bem distorcidas, principalmente  em decorrência dos informes turísticos com ranço preconceituoso.

A privilegiada localização do Hotel Farol permite o desfrute integral do clima praiano -Pará, Ilha do Mosqueiro, 8 de out. 2010


Ô coisa boa - Eu, minha mãe e a assistente dela (quem tem Azheimer nao pode ficar sem alguém por perto, cuidando e cuidando, sempre) fomos na última quinta-feira até à ilha. Um maravilhoso pernoite no Hotel Farol já nos deixou com saudade. A visão é panorâmica e o tratamento é essencialmente fidalgo, duas enormes qualidades na hospedagem praiana.

Adoro peixes e encontrar a opção de "filhote'" na barraca da praia foi uma tentação deliciosa - Mosqueiro,Praia do Farol, 8 de out. 2010

Delícia - Adoro a descontração em tudo, portanto, depois de uma caminhada, mesmo contando com as opções do cardápio hoteleiro, não hesitei em parar em uma barraca na praia e lá almoçar, porque avistei  "filé de filhote"no cardápio, além de outras gostosuras centradas em peixes e frutos dos rios regionais, como dourada, pescada amarela, caranguejo e siri.

Conviver com as diferenças - O clima no Pará é quente, caro leitor; ninguém deverá vir em temporada de férias supondo qualquer alteração na temperatura. Deverá trazer roupas frescas e de preferência de algodão e aproveitar o contraste climático, caso more em regiões com temperaturas mais baixas. O Brasil é cheio de diversidades e aprender a conviver com todas as diferenças é um aprendizado, não é mesmo? Além disso, os que não dispensam o ar-condicionado ou as janelas abertas de frente ao panorama praiano não terão queixas, exceto, talvez, do pouco tempo para o desfrute espetacular.

Até a próxima!

Nem claro, nem escuro, mas desconectada e com 3G

Aqui no Pará há uma expressão interjeitiva, dessas que fazem muito bem o papel das palavras locais; quando nos indignamos ou nos surpreendemos com algo logo saí um égua, meu! - pois é o que tenho vontade de escrever seguidamente. Estou desde as 5h30 tentando usufruir da comodidade da internet móvel para contatar com a minha família em Curitiba, enviar fotos aos parentes em S.Paulo, Manaus e outros projetos para a manhã de domingo, mas a Claro não deixou.

A propaganda enganosa das operadoras deixa o cliente da internet 3G insatisfeito; costumo levar meu computador para a sala de aula e  também nas viagens . Estou mais decepcionada - Belém, 10 de out. 2010


Detesto dizer mais uma vez, mas somos reféns dessas operadoras e nos tornamos infiés, quando uma oferta  de conexão mais sedutora aparece.

Estou deveras descontente; minha fatura do mês está paga e será que serei reembolsada pelas horas em vão de tentativas de acesso à internet ? Seria muito justo, concorda comigo, prezado leitor?

Até a próxima!
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