Na série de propostas descontraídas para escrever utilizarei as inúmeras fotos tematizadas na Amazônia paraense, nas ruas de Curitiba e as feitas, sob as contingências dos passeios que realizo pelos parques da capital paranaense. A intenção é a de oferecer orientações de escrita aos que aparecem aqui na página. Vestibulandos e os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio sabem que não poderão brincar com o compromisso do treino constante da redação. É classificatória, portanto, manter disciplina diária com a leitura e a escrita é uma obrigação.
Este caju estava penduradinho no cajueiro da praia, mas para pegá-lo era preciso pagar - Mosqueiro, praia do Farol, 8 out. 2010 |
Na semana passada estive na ilha fluvial do Mosqueiro, a 70 km de Belém, a capital do estado do Pará - e na caminhada que fiz encontrei pés de cajueiros e mangueiras no arvoredo praiano, mas dei de cara também com uma situação curiosa: o pessoal que administra as barracas localizadas na praia assume o ar de dono das árvores frutíferas e não admite que sejam colhidas, exceto se a pessoa interessada pague por eles. Cria-se, assim, um impasse: a praia é pública e o que está ali é de todos, mas nem tudo pode ser colhido. O que você pensa disso, prezado leitor?
As mangueiras na praia têm cachos bem baixinhos; qualquer pessoa poderia apanhá-las -Mosqueiro- Praia do Farol, 8 ou.2010 |
Responda e comente -Pagaria R$1,00 pelo caju destacado na foto e R$3,00 por 10 mangas madurinhas ou arrumaria uma discussão sobre poder e mando? Argumente.
Uma das estratégias mais interessantes para apresentar justificativas é a enumeração de motivos. Que tal tentar inclui-la na sua argumentação? Tente, se preferir, a comparação ou a exemplificação. Separadas ou juntas essas táticas são eficientes. Vá por mim.
Aqui em Curitiba costumo parar nos parques para colher amoras, araçás e outras frutinhas de época, mas certa feita fui hostilizada, quando desci do carro para colher pitangas em frente de um sobrado, ali nas imediações do Alto da XV. O dono da casa saiu com uma vara e ameaçou tacá-la em mim, caso eu não deixasse a sua "pitangueira em paz"; ele estava tão furioso que tirei o corpo fora literalmente. Parecia um cão raivoso.
Até a próxima!
Olá;
ResponderExcluirA discussão "poder e mando ou propriedade e bem público", sem trocadilho, seria infrutífera nesses casos, ou seja, casos em que algumas pessoas realmente acreditam serem proprietárias de determinado bem.
A denúncia à autoridade competente é a atitude mais eficaz, pois pode fazer cessar a violação e agir de maneira educativa, ao esclarecer pontos sobre propriedade, posse, etc.
Por outro lado, o "preço" do bem que deveria ser gratuito não está abusivo, se considerarmos os preços praticados nas feiras e mercados.
Estabelecemos aí um "trade off" que acaba sendo resolvido quando se pesa alguns fatores:
Vontade de comer a fruta;
Disposição para denunciar a conduta;
Custo (de tempo) e benefício obtido pelo "esforço".
Penso que o empenho só valeria a pena se o benefício se tornar coletivo, com o devido esclarecimento de todos os que estão se apossando de maneira irregular dos bens de toda a coletividade.
Grande Adhemar;o seu comentário é amadurecido e exemplar, sob o ponto de vista da interação temática com a postagem. Gratíssima estou, sobretudo porque "lamuriei" um pouco no texto mais recente.
ResponderExcluirEncontrar o seu comentário foi como encontrar uma visita agradável e inesperada; volte sempre, pois deixará esta professora sempre bem feliz com a interação. Abraço.