Com as frutas bem apanhadas e boa conversa o Osvaldo vende as delícias da Amazônia - Belém, 6 out. 2010 |
No quintal amazônico - O fato de ainda permanecer em Belém permite que eu saia às ruas e encontre quitandas ou vendedores ambulantes de frutas. Foi o que aconteceu, quando fiz uma caminhada intensa pelos arredores do bairro de Nazaré. Encontrei a banca do Osvaldo, ali na esquina da 14 de março - e de lá saí com duas sacolas abarrotadas de atas, abio e abricó, frutas que adoro, mas simplesmente não encontráveis, por exemplo, em Curitiba.
A lista é interminável - Adoro sapotilha, taperebá, ingá, uxi, tucumã, cotiti e inajá, mas não consegui provar de todas essas delícias nessa temporada em Belém. A sorte é que a Cairu, a melhor sorveteria local, conserva uma carta de sabores espetacular. Vou lá hoje dar um até outro dia em dezembro, porque amanhã já acordarei em Curitiba. Açaí, bacaba e muruci serão os sabores de hoje. Tomarei uma bola de cada sabor, prezado leitor, porque são muito, muito gostosos.
Quando estive na ilha do Mosqueiro - a 70 km de Belém - adorei encontrar os pés de ajuruzeiros carregadinhos de ajurús; a maioria ainda verdes, mas tive sorte e consegui apanhar alguns madurinhos. Na minha última passagem lá pelo Ver-o-Peso, nosso melhor mercado amazônico a céu aberto, fiquei como uma turista de boca literalmente aberta às provas de tudo. Comi o máximo que pude para matar a saudade dos sabores inigualáveis das frutas amazônicas, das farinhas, das castanhas, etc.
Um dia, meu Deus! - Haverá um dia em que não apenas o Pará e os demais estados e territórios da Amazônia serão lembrados não apenas pelas variadas frutas e gostosuras, mas também pelo trato administrativo oferecido aos bens locais. Talvez eu ainda consiga avistar o resultado da depuração da ânsia dos velhacos da política local, mas ficaria feliz em saber pelos cliques dos blogueiros as boas notícias, ao contrário das que li no jornal impresso agorinha.
O abricó, fruta naturalmente encontrada nos quintais de outrora, é uma das delícias da Amazônia; doce e carnudo seduz pela combinação saborosa- Belém, 6 out.2010 |
Bagagem deliciosa- No meu kit paraense de volta para Curitiba seguirão não as frutas, diante do peso e do temor perecível, mas as polpas de bacuri, cupuaçu, muruci e taperebá, no entanto o ilimitado alfabetário das frutas amazônicas estará na memória gustativa desta professora, sempre muito dividida entre a vida nortista, repleta de raízes muito fortes e a sulista, terreno fértil ao meu trabalho com a leitura e a escrita.
Até a próxima!
Nossa, como sou analfabeta em frutas amazônicas!A única que conheço e gosto muito é o açaí.
ResponderExcluirConhece uma das melhores; adoro açaí,Marcela!
ResponderExcluirOh Doralice o seu blog é muito bom. A minha vinda até aki (deixe eu corrigir o aki por aqui. rsrsrsrsrs) foi proporcionada pela Francinete Florenzano que a indicou no uruá-tapera. Eu mato a saudade vendo os blogs voltados para a nossa terrinha. Olha faz muito tempo que eu não como abricó. Essa fruta é uma delícia
ResponderExcluir!!!
Venha sempre que desejar, Pc Merces; haverá aqui e ali - ou quase sempre uma menção à nossa região nortista. A Franssinete é um amor de blogueira; não nos conhecemos pessoalmente, mas é como se estivessemos juntas há muito tempo no amor e nos cuidados pelas nossas raízes amazônicas. Junte-se ao pequeno, mas fortalecido grupo de paraenses aqui e no Twitter.
ResponderExcluirAdorei ver as frutas amazônicas. Muitas eu conhecia Outras não. Fiquei com uma dúvida: o abricó do pará é o mesmo que o abricó da praia? A gente pode utilizá-lo para geléias e doces?
ResponderExcluirNão sei responder se é o mesmo abricó,"Unknown"; precisaria ver a foto da fruta para compará-las. Não tenho dúvida, entretanto, quanto ao fazer geléias e doces com o abricó. Você sabe prepará-las?
ResponderExcluirGrata pela visita ao NaMira.
De repente abro as narinas,
ResponderExcluirno vento, querendo achar
o cheiro da marirana,
cupuaçu rescendendo
o tambaqui no alguidar.
Água do tempo escorrendo,
na madrugada de estrelas
a gente vai se encontrar.
Foi a partir desses versos que procurei conhecer e virei fã de cupuaçu. Também ....
Estou citando de cor, desculpe se houver algum erro.