sábado, 21 de maio de 2011

Cento e um seguidores!

Hoje, ainda agorinha, percebi que o Na Mira do Leitor está com 101 seguidores. É um marco significativo mútuo: no que me diz respeito devo intensificar a responsabilidade e o acatamento aos que decidem afiançar as minhas postagens, mas quanto ao leitor, infelizmente, não poderei jamais exigir nada, uma vez que a condição de interlocutor é soberana.

Obrigada - Agradeço aos que saem do silêncio, aos que reproduzem os meus apelos, denúncias e imagens sem esquecer das devidas menções à autoria, assim como aos que já sairam da virtualidade para compartilhar comigo, aqui em Curitiba, uma xícara de café e a boa conversa, além do comentário interativo na internet. 

Açai na cuia e com farinha baguda; considero uma indispensável delícia!











Sem impulsos - Eu sou prudente nas  minhas escolhas, caro leitor; visito o blog do seguidor, leio as informações pessoais e faço um mapeamento do que ele oferece ao mundo, antes de segui-lo. Busco as afinidades temáticas, o cuidado primoroso com as palavras com as palavras e a capacidade de interagir com as pessoas e o envolvimento com as questões coletivas. É um conhecer lento, nem sempre possível diante da exiguidade de algumas informações oferecidas pelos leitores, mas quando encontro a receptividade equilibrada e a confiança mútua, o clique de um seguidor, outrora um desconhecido, ganha ares de visita amiga, afável e receptiva.

Obrigada aos seguidores; tomara que você, leitor que ora coloca os seus olhos sobre a postagem, consiga encontrar motivos satisfatórios para retornar mais vezes ao Na Mira ou visitar o Parceiras Infalíveis: a Leitura e a Escrita, a meu outro  blog recentemente reativado, no UOL, além da minha timeline no Twitter. A sua leitura atenta é um prêmio, acredite. 

Até a próxima!

O Brasil mais dividido; interessa-lhe opinar?

A continentalidade do território brasileiro é espantosa, caro leitor. Nosso país conta com 26 estados e 1 Distrito Federal para administrar a extensão de 8.511.965 Km2.  De 1500 a 1530, os portugueses não viram outro modo, exceto dividir o grande território em Capitanias Hereditárias. Como explorar o pau-brasil e as demais riquezas da Colônia e obter lucro, além de manter a soberania lusitana? Dividir o território em fatias e para cada uma delas delegar poder vitalício a um donatário. Não deu certo. Um Governo Geral buscou, portanto, centralizar o poder e, embora com modificações aqui e ali, manteve-se assim até hoje com a República Federativa do Brasil, seu presidente, governadores e prefeitos, gestores da administração do território nacional, com a outorga do voto popular. 
                                        
Urge uma decisão conjunta quanto à divisão- Imagem: arquivo do Google


É preciso, no entanto, conhecer bem de perto o nosso país, a sua extensão, as potencialidades e seus graves problemas, em decorrência da continentalidade brasileira. É necessário ter atravessado as fronteiras regionais para visualizar sem ufanismo ou regionalismo a dimensão do Brasil, tanto geográfica, quanto humana. O Pará, por exemplo, é o segundo maior Estado brasileiro com uma superfície de 1.247.689,516 Km2. Isso equivale a 14,65% da área total do Brasil. Divide-se em 6 mesorregiões, uma vez que a extensão territorial, assim obriga. Como sei tais informações? Pesquisei e compartilhei em livro regional para escolares paraenses; infelizmente, a obra não foi recomendada pelo MEC. Paciência.

Atente, entretanto, caro leitor, à distribuição de renda, às oportunidades de trabalho, às condições geográficas, às características climáticas, às trocas migratórias, entre outros determinantes de progresso ou estagnação nas diversas regiões. Em conjunto, tais condicionantes explicam as diferenças no trato do aproveitamento do vasto território brasileiro em direção à Ordem e ao Progresso. Pouco brasileiros atentam à questão ambivalente da extensão territorial dos estados nortistas; eles são enormes áreas para bem administrar. É urgente rever as nossas atitudes frente ao que é agora de interesse nacional.

O afã da divisão - Mesmo distante da minha região natal tenho acompanhado o corre-corre ligado à divisão do Pará, assim como de outros Estados, tanto na região Norte, quanto no imenso Nordeste. Lamentavelmente o interesse expresso na cena capitaneada na política, não é o bem da população, mas um jogo, no qual velhas raposas, sempre famintas pelo poder, mando e gastança, desejam abocanhar ou indicar o caminho para os seus descendentes ou, ainda, aos que rezam a mesma cartilha infame e vilã. Para a realização do desejo contam com o compadrio das bancadas e a indiferença do eleitor aos projetos distanciados das necessidades da população. Recomendo, portanto, o maior número possível de reflexões sobre o tema; abaixo compartilho algumas. Clique nos links; aprecie-os com vagar:

> Divisão do Pará- Criação dos estados é manobra política, dizem especialistas, no blog do Reinaldo Azevedo.

>Deputado quer impedir no STF plebiscido sobre a divisão do Pará, na Folha de S. Paulo

> O jornalista André Gonçalves, do blog Conexão Brasília, fez um mapeamento da situação no jornal paranaense Gazeta do Povo.

Divisão do Pará: discordo governador Jatene, texto do  Professor Edir Veiga, no blog Bilhetim

Uma constatação -  Leu tudo, inclusive os comentários? Pois é; lamento, entretanto, que cismas regionais obliterem a capacidade de raciocinar e avaliar a situação. Penso que antes de qualquer decisão definitiva sobre a divisão dos estados nortistas e nordestinos, urge que o brasileiro atento e justo reflita em termos nacionais. Na questão que alimenta o tema da postagem não caberiam reflexões egoístas ou de natureza separatista entre os que convivemos no território brasileiro. Exemplos decorrentes da recente divisão do Mato Grosso e Goiás ajudam a entender as vantagens e desvantagens da estratégia encontrada.

Fonte da imagem: arquivo do Google



Atenção - Fiquemos atentos ao fator da unidade nacional; qualquer atitude que insufle animosidades regionais revelará não apenas a  nossa insensibilidade às soluções, mas também o cerco humano travestido na defesa dos bens e da propriedade do solo e do que ele pode oferecer, não apenas aos que nele residem, mas aos que estão irmanados coletivamente.

Apenas com o aval do Ficha Limpa - Se eu pudesse fazer valer a minha voz diante da polêmica defenderia a divisão como forma de  melhor administrar a imensa região paraense, por exemplo, mas faria restrições às candidaturas políticas sujas, já em marcha dissimulada. Gente ética, sem herança nepotista; apenas boa gente, alçada às candidaturas pela experiência no trato dos problemas e soluções coletivas. Velhas raposas? Nenhuma. Todos os possíveis candidatos deverão portar o passaporte fornecido pelo Ficha Limpa. Discorda de mim? Por favor, argumente; envolva-se.  As raposas não perdem tempo; já estão alvoroçadas, prontas para bicar a fartura das benesses fornecidas pelos cofres públicos e derivadas da outorga política.

Plebiscito -  Há necessidade de um plebiscito, sim! A decisão de desmembrar os 5 estados brasileiros envolve a todos, de Norte ao Sul, do Sudeste ao Centro Oeste e ao Norteste. Ficar insensível ao tema e delegar mais poderes aos políticos mal intencionados é um grande fiasco. O assunto rende longa conversa. Venha trocar ideias, meu caro. Saia do silêncio.

Até a próxima!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A minha agenda cultural


Café? Uma paixão deliciosa- Arquivo pessoal
Agora?
Um café coado na hora.

Depois?
Um passeio cultural, ali pelo curitibano Alto da Glória.

Mais tarde?
Boa prosa blogueira com a Barbara Horn.

Até a próxima!

Museu paranaense estranhamente fechado

Museu Metropolitano de Arte e Cultura, em Curitiba. Fechado, por quê? Foto: Fabio Cequinel

A população atenta não encontra explicações para que o imponente Museu Metropolitano de Arte e Cultura permaneça fechado em alusiva e interminável "reforma". Ele está localizado, ali em frente ao terminal de ônibus no bairro Portão. O que têm a declarar oficialmente(sem escamotear nada) as autoridades municipais em Curitiba?

Divulguemos outros casos!  - Muitas vezes já passei ao lado do museu em destaque. Fico a pensar nos motivos que levam a construir um museu municipal, no gasto e na falta de explicações lógicas para mantê-lo fechado. É lamentável vê-lo ocioso, enquanto tantos eventos culturais precisam de espaço. Você conhece outros casos de museus fechados, leitor, não apenas em Curitiba, mas nas diversas cidades paranaenses ou em outras regiões do Brasil?

Promover a cultura no bairro curitibano Portão, mas com o Museu Metropolitano fechado; como? Foto: Fabio Cequinel


Imagens cedidas - As fotos que evidenciam não apenas a beleza arquitetônica, mas também o desperdício do dinheiro público e a ociosidade do espaço são do meu amigo blogueiro Fabio Cequinel, cedidas gentilmente, uma vez que o seu NOKIA E5 faz muito bem tais registros. Eu também quero um modelo assim, porque estou bem carente de apoio fotográfico rápido no meu celular,  já meio caidaço. 

Até a próxima!

Posso intervir profissionalmente, leitor?

Além das aulas de redação e correção de textos algumas atividades são altamente prazerosas para mim. Você já viu alguém trabalhar bem sem sentir alegria com as suas funções profissionais? Pois bem, o momento é de busca de trabalho remunerado. Veja como eu poderia intervir:

Lei e escrevo com prazer incondicional, portanto, trabalhar com a leitura e a escrita é sempre uma alegria.


Reviso originais de livros de novos autores- Há sempre alguém produzindo um novo livro; antes de levá-lo à editora uma revisão é providencial.

Elaboro resumos para capas de dvs nas locadoras. - Você já observou como são mal escritos os resumos. - Quem dera poder escrevê-los; é um  excelente trabalho.

Escrevo biografias, prefácios e orelhas para livros. - Ótimo trabalho; agradabilísima função.

Fico à disposição de sites ou blogs para ajustar a linguagem, nem sempre elegante e precisa. - Há tempos prestei serviço na área; é super interessante. O pagamento é mediante a atualização das páginas; excelente trabalho. Posso fazê-lo em casa.

Elaboro material didático para editoras. - Tenho experiência com editora paranaense, em livro regional do meu Estado de origem. É bem interessante, principalmente quando o valor correspondente aos direitos autorais chega à conta bancária.

A sua ajuda - Caso você saiba de empresa ou pessoa que necessite dos meus serviços, por favor, indique a minha direção. Agradeço a providência. 

Até a próxima!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O JN no Ar em Belém

Fonte: Google
                            
            O próximo destino do #JNnoAR será em Belém(PA), tweet do JNTVGloboBrasil 



Esse Duciomar é mesmo azarado. O JN no ar tá vindo... kkkkkkk...  - Foi o que tuitou o Flavio Costa ao saber que a equipe do JN no Ar, centrada atualmente no tema Educação brasileira, aportará em Belém, a capital do Pará. Eu também fiquei bem feliz, porque o programa televisivo poderá evidenciará as irregularidades da administração municipal. O alcance da vitrine televisiva será incalculável.

Ajude a elaborar a lista das queixas - Por que um paraense diria que o prefeito de Belém é azarado, leitor? Muitas são as informações. Caso os meus conterrâneos apareçam aqui para descrever, a lista de motivos será ilimitada. Duciomar Costa é pessoa não grata à população da capital paraense, pois é omisso, além de ser alvo de um pedido de cassação do cargo diante das situações irregulares que aprontou. Por que permanece no cargo? É a conivência com a falta de ética do setor que deveria fazer justiça.

Uma porta estreita - Não se poderá esperar milagres, mas a passagem do Jornal Nacional do Ar em Belém será uma saia bem justa ao prefeito Duciomar Costa e a sua camarilha; quem deve muito, cobrado bastante será. Eu e a minha conterrânea Franssinete Florenzano refletimos sobre as contradições das ações da administração pública voltada à educação. Não estamos satisfeitas com o que avistamos, não.

Tomara... - Não é possível, entretanto, que não sejam destacadas algumas ações eficientes na área educacional, mesmo sob a administração sujeita às mais severas críticas. Aguardemos, portanto, que a pauta da próxima edição do JN no Ar consiga mapear precisamente a situação educacional pública em Belém.

Até a próxima!

A admirável Profª Amanda Gurgel

Somente hoje tomei conhecimento da fala da Profª Amanda Gurgel, lotada em escola pública no Rio Grande do Norte, na região Nordeste do Brasil. Ao ouvi-la argumentar com a secretária de educação senti, caro leitor, um orgulho danado de ser mulher e manter identificação com os motivos convincentes que ela apresenta, em retrato cru da realidade profissional no ensino público.

A imagem da professora foi reproduzida graças ao arquivo do Google

Vale muito ouvir a professora; devo ao jornalista Luiz Carlos Azenha e ao seu Vi o Mundo a oportunidade de nutrir um pouco mais de esperanças. Se mais professores com a integridade e o senso de justiça, polidez e audácia oportuna agissem como age a Amanda Gurgel, tenho certeza de que as nossas escolas seriam diferentes. Um trabalhador do ensino não é um escravo e nem um depositário das culpas e negligências dos gestores no Município ou do Estado, mas sim aquele a quem eu, você e milhões entregamos e confiamos a tarefa de (co)educar nossos filhos, irmãos, netos, amigos.

Sugestão - Faça abrir o link e chame o máximo de pessoas para ver e ouvir o que bem diz a colega professora. É emocionante. Colega blogueiro? Reproduza a minha postagem, por favor. É preciso levar adiante a fala e a imagem da professora. Obrigada.

Até a próxima!

Porteiras escolares inseguras

Acabei de ler a reportagem  Após crime, universitários prometem paralisação na FEA-USP, no Estadão. Sabe o que eu penso? As portas de entrada dos espaços escolares são desprotegidas. Basta observar a negligência com a aparência dos prédios escolares públicos, salvo exceções, evidentemente. Comprovar a insegurança no interior de uma instituição escolar pública brasileira é estarrecedor.

Será que gestores públicos investem em segurança escolar? Pela aparência da escola acima o que você supõe? Arquivo pessoal 


Exemplo familiar - Costumo ir com frequência à UTFPR. Já fui professora na instituição, mas os guardas atuais não sabem quem sou; mesmo assim entro com a maior facilidade no campus da Av. Sete de Setembro, ali no centro de Curitiba. No quesito segurança não é possível avaliar alguém pela aparência. Sinto falta de maior rigor à entrada; já fiz o teste e apenas o acesso pela portaria central exige documento e obriga a usar um crachá de visitante. A grande movimentação de estudantes, professores, funcionários e visitantes não é desculpa. Farei um tweet para puxar conversa com a escola ainda hoje. Sugiro que você faça o mesmo, caso tenha familiares em idade escolar. Vale para o Brasil inteiro. A precaução é amiga da tranquilidade; melhor o excesso do que a inexistência de cuidados, de zelo.

Escolas de um modo geral devem ser espaços seguros. Eu gostaria de ler nos próximos dias uma reportagem local que evidenciasse as restrições devidas aos que adentram aos locais de estudo dos nossos filhos, netos ou parentes. Um simples parada do guarda, um cadeado, um detector de metal e uma câmera de segurança já  seriam providências cabíveis. Depois do triste episódio no bairro do Realengo, no Rio de Janeiro, o Positivo Júnior, uma das escolas  particulares, aqui no bairro Mercês, mantém os portões fechados com cadeado; redobrou a segurança e as portas abertas, outrora convidativas, representam um perigo em potencial. As escolas públicas, sempre com ar descuidado, não podem negligenciar qualquer aspecto, mas nossos gestores subestimam as necessidades dos que estão sob os favores do Estado. Pais de escolares, cidadãos atentos e eleitores exigentes temos que ficar de olho permanentemente.

Interaja - Apareça para trocar conversa sobre o tema, leitor. Há quem pense no exagero das precauções; será ótimo trocar ideias com quem discorda ou puxa mais conversa, porque sabe da pertinência do tema.

Até a próxima!

Faz muito frio no Paraná, leitor!


Um pouco dos bairros de Curitiba para você, leitor! Vista Alegre, 2011, arquivo pessoal
 A manhã aqui em Curitiba está gelada e o céu bem nublado. A estimativa aponta que a mínima na quinta-feira será de 7ºC e a máxima de 18ºC , segundo o Simepar. Não sei não... a sensação térmica faz descer o número. Como está o tempo aí na sua região ou bairro, leitor? Em General Carneiro Carneiro a mínima registrada foi de 3,5ºC. O Paraná está bem frio. Não chegue aqui sem a devida proteção, porque o impacto climático é intenso.

Ficarei atenta ao que descrevem sobre o tempo os leitores e seguidores da minha página no Twitter; transcreverei oportunamente os tweets disparados, assim você poderá visualizar outras descrições sobre o tempo pelo Brasil afora.

Até a próxima!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Por uma vida melhor? Não acho...

Não sei se o  leitor sabe que o Programa de Educação de Jovens e Adultos faz um aligeiramento do Ensino Fundamental; os estudantes, matriculados no programa governamental cumprem os seus compromissos escolares em 2 anos. Repare, também, em um detalhe recente: o ensino fundamental regular é cumprido em 9 anos. Professores vinculados na rede pública na ativa poderão confirmar os detalhes.

Não creio que a professora Heloisa Ramos tenha má intenção ao prestigiar uma variante da oralidade em LP. Não posso fazer, entretanto, uma análise da obra da colega, sem tê-la nas mãos para examiná-la inteiramente. O que sei sobre a polêmica em torno do livro afirma que é tolerante com inadequações ligadas à concordância entre as palavras, segundo as notas veiculadas na imprensa. Os recursos textuais, entre eles a concordância entre as palavras, são imprescindíveis à comunicação ajustada às exigências sociais.


Imagem: Google
 
Atente - Ontem ouvi e li algumas considerações sobre o livro, recomendado pelo MEC ao Programa do EJA. Elas estão na dupla de links a seguir; merecem atenção, porque são relativamente ponderadas e não promovem controvérsias na cabeça do leitor; fazem sim com que reflita sobre a responsabilidade da escola na formação do estudante, independente se está vinculado ao EJA ou ao programa regular do EF na rede pública ou particular de ensino.

Sergio Nogueira comenta polêmico livro...(Bom dia, Brasil, hoje)

"Não sei se algum professor da rede pública...." (Helio Schwartsman, Folha.com)

Fiquei imaginando se você consideraria oportuno que a escola do seu filho indicasse o livro como apoio às aulas de LP. Você compraria a obra? Eu, sinceramente, não compraria. Sabe por quê? Um livro didático é objetivo; carrega intenções claras, certeiras e norteadoras. Ao contrário de bem orientar, a obra parece confundir a cabeça do estudante. O tempo do programa EJA não permite que os professores, por mais que estejam bem intencionados e desejem refletir sobre a polêmica em destaque, atinem às questões presentes no livro enfatizadas no tópico "preconceito linguístico", segundo apontam as reportagens veiculadas na imprensa escrita e televisiva. A reflexão da autora é pertinente. A língua escrita é de fato um instrumento de poder, mas a discussão quanto à manutenção da força idiomática cabe às aulas nos cursos de Letras, quando o estudante, futuro profissional no magistério, precisa refletir sobre as variantes linguísticas e suas implicações na vida da população ativa, além de estabelecer apoio teórico fortalecido à futura prática docente.

Exigências -  Quero ouvir a autoraler o livro e saber quem integra a comissão que aprovou a obra voltada para o EJA, mesmo sabendo das contingências cruciais de tempo escolar dos participantes, nele incluidos os professores. O MEC delega poderes às comissões,selecionadas por disciplina escolar, portanto, a responsabilidade do veto ou sinal azul com a recomendação têm uma identidade universitária centrada no ensino da lingua portuguesa

Aqui entre nós! - Para agir com justiça e responsabilidade o MEC deve retirar o livro de circulação (caso já esteja em processo de distribuição) nas escolas e rever o poder da comissão que recomendou uma obra inadequada à perspectiva de vida melhor aos estudantes, ora matriculados em programa de aligeiramento dos estudos. Deve, igualmente, divulgar quanto gastou com a compra da obra ou quanto pretendia, caso ainda requisitasse a impressão. É dinheiro público, empregado sem a devida precaução; merece explicação detalhada. Discorda de mim, leitor?

Muita gente está colocando lenha na fogueira dessa polêmica, sem conhecer a realidade estrutural nas escolas públicas, assim como os mecanismos vigentes nos bastidores editoriais e de mando e desmando no MEC. Sou professora de redação; tenho provas da eficiência ou não das metodologias utilizadas nas escolas públicas ou particulares. A mais diagnóstica? Basta ler o primeiro texto de um vestibulando que participa do meu curso de redação. Geralmente ele expressa constrangimentos para ler em voz alta e mostrá-lo.

Até a próxima!

Madrugando com Tchekhov

O frio intenso em Curitiba e as preocupações do momento têm o poder de alterar o meu sono. Acordo muito cedo, ainda de madrugada. Preparo o café e trago a minha caneca para o quarto. Na companhia do precioso líquido, entretanto, mais uma agradável leitura. Quer saber o que leio atualmente? Contos de Tchkhov.

A tradução de Tatiana Belinky para a coleção "Os maiores Contistas de Todos os Tempos", da Cultrix, garante ao leitor a fidelidade das intenções e representações do russo  de Tchekhov. Recomendo.


Fonte da imagem de Anton Tchekov: Google
 O meu exemplar é emprestado; logo no início da semana passei pela Biblioteca Pública do Paraná e decidi revisar antigas e clássicas leituras para contrastar com as costumeiramente feitas na internet sobre a cena política, seus conluios e desprazeres infinitos.

Para bem escrever é necessário ler diversificadamente; quanto mais a leitura intensa dos bons autores alcance o nosso íntimo, mais o tempo torna-se pouco para o muito que ainda tenhamos a ler e a conhecer. A fonte é abundante. As madrugadas insones, portanto, têm um prêmio, caro leitor: o ganho auferido com a leitura, especialmente dos clássicos escritores.

Interaja - Você gosta de contos? Tem algum autor preferido? Conhece algum conto do contista em destaque?

Até a próxima!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Madeira brasileira em potencial abate

Quando vi hoje a charge do Paixão( Gazeta do Povo, 17 de maio) fiquei pensando como o cartunista desenharia ainda mais talentosamente a Floresta Amazônica, depositária de abundante reserva, caso um dia sobrevoasse pelas áreas de intenso desmatamento. Exemplos? Ali, em sobrevoo baixo pelos municípios paraenses de Altamira, Anapu, Anajás, Tailândia Monte Alegre, entre outros campeões no desmatamento sem dó.


A charge é do Paixão, mas o comércio abusivo e ilegal de madeiras é assunto nacional.

A charge revela informações; veja, entretanto, que não há sequer uma palavra. A leitura interpretativa é indiscutivelmente um espetáculo. Quanto mais você sobrevoa as áreas desmatadas não apenas no Pará, mas pelo Brasil afora, entenderá a necessidade de fiscalização rigorosa e multa pesada aos criminosos e comparsas de um conluio, inclusive institucional e público. O compadrio nas esferas do mal é farto; jornais, infelizmente, mostram apenas um pouco da realidade do desmatamento e a suas implicações ambientais. É preciso ir além dos relatos enfraquecidos dos correspondentes locais, nem sempre amadurecidos para ver nas obscuras vielas a safadeza patrocinada e abençoada pelas autoridades nas três instâncias públicas.

Obrigada, Paixão pelo apoio visual às propostas de redação sobre os temas conexos ao desmatamento, ilegalidade no comércio de madeiras entre outros. O desenho poderá certamente aparecer no topo da folha de uma das provas dos vestibulares concorridos. Sorte dos meus alunos, pois são estimulados a ler bastante sobre uma diversidade de temas, inclusive o do desmate criminso.

Não tenho esperança, entretanto, de que a movimentação humana em favor do abate criminoso da floresta (Funcap Ciência) ganhe espaço apenas com a virtualidade; é preciso mais do que um tweet ou uma camiseta ecológica no corpo. É necessário uma atitude no centro da vida real. Nem todos estão dispostos a manter a linha ética; a subversão dos valores acontece lentamente e furtivamente. Um cargo aqui, uma promoção ali e o que era verde vai ficando seco, estéril e dá lugar para tudo, menos árvore, tal como acontece aqui no Paraná(Ambiente Brasil).

Até a próxima!  

Preciso de trabalho remunerado!

Ninguém gosta de lamúrias, portanto vou encerrar agora a minha tristeza com o roubo do dinheiro que ganhei ontem com as minhas aulas de redação.

Faça eco, por favor! - Anuncio aqui a minha necessidade de trabalho remunerado imediatamente! O leitor poderá ajudar a divulgar o meu apelo. Basta expandir as informações a seguir; as redes sociais, quando articuladas, realizam prodígios comunicativos.

Uma das minhas ex-alunas, hoje universitária na UFPR, em treino sistemático de redação em 2010- Curitiba, arquivo pessoal


SOS - Em algum lugar de Curitiba um vestibulando, um candidato inscrito em concurso público, um universitário com a monografia nas mãos e um cursinho pré-vestibular deve precisar da minha intermediação profissional com relação à correção das redações. Caso você conheça a direção para chegar até ao quarteto anteriormente destacado, por favor, indique a nota de serviço abaixo. 

                                    Profª Doralice Araújo oferece ao público interessado:
> Aulas de redação para vestibulandos e inscritos em concursos públicos
> Correções de textos acadêmicos e redações entregues nos cursinhos pré-vestibulares.
Contatos e agendamento: 41-84148553 ou araujodoralice@hotmail.com

Até a próxima!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Alguém roubou o meu dinheiro!

Hoje não foi um dia bom para mim: alguém roubou todo o dinheiro que obtive vendendo as minhas aulas. Foi dentro do ônibus, bem no finalzinho da tarde, quanto entrei no expresso biarticulado, ali na Praça Osório. Sem que eu percebesse o ladrão enfiou a mão no bolso do meu sobretudo aparentemente seguro, pois é fechado com um botão. Fiquei muito triste. Eu sou professora autônoma e ganho cada realzinho honestamente; tudo o que recebo é fruto do meu trabalho com as aulas de redação. 

Fiquei tão desolada e chorei desconsolada com o fato, leitor. Notei o roubo apenas ao chegar em casa, quando fui tirar o sobretudo e esvaziar os bolsos. Não imaginei que alguém pudesse enfiar a mão em um bolso do casaco colado ao meu corpo. Meus alunos, agendados para hoje, fizeram o pagamento em dinheiro e coloquei o montante no bolso do lado direito do casaco, uma vez que o valor reunido tinha uma destinação imediata amanhã bem cedinho.

Não estou com vontade de fazer a densa postagem prometida no começo da manhã; pense no que sentiria se tivesse trabalhado a manhã e a tarde inteirinha e alguém furtasse o seu ganho? Pela primeira vez na vida tive vontade de mandar cortar as mãos de todos que roubassem o dinheiro alheio. Estou sem ânimo...

SOS Trabalho - Agora preciso de maior número de alunos, porque o meu prejuízo foi desolador. Amanhã farei um novo anúncio; quem sabe surja uma leva de novos vestibulandos dispostos a aprender a bem escrever comigo?

Até a próxima!

Muita leitura & escrita


Ler e Escrever, ações presentes nos meus Encontros Marcados com a Redação, arquivo pessoal

A segunda-feira será repleta de afazeres com meus alunos de redação, caro leitor. É provável que eu tenha um pequeno intervalo, quando aproveitarei para escrever os costumeiros tweets aos que leem a minha página no microblog. Você, exceto aparições raríssimas, não tem interagido comigo. Serão os temas, a falta de tempo, o descaso? Apareça; sugira algo.

À noite retornarei com uma postagem mais densa, asseguro-lhe.

Até a próxima!

domingo, 15 de maio de 2011

Cadê a verba federal à educação pública?

Quando eu estava em Belém na semana passada mal tive tempo de visitar a cidade, mas consegui chegar até ao quase centenário Grupo Escolar Barão do Rio Branco, escola pública situada no bairro de Nazaré, cujo destaque nas fotos faço questão de ressaltar. Pois bem, meu caro, no dia 6 de outubro de 2010 eu passei pela escola e ela apresentava a negligente condição externa exibida no meu registro fotográfico.


A imponência arquitetônica do Barão do Rio Branco equivale à extensão da negligência dos gestores educacionais- Belém, arquivo pessoal
Notícias posteriores anunciaram em blogs e jornais a nomeação de um novo secretário para assumir as rédeas da Secretaria Estadual de Educação e Cultura do Pará; ao saber do fato puxei conversa com alguns paraenses e soube daquela conversa habilidosa de promete que vai fazer e promete que vai fazer. Foi aí que pensei: Ah...vamos ver se alguma modificação acontecerá com relação às reformas e manutenção da estrutura arquitetônica das antigas escolas, sem cogitar aqui outras questões fundamentais, centradas anteriormente em postagens do Na Mira.

Situação triste - Ledo engano. O meu saudoso Barão está do mesmo jeito. A escola completará 100 anos em março 2012.  Sou ex-aluna e tenho o dever de zelar pelo espaço que me acolheu nos dois primeiros anos do antigo curso primário, hoje nomeado ensino fundamental. Quero vê-la com reparos externos e reconhecer o ótimo trabalho docente oferecido às crianças e jovens que ela abriga. Já escrevi sobre o tema anteriormente  e quero novamente saber se o repasse das verbas à educação pública não chegou ao Grupo Escolar Barão do Rio Branco?

Escreva um tweet! - Uma andorinha sozinha faz muito pouco, mas se conseguir a companhia de outras a revoada e o pouso lá em cima da secretaria poderá acordar o secretário de Educação, o Nilson Pinto. Blogueiros paraenses amigos da escola pública, ex-alunos e moradores do entorno do belo grupo escolar e leitores dos meus blogs poderão também juntar-se ao grupo. Fica o convite, especialmente aos meus conterrâneos tuitteiros. Vamos lá em grande bando pousar na SEDUC  do Pará?

A negligente aparência externa da biblioteca do Barão do Rio Branco é entristecedora- Belém, arquivo pessoal


O tema no  PR - A situação das escolas públicas, quase ou já centenárias, é entristecedora; a maioria está caindo aos pedaços e a negligência é geral. Há cerca de três semanas passei ai nos arredores do Jardim Social, bairro elegante aqui de Curitiba. Saiba o leitor que a escola, fotografada em 2010, também continua em péssimas condições. Eu não sei o que pensar mais sobre o fato, exceto diagnosticá-lo como um problema de falta de atitude responsável dos gestores educacionais. Gostaria muito de poder acompanhar as andanças do Flávio Arns, secretário estadual de educação do PR e ouvir o que declara sobre a situação real das escolas, assim como ouvir as queixas e as providências tomadas pelas diretoras, porque o que aparece ao público é confuso, muito confuso, principalmente quando avistamos as notícias alvissareiras no site da secretaria. 

A aparência externa da EEAmâncio Moro, no Jardim Social, é estimulante à matricula de filho do morador do bairro? Duvido. Curitiba, arquivo pessoal

Cadê o dinheiro?- O que é feito com a verba federal destinada à educação pública no Pará e também ao Paraná? Gostaria de avistar em jornal ou revista um infográfico poderosamente explicativo sobre o tema. Se o governo federal afirma repassar um valor em dinheiro é justo, portanto, bem empregá-lo e divulgar em nota pública a destinação oferecida, caso contrário, eleitores e ex-alunos da escola pública têm pleno direito de duvidar da correta aplicação, concorda comigo, leitor?

Diga lá! - O interessante é que em algumas escolas públicas a aparência externa do edifício não permite ao cidadão esboçar nenhuma crítica. Será que a participação de uma administração atuante faz a diferença? Tenho muita curiosidade para saber detalhes, mas  imagino sempre que os gestores, uma vez nomeados pela secretaria estadual, renderão amém ao senhor secretário e temerão represálias ou retaliações, caso conversem abertamente sobre os mecanismos disponíveis para bem ou mal receptar as verbas para as suas escolas. Será que estou equivocada, leitor? Converse comigo.

Até a próxima!
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