terça-feira, 17 de maio de 2011

Madeira brasileira em potencial abate

Quando vi hoje a charge do Paixão( Gazeta do Povo, 17 de maio) fiquei pensando como o cartunista desenharia ainda mais talentosamente a Floresta Amazônica, depositária de abundante reserva, caso um dia sobrevoasse pelas áreas de intenso desmatamento. Exemplos? Ali, em sobrevoo baixo pelos municípios paraenses de Altamira, Anapu, Anajás, Tailândia Monte Alegre, entre outros campeões no desmatamento sem dó.


A charge é do Paixão, mas o comércio abusivo e ilegal de madeiras é assunto nacional.

A charge revela informações; veja, entretanto, que não há sequer uma palavra. A leitura interpretativa é indiscutivelmente um espetáculo. Quanto mais você sobrevoa as áreas desmatadas não apenas no Pará, mas pelo Brasil afora, entenderá a necessidade de fiscalização rigorosa e multa pesada aos criminosos e comparsas de um conluio, inclusive institucional e público. O compadrio nas esferas do mal é farto; jornais, infelizmente, mostram apenas um pouco da realidade do desmatamento e a suas implicações ambientais. É preciso ir além dos relatos enfraquecidos dos correspondentes locais, nem sempre amadurecidos para ver nas obscuras vielas a safadeza patrocinada e abençoada pelas autoridades nas três instâncias públicas.

Obrigada, Paixão pelo apoio visual às propostas de redação sobre os temas conexos ao desmatamento, ilegalidade no comércio de madeiras entre outros. O desenho poderá certamente aparecer no topo da folha de uma das provas dos vestibulares concorridos. Sorte dos meus alunos, pois são estimulados a ler bastante sobre uma diversidade de temas, inclusive o do desmate criminso.

Não tenho esperança, entretanto, de que a movimentação humana em favor do abate criminoso da floresta (Funcap Ciência) ganhe espaço apenas com a virtualidade; é preciso mais do que um tweet ou uma camiseta ecológica no corpo. É necessário uma atitude no centro da vida real. Nem todos estão dispostos a manter a linha ética; a subversão dos valores acontece lentamente e furtivamente. Um cargo aqui, uma promoção ali e o que era verde vai ficando seco, estéril e dá lugar para tudo, menos árvore, tal como acontece aqui no Paraná(Ambiente Brasil).

Até a próxima!  

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