sábado, 22 de maio de 2010

Dançando conforme o clima

Nem todos os que leem o que escrevo moram em cidades com predominância das baixas temperaturas. Hoje, por exemplo, a mínima em Curitiba, é de 14º C, segundo a Simepar. A experiência de turista ocasional, portanto, não vale para assegurar conclusões incontestáveis, mas ajuda a entender a mudança do ânimo das pessoas diante das alterações do clima. Quer exemplos? O Marcelo Katsuki, blogueiro e editor de arte da Folha de S. Paulo, em conversa no Twitter afirma:  Totalmente, no frio tenho vontade de sair da cama, mas o calor excessivo também me deixa sem ânimo, enquanto as mudanças da estação e o sobe e desce da temperatura para a psicóloga e corretora de imóveis santista Leila Mestre são indiferentes. Ela reforça declando que:  Não  alteram o meu ânimo, eu gosto de apreciar as estações. O frio nos coloca  mais a pensar e no calor é aquela explosão de alegria",  arrematando o bate-papo comigo no MSN.

A conferir os porquês - Você conhece as regiões brasileiras? Do Norte ao Sul, do Centro-Oeste ao Nordeste e deste ao Sudeste as variações climáticas surpreendem. Quem já saiu da sua cidade de origem e atravessou as nossas regiões será será capaz de avaliar as declarações reunidas na postagem de hoje, mas faço-lhe  um convite maior à reflexão sobre o tema: leia o antigo, mas pertinente artigo  As estações do corpo (Superinteressante, edição 148, 2000)



A boa disposição - A época do Outono é interessante, mas as atuais nuvens escuras, frio contínuo e esse ar cinzento que rodeia todos os lugares são incompatíveis comigo. Gosto dos dias claros, ensolarados e com temperaturas amenas. Sou do Pará e lá pelos idos da década de 90, quando cheguei aqui o contraste climático com a minha região de origem despertava imensa satisfação, mas agora fico melancólica. Novos condicionantes chegando.

O enfrentamento diário -  Na última quinta-feira, quando fiz os registros fotográficos que você avista,  a temperatura marcava mínimo de 8ºC, mas o sol presente diminuiu o meu desconforto. Tudo parecia até mais bonito, quando avistei os efeitos da incidência solar, ali pela Boca Maldita e nas imediações da Praça Osório, locais que costumo transitar para chegar ao meu curso de redação, almoçar e tomar o meu insubstítuível café expresso.

Reações diferentes às variações da temperatura - As novidades advindas com o clima, ao contrário da minha queda de ânimo, alegram a muita gente. Os mais jovens, plenamente ajustados à rotina da variação climática de Curitiba, ora muito fria, confirmam. Exemplo? O jovem vestibulando Edson Villela diante das alterações do termômetro é enfático:  Se altera, altera muito pouco. Prefiro calor, nem que seja aquele de 40ºC. Chuva ou frio não me inibem de sair de casa, nem de fazer outras coisas, o que reforça os condicionantes diante das determinações da idade, dos interesses e da motivação interna  diante desse sobe e desce da temperatura.

Conte aqui - Não sei como o leitor tem encarado as variações do clima no território nacional. Outro dia vi uma reportagem na tevê mostrando os efeitos do frio atípico e repentino na amazônica cidade de Vilhena, lá em Rondônia - e a colega professora Nidiane, uma das seguidoras da página, poderá confirmar a notícia  e compartilhar detalhes sobre a queda brusca da temperatura. Ainda sobre as variações do tempo, em troca de conversas ontem no microblog, o cartunista Benett declarou :  Eu adoooooooooro o frio. Por mim o outono seria a estação predominante durante os 365 dias do ano, hehe..., mas será que você também concorda com ele? O jornalista Alessandro Reis é parecido comigo nesse aspecto. Ele afirma que:  Meu humor varia de acordo com o clima, infelizmente. o ânimo despenca com o tempo ruim, Doralice. Concordo, porque as pessoas têm reações diferentes aos condicionamentos, mesmo com idades diferentes. Ainda bem.

Quer treinar a escrita?  Vou adorar liberar o seu comentário sobre o clima e as influências na variação de ânimo do leitor ou das pessoas que fazem parte do seu cotidiano. Apareça. Trocar ideias sobre o tempo é sempre um bom puxador de conversa, não é mesmo? Diante das baixas temperaturas as roupas quentes, alimentação bem equilibrada e fuga ao sedentarismo formam um trio de combate ao rol de reclamos constantes, mas cada um de nós adota algumas providências para driblar esse frio danado - ou o calor excessivo. Conte aqui o segredo. Até a próxima!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

As histórias de quem coleciona itens

Eu moro nos arredores da Praça da Ucrânia, espaço público curitibano que é uma referência nos bairros do Bigorrilho, Mercês e Champagnat. A praça é de todos, principalmente dos feirantes nas tardes e noites de sexta-feira,  dos artesãos aos sábados e durante todas as manhãs dos que leem jornais, dos estudantes que sentam nos bancos para namorar, dos que  ficam ali a passar o tempo, olhar crianças nos brinquedos, mas nos últimos finais de semana, mesmo com a temperatura despencando, tem sido uma cena comum avistar os grupos de colecionadores das figurinhas da Copa, em torno da banca de revista ou acomodados em volta do monumento comemorativo  que dá nome à praça.

Há inegavelmente uma verdadeira febre entre os colecionadores das figurinhas de futebol. Eu soube que num arroubo  de alma ou  só de maldade alguns têm colado de cabeça para baixo as figurinhas dos jogadores da Argentina. Quer detalhes dessa atitude? Leia a coluna do Marcelo Coelho (FSP, Ilustrada, 19/5/2010). Hilária, repleta de informações de época, mas infelizmente apenas para assinantes. Vou pedir ao Marcelo que reproduza a coluna no blog, assim todos poderão rir com as observações do colunista.

Eu já tive coleções de fichas de telefones, quando ainda dispunhamos de modelos diferenciads para fazer chamadas interurbanas nos orelhões. Férias aproveitadas em vários capitais permitiram que eu reunisse fichas da maioria dos estados, mas a minha irmã mais nova foi, aos poucos, acabando com a minha coleção. Hoje gosto de colecionar sombrinhas, mas tenho que cuidar muito bem do meu acervo, porque aqui em casa tenho alguém que pega os meus exemplares e os esquece na escola ou no cantinho do ônibus. São sempre itens irrecuperáveis, ainda mais nesse tempo de chuva. Gosto também de reunir fotografias de leitores absorvidos na leitura, casas interessantes, flores bem populares e espécies áreas em muros ou jardins.


O SIM ou NÃO de colecionar itens - O hábito de colecionar é muito bom; insignificantes são as desvantagens, concorda comigo, prezado leitor? Crianças devem ser incentivadas a adotá-lo, porque ajuda a aguçar o senso de observação, dinamiza a competitividade e instala a construção gradativa de um determinado material ou item afetivamente importante aos que colecionam.



Exemplos - O cartunista Benett colecionava canetas (sem tinta), mas "com a mudança para o novo apê joguei tudo fora", enquanto o contador Valdir Macenco reunia latinhas antigas e embalagens de medicamentos, tipo Vick e outros desconhecidos dos mais jovens, mas anda "sem tempo para colecionar as figurinhas da Copa", embora tenha iniciado a coleção.


Gosto de acompanhar as histórias que acontecem paralelamente ao hábito de juntar itens, lhes dar um formato e atribuir sentidos. Um dos meus cunhados guarda uma coleção espetacular de filmes antigos. Conversar com ele sobre os itens da coleção é ver um par de olhos brilhantes de alegria e aventuras prazerosamente contadas. São histórias de vida real, detalhes de circunstâncias, peripécias incalculáveis e frustrações muitas vezes hilárias.




Quer treinar a escrita? Você coleciona algum item? Tem alguma história curiosa sobre colecionadores? Que tal compartilhar aqui conosco, hein?


Até a próxima!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Aviso ao leitor

Desculpas - Ontem não pude editar a postagem com dicas de redação; ficará para a próxima segunda-feira.

Compromissos - Tenho uma tarefa autoral e o prazo, bem apertado, está expirando; o tempo tem sido pouco para os inúmeros afazeres, prezado leitor. Voltarei à noite.

Tenho certeza de que o leitor -  especialmente o que  acompanha com regularidade a edição desta página -   compreenderá as minhas ausências. Aulas, redação de dois livros, a vida doméstica e o rol de exigências que a vida nos joga nas mãos fazem parte do meu cotidiano. São compromissos de primeira ordem.

Até a próxima!
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