Saudade e gratidão - Na minha época de criança escolar, matriculada no Grupo Escolar Barão do Rio Branco e depois no Vilhena Alves, em Belém, nunca ouvi queixas sobre injustiça salarial ou desprestígio à carreira docente. Esse quarteto inesquecível mobilizou todas as alternativas disponíveis ao antigo professor primário e dinamizou a leitura e a escrita em sala de aula. Eu e meus contemporâneos, quando encerramos o ciclo básico, certamente não tínhamos necessidade de curso de redação ou incentivo para ler ao longo das nossas vidas de estudantes.
O minibolo acima foi um presente que recebi do blogueiro Marcelo Katsuki; o crédito da foto é dele |
Lembrança inesquecível - Não sei se o quarteto querido ainda está entre nós, encarnado e atuante, mas simbolicamente compartilho com essas mestras a minha alegria pela escolha profissional. Fico agora, prezado leitor, a lembrar de outros professores fortemente presentes na minha fala, na minha escrita e no trato com os alunos. O saudoso Meirevaldo Paiva, a Leopoldina Araújo, o Francisco de Paulo Mendes, o Emanuel Bassur, na graduação em Letras, na Ufpa, assim como o Rubem Alves, o Ezequiel Theodoro da Silva, a Eni Pulcinelli Orlandi, entre outros, na pós-graduação, na Unicamp.
O devido lugar - Um dia - quem sabe quando... - o poder público e a sociedade oferecerão aos profissionais do ensino, especialmente aos que trabalham no ciclo básico, o valor devido, pois são eles a âncora da formação educacional - e são tão importantes quanto aos que exibem aos quatro cantos os títulos acadêmicos, muitas vezes sem a imprescindível experiência em sala de aula. São mestres e doutores, mas não sabem ensinar uma criança a ler, escrever, a realizar as operações matemáticas elementares e nem a entender a geografia e a história real da pátria que os abriga.
Os meus desejos- Saúde, Coragem e Esperança ao professor dedicado e consciente da sua função junto aos estudantes! Um dia aparecerá um administrador público que realinhe com justiça a remuneração digna, possibilite a segurança para que estejamos protegidos no espaço escolar, além de viabilizar as condições de crédito junto à comunidade que rodeia a escola, porque nas últimas décadas os ex-alunos alçados à condição de governantes esquecem de quem os ajudou a ler e a escrever, a fazer as operações matemáticas e a entender este mundo de contradições. Apenas os pais e os jovens alunos eleitores de hoje poderão mudar esse quadro, quando estiverem na frente das urnas ou nas situações de confronto social diverso.
Até a próxima!
Olá Doralice. Salve o Dia dos Professores!!! Parabéns pela sua vocação e caminhada. Abs Heloisa.
ResponderExcluirObrigada, Heloisa; a sua gentileza em aqui deixar um comentário é como um abraço real. Desejo-lhe muitas alegrias na profissão que escolheu para trabalhar, porque quando gostamos da escolha sempre encontraremos um modo de superar as dificuldades.
ResponderExcluirNossa!finalmente alguem que conheceu a querida Prof.Aurélia!! até hoje tenho uma caneta q. ela me presenteou ( caneta cinza gravado com letras brancas )saudades do Barão do Rio Branco e do Vilhena Alves.
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