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| Imagem do arquivo do Google |
O leitor do NaMira é surpreendente. Sabe por quê? Deixa de lado os temas educacionais, a minha paixão incontida, para clicar na postagem que fiz sobre o mingau de milho verde. Agora, o Blogger já contabilizou 1.063 visualizações! Ah...eu daria muitos pulinhos de alegria se os números das postagens sobre educação pública alcançassem maior leitura, interesse e, especialmente, reflexão, tal como fez o Renato Castilho, ao ler a postagem 'O buraco da educação'(de 19 de setembro); acompanhe o comentário abaixo:
Doralice
Algo me intriga toda vez que essas mazelas brasileiras aparecem., por que os professores e educadores não fazem mais protestos, mais barulho denunciando essa situação toda? A impressão que dá é que estão conformados com tudo isso. Eu também não entendo quando aparece a péssima situação dos hospitais e os médicos e enfermeiros com suas entidades de classe não fazem nada!Os dois casos dependem de vontade política para serem resolvidos e nós sabemos muito bem como os políticos agem, sob pressão popular,o que também nesses dois casos, tanto os professores quanto os da saúde teriam total apoio da população.
(Renato, comentário deixado no NaMiradoLeitor)
Fiquei tão feliz com o comentário que ele deixou no blog, mas não tenho a resposta que o leitor em destaque deseja com relação à luta travada com os baixos salários, assim como pelo aparente conformismo dos professores na rede pública. Já fui vinculada à instituição pública federal, Renato, mas agora sou profissional autônoma, dessas que ganha real por real pela aula de redação que vende, pelos textos que corrige e pelos direitos autorais, pagos pelo livro que já escreveu sobre a história paraense. É assim que desejo continuar: vendendo aulas, corrigindo textos e escrevendo, escrevendo muito. Até que um dia não possa mais, diante da grande e inadiável viagem.
Quem sabe...algum seguidor do blog, vinculado à rede pública, possa oferecer a resposta desejada pelo participativo leitor? Concordo, entretanto, com a alusão que ele faz ao apoio popular diante da pressão dos profissionais da educação. Na teoria. Na prática, tenho visto enorme insensibilidade, infelizmente. Não vejo os pais dos alunos (estarão no trabalho?), nem tão pouco os simpatizantes da educação com voz ativa a exigir as devidas reparações ao trato oferecido aos professores pelos gestores públicos, aqui ou em qualquer lugar do Brasil.
Uma alternativa - Talvez, se a classe média voltar a matricular as suas crianças e jovens na escola pública fundamental a situação seja alterada, mas será que os pais estariam dispostos à experiência? Estariam dispostos, também, a enfrentar a longa espera na fila do SUS? Uma sociedade justa começaria assim, mas justiça social é algo difícil de admitir, quando se está sob o manto protetor dos bens econômicos. O leitor concorda comigo ou pensa diferente? Economistas, filósofos, educadores, advogados, administradores e homens de bem com a palavra, por favor!
Até a próxima!
Bom dia,
ResponderExcluirMinha cara blogueira muito obrigado por repercutir as postagens sobre o Piso salarial dos Professores aqui no Pará.
Gostaria de dizer algo sobre os questionamentos do Renato.
Os professores paraenses estão mobilizados e mobilizando para conquistar melhores salários e condições de trabalho e assim poder aferecer melhor ensino aos alunos.
Só este ano já foram mais de 5 paralizações e a categoria está em estado de greve e amanhã haverá assembleia, com grandes possibilidades de deflagrar mais uma greve.
Será a 4ª dos últimos 4 anos, parece que a greve já foi instituída no calendário das escolas paraenses, tivemos greves em 2008, 2009, 2010 e talvez agora em 2011.
Quando postei a enquete em meu blog minha intenção era problematizar a escolha da greve como alternativa/instrumento de pressão.
Provoquei para outras opções, menos traumáticas para os alunos.
É verdade que os professores se ressentem pela falta de apoio da chamada "sociedade civil", do apoio de outras categorias profissionais, parece que mais uma vez a luta dos professores será isolada.
Uma hipótese seria a partidarização do sindicato que o torna uma espécie de entidade com lógica própria, por vezes divorciada da categoria, acho que li uma postagem sua sobre este tema.
Acredito que a internet, as redes sociais, a blogosfera são ferramentas que nos possibilitam debater o problema, divulgar o descaso, enfim, meios para expressar nossa voz, de amplificar nossos protestos, de nos fazer notar.
Acho que se o movimento pelo Piso atrair a atenção dos formadores de opinião o governo poderá sentir-se pressionado, poderá fazer o que parece óbvio: cumprir a decisão do STF e pagar o Piso de forma integral.
Um abraço,
Marcelo Carvalho
Pois é Doralice, primeiro nosso povo tem que comer, não é mesmo? Daí a grande procura pela receita do mingau, hehehe.
ResponderExcluirBom, realmente eu não sou a pessoa mais indicada para tratar desse assunto, meu ponto de vista é meramente de quem está de longe acompanhando pelo noticiário o que anda acontecendo com a educação.
Mas falando de mobilização popular, aqui no Paraná tenho visto em várias cidades a Câmera Municipal voltar atrás na decisão de aumentar o número de vereadores, justamente pela pressão popular, e aqueles que aumentaram serão fiscalizados para não onerar ainda mais o município. E isso tudo porque não se sentem representados pelo políticos que estão aí, então por que aumentar?
Eu também vejo muito no noticiário que os professores estão em greve há dias, muitas vezes por vários meses e fica por isso mesmo, ninguém nota, já se tornou notícia velha. Não sei como, mas os professores como classe profissional, deveriam fazer mais barulho, mudar a forma de chamar a atenção, talvez contratar uma consultoria de marketing ou algo parecido, enfim, fazer algo diferente para tentar mudar o resultado de suas ações. Bom, como disse anteriormente, essa é a opinião de alguém que está MUITO longe dessa realidade, mas fico na torcida e no que estiver ao meu alcance sempre me engajarei nessa luta.
Renato
Estava a procurar uma imagem de espiga de milho no google e te encontrei. Adorei te conhecer. Temos coisas em comum. Sou licenciada em Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa e já dei aulas de redação em cursinho. Hoje estou aposentada, mas continuo, de alguma forma, fazendo valer conhecimentos adquiridos: reviso textos e escrevo abobrinhas nas redes sociais, no blog e onde puder e me deixarem. Adoro creme de milho, mas salgado e com rabada. Posso te seguir, Doralice? Teu carisma transcende uma tela de computador) Beijão, amada.
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