sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A defesa de uma ideia

Desconheço uma pessoa que seja contra a livre expressão e defesa de uma ideia, mas fico  curiosamente atenta à capacidade de convencimento mobilizada no processo argumentativo, tanto para realizar uma frente de oposição, assim como para justificar a necessidade de adesão ao que se pretende defender. Alguns argumentos, caro leitor, são extremamente racionais, enquanto outros... são visivelmente carregados de emoção. Dependendo do interesse entre interlocutores, ai, ai, ai, o peso da aceitação até surpreende.

Fique atento - Nas circunstâncias presididas pela oralidade muitos fatores são determinantes ao convencimento dos demais: o vigor da ideia, a influência de quem a defende, o tom de voz, a expressividade e o crédito anteriormente conquistado pelo defensor de qualquer ponto conceitual. Há uma investidura de autoridade conquistada. Quer exemplos? Quem entende de cinema, bebidas, carros, economia, informática, música, roteiros turísticos ou gastronômicos terá invariavelmente a palavra mais forte, intensa, embora nada impeça de que um leigo contraponha a situação. 
 
Ajudo a redigir argumentativamente; contate-me- arq. pessoal
A aceitação é conquista - Diante da escrita as contigências são, entretanto, mais exigentes; é preciso mobilizar condições racionais para auferir a adesão do interlocutor, nem sempre disposto a creditar o poder a quem quer que seja. Os recursos textuais, a defesa argumentativa e as estratégias de convencimento são conjugadas racionalmente, sem hesitações, sabe por quê? O leitor poderá reler a exposição argumentativa e desconsiderá-la, imediatamente. Você concorda comigo ou dispõe de ideia contrária?

Exemplo - Recentemente solicitei a intervenção da ombudsman da Folha , a jornalista Suzana Singer, para levar à Redação da Folha.com um pedido: a liberação do conteúdo integral das reportagens centradas em EDUCAÇÃO. Veja a resposta, via tweet, editado ontem à tarde; observe como a justificativa, embora não aponte dados numéricos, destaca a prioridade do valor atribuido à condição do assinante, que paga para ler o conteúdo integral das reportagens. O será impossível contido na frase tuiteira abaixo é fortalecido pelo argumento atrelado ao acordo entre fornecedor de conteúdo e cliente, ou seja, jornal e leitor assinante. Penso que ainda seria possível contestar, mas a autoridade do argumento é centrada no econômico; exige a minha aquiescência, afinal, tentei ajudar aos menos favorecidos financeiramente. Não deu certo. Acompanhe:

                Seria simpático, mas vai contra a lógica de preservar o impresso p/quem paga.

Vestibulando? Atenção! - Corretores das redações nos vestibulares têm, entretanto, uma tarefa que difere do leitor comum: a de avaliar à adequação à proposta, a capacidade de composição estrutural e articulação dos recursos textuais bem ajustados ao nível da linguagem determinada. O ajuizamento da defesa empreendida fica para o leitor comum. Vestibulandos devem atentar à específica condição. Táticas argumentativas como exemplos, enumerações de motivos, dados numéricos ou quaisquer procedimentos que fortaleçam os argumentos serão eficientes à apreciação do avaliador, atento à estrutura da composição. A maioria dos vestibulandos desconhece tal pormenor.

Atenção - O  insucesso da minha tentativa no exemplo acima não é impedimento para que eu faça intermediações na composição argumentativa dos vestibulandos. A condição dos exames vestibulares é outra, centrada na elaboração de um texto apenas simulado. É lamentável, mas é asssim que funciona o processo. Na vida real o enfrentamento é diferente. Você percebeu que boas intenções nem sempre ganham a parada. O valor do econômico é determinante.  

Divulgação - Caso o leitor conheça alguém interessado em elaborar redações argumentativas, por favor, divulgue a nota de serviço abaixo; intermediar a composição, inclusive online, é uma das minhas funções como professora de Redação:

Serviço - 
Aprenda a bem argumentar 
Profª Doralice Araújo
Contatos: araujodoralice@hotmail.com

Até a próxima!

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