terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Para quem são as cidades?


Viajar pelo mundo de bike? Você encararia, leitor? A Natália garcia encarou- arq. pessoal

Na semana passada li uma reportagem sobre a jornalista Natália Garcia que pretendia viajar o mundo em cima de uma bicicleta. Fiz a foto -  e por mais incrível que pareça, leitor, não anotei o nome da revista, pois estava olhando distraídamente o revisteiro, lá na Biblioteca. Descobri, assim, o site Cidades Para Pessoas. Ele está aqui, portanto, para que conheçamos o conteúdo das experiências de sucesso no tema. Interessado? Tomara que sim. Não hesite em abrir todas as abas do site. Verá menções, inclusive, à capital paranaense.

Na próxima semana, quando fizer a minha visita costumeira à Biblioteca, tentarei localizar o nome da revista; ele será devidamente incluído no parágrafo acima.

Diga lá, leitor! - Você arriscaria dizer de que a sua cidade foi feita para as pessoas ou percebe algo completamente diferente? Alguns lugares são essencialmente convidativos ao convívio humano, enquanto outras, excluem a vida coletiva; você já reparou?

Até a próxima!

6 comentários:

  1. Dora, baseado na minha experiência de viver neste momento fora do Brasil, o que posso perceber é que nossas cidades de fato além de nao estarem preparadas para atender às necessidades das sociedades em que ela habitam, os espaços públicos/coletivos desrespeitam qualquer idéia de coletividade. Sao carros estacionados sobre as calçadas, bares com as mesas espalhadas por toda a calçada, lojas com seus diversos cartazes, anúncios, etc. sobre as calçadas, música com altura muito além do permitido, ambulantes, etc. Bem, poderia escrever um montao de exemplos, coisas que um cidadao europeu, em geral, nao está acostumado a ver em suas cidades. É uma pena que perdemos o respeito pelos valores mútuos e infelizmente os espaços coletivos, muitas vezes, sao utilizados pela imposiçao violenta, por aqueles que se consideram proprietários de tais espaços. Acredito que necessitamos evoluir muito enquanto sociedade para que de fato nossas cidades possam refletir um espaço que abriga e acolhe a todos, até lá, continuaremos sendo vistos como ¨selvagens¨ por outras sociedades que foram possíveis de evoluir. É isso!

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    1. Observações apuradíssimas, Marcelo. Vou levá-las lá para cima, porque são reflexivas e explicitam com argumentos incontestes o que muitos não conseguem objetivamente traduzir.


      Muito grata pela visita e troca de conversa boa; adoro quando alguém entra no NaMira e deixa a marca da prosa refletida, distinta e contribuitiva.

      Recebas aí o meu abraço e que o frio seja abrandado pelo aconchego afetivo mais próximo.

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  2. Realmente Dora, nossas cidades estão longe de estarem preparadas para as pessoas, pelo menos para todas as pessoas. Pois sabemos bem que, a maioria das cidades brasileiras não apresentam uma infraestrutura mínima de mobilidade eficiente. Se compararmos com cidades de países desenvolvidos então...

    De bike pelo mundo, gostei da ideia! Mas confesso que já pensei, e ainda penso, em viajar nesse mundão de moto! :D

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    1. A maioria das cidades, se bem observarmos não foi preparada ao convívio coletivo, mas sim a interesses circunstanciais. Uma revisão histórica assim mostrará. Veja o caso emblemático da nossa Belém. A baia do Guajará ficou tapada, pois o objetivo de defesa - o temor dos ataques- vigorou na perspectiva lusitana. As novas "janelas de Belém " oferecem amostra de uma solução ao convívio. Recorde-se da nossa agradável Estação das Docas? Ainda é pouco...., entretanto; mais janelas precisam de abertura.



      Penso que o cidadão atento pode fazer muito para diminuir a quantidade de problemas urbanos; a cobrança das promessas nas urnas é uma das ações necessárias, mas não sem antes observar atentamente o que não funciona na cidade.

      Legal a ideia aventuresca de sair de moto pelo mundo; boa sorte e cuidado, Macapuna. Que tal fazer uma viagem pelo nosso Pará inteirinho? Mapear as vantagens, belezuras e encrencas? Arrume um patrocinador, afie a câmera fotográfica, tuite muito e faça um livro. Ofereço a revisão dos textos gratuitamente.

      Receba o meu abraço, conterrâneo; adorei a visita.

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  3. Aproveitando o tema, cidades, gostaria de focar aqui um ponto específico: a ausência de infraestrutura para os ciclistas na capital paranaense.
    Domingo, aproveitando o belissimo dia em Curitiba, resolvi andar pelos parques. Sai do
    Cabral em direção ao Sao Lourenço. Nesse trecho há ciclovia e o passeio foi tranquilo.
    Do São Lourenço rumo ao bosque do papa também existe infraestrutura adequada para os amantes da bicicleta. O problema foi quando resolvi fazer um caminho alternativo para retornar
    para o Cabral. Simplesmente não há.
    Aos sábados penso em ir ao parque barigui de bike mas não tenho muitas opções. Posso escolher entre andar pelas ruas e me arriscar a sofrer um acidente ou andar indevidamente pela
    canaleta dos onibus? Nenhuma das opções parece atrativa.
    Por que os governantes das cidades brasileiras não se inspiram em cidades da Europa, como
    Copenhagen e desenvolvem um sistema de ciclovias eficiente? É fantastico andar de bike por la. Eles desenvolveram inclusive sinais de transito para os ciclistas que são, obviamente, respeitados.
    Sorocaba desponta como exemplo de cidade brasileira que investe em ciclovias. Lá, segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo recentemente, já é possível avistar, no final do expediente das grandes empresas, um contingente de ciclistas digno de cidade de primeiro mundo. Que outras prefeitos se inspirem
    no exemplo brasileiro.

    Aproveitando Doralice, que tal um tema focado nas ciclovias das cidades brasileiras? Não me recordo de um
    tema assim no seu blog.

    Marcio

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  4. Quantas observações interessantes, Marcio. Merecem desdobramentos específicos, certamente.

    Não sou especialista no assunto ciclovia, mas tentarei reunir dados para incentivar a conversa blogueira; obrigada pela sugestão e pela visita, sempre interativa e lúcida.

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