quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

"A educação tem pressa", mas o governo...


A 1ª advertência dos professores diante do descumprimento da aplicação do Lei do Piso- Cuitiba, Na Boca Maldita, arq. pessoal
Quando cheguei nos arredores da  Boca Maldita logo percebi de que não encontraria mais o grupo representativo da manisfestação dos professores da rede pública, mas fiz algumas imagens e conversei com os que estavam à disposição para conversa, o que permitiu que eu entendesse e traduzisse em moeda brasileira os insuportáveis percentuais, sempre presentes nos textos que conclamam aumento do salário do professor, entre outras categorias profissionais.

As profªs Débora e Maiby reclamam das promessas não cumpridas pelo governo estadual e das condições de desassistência à saúde do professor. - Boca Maldita, arq. pessoal
Da conversa que mantive com os professores sei agora que se a aplicação da Lei do Piso no Paraná fosse cumprida imediatamente os docentes (com a graduação plena) ganhariam R$1.937,65, mas eles entraram em 2012 recebendo o salário de R$790,00 (quando cumprem 20 horas semanais) e R$1.580,00 (se a jornada é de 40 horas na semana), o que lhes fortalece o sentimento de indignação diante do que explica o Boletim. Veja a transcrição dos dois primeiros parágrafos do informativo, assinado por grupo de professores sindicalizados na APP-Sindicato:

                         " O ano letivo de 2012 começa sem a aplicação da Lei do piso. No último dia 31/1, o governo Beto Richa, em negociação com a APP, anunciou que ainda está estudando os impactos financeiros para a implementação do Piso salarial Profissional Nacional no Paraná, o que inclui o 1/3 de hora atividade. Mas a justificativa é a mesma dada no ano passado. Não podemos  aceitar mais enrolação.

Dia 09/02 teremos aulas de 30 minutos como protesto pela não implantação da Lei do piso. Dias 14, 15 e 16 de março a CNTE chama uma greve nacional de três dias pela aplicação da Lei do Piso."

Os profs. Nair e Veiga explicitaram questões que eu não conhecia sobre as condições oferecidas ao professor na rede pública no PR - Boca Maldita, arq. pessoal
Sugiro que o leitor, especialmente o residente no Paraná, acompanhe as informações oferecidas pelo Sindicato dos Professores, órgão que lhes defende os direitos profissionais. 

Quem quer ser professor? - Fiquei aqui pensando, caro leitor, se vale o esforço atual de um jovem estudante concluir uma licenciatura, prestar um concurso para trabalhar 20 ou 40 horas por semana e receber no final do mês um valor tal como os que destaquei acima. Sinceramente, o salário indicado não atrairá  um jovem concluinte do ensino médio inteligente e bem articulado às funções no magistério público. Formar-se como professor e na tabalhar na rede pública? A remuneração atual é humilhante! Como pagar tão pouco a um educador?

Estou cada vez mais convencida de que se um governante quiser deixar o seu nome lembrado na memória satisfeita do povo, ah... ele deverá fazer todos os esforços para atender às demandas da educação escolar.

Até a próxima!


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