domingo, 15 de maio de 2011

Cadê a verba federal à educação pública?

Quando eu estava em Belém na semana passada mal tive tempo de visitar a cidade, mas consegui chegar até ao quase centenário Grupo Escolar Barão do Rio Branco, escola pública situada no bairro de Nazaré, cujo destaque nas fotos faço questão de ressaltar. Pois bem, meu caro, no dia 6 de outubro de 2010 eu passei pela escola e ela apresentava a negligente condição externa exibida no meu registro fotográfico.


A imponência arquitetônica do Barão do Rio Branco equivale à extensão da negligência dos gestores educacionais- Belém, arquivo pessoal
Notícias posteriores anunciaram em blogs e jornais a nomeação de um novo secretário para assumir as rédeas da Secretaria Estadual de Educação e Cultura do Pará; ao saber do fato puxei conversa com alguns paraenses e soube daquela conversa habilidosa de promete que vai fazer e promete que vai fazer. Foi aí que pensei: Ah...vamos ver se alguma modificação acontecerá com relação às reformas e manutenção da estrutura arquitetônica das antigas escolas, sem cogitar aqui outras questões fundamentais, centradas anteriormente em postagens do Na Mira.

Situação triste - Ledo engano. O meu saudoso Barão está do mesmo jeito. A escola completará 100 anos em março 2012.  Sou ex-aluna e tenho o dever de zelar pelo espaço que me acolheu nos dois primeiros anos do antigo curso primário, hoje nomeado ensino fundamental. Quero vê-la com reparos externos e reconhecer o ótimo trabalho docente oferecido às crianças e jovens que ela abriga. Já escrevi sobre o tema anteriormente  e quero novamente saber se o repasse das verbas à educação pública não chegou ao Grupo Escolar Barão do Rio Branco?

Escreva um tweet! - Uma andorinha sozinha faz muito pouco, mas se conseguir a companhia de outras a revoada e o pouso lá em cima da secretaria poderá acordar o secretário de Educação, o Nilson Pinto. Blogueiros paraenses amigos da escola pública, ex-alunos e moradores do entorno do belo grupo escolar e leitores dos meus blogs poderão também juntar-se ao grupo. Fica o convite, especialmente aos meus conterrâneos tuitteiros. Vamos lá em grande bando pousar na SEDUC  do Pará?

A negligente aparência externa da biblioteca do Barão do Rio Branco é entristecedora- Belém, arquivo pessoal


O tema no  PR - A situação das escolas públicas, quase ou já centenárias, é entristecedora; a maioria está caindo aos pedaços e a negligência é geral. Há cerca de três semanas passei ai nos arredores do Jardim Social, bairro elegante aqui de Curitiba. Saiba o leitor que a escola, fotografada em 2010, também continua em péssimas condições. Eu não sei o que pensar mais sobre o fato, exceto diagnosticá-lo como um problema de falta de atitude responsável dos gestores educacionais. Gostaria muito de poder acompanhar as andanças do Flávio Arns, secretário estadual de educação do PR e ouvir o que declara sobre a situação real das escolas, assim como ouvir as queixas e as providências tomadas pelas diretoras, porque o que aparece ao público é confuso, muito confuso, principalmente quando avistamos as notícias alvissareiras no site da secretaria. 

A aparência externa da EEAmâncio Moro, no Jardim Social, é estimulante à matricula de filho do morador do bairro? Duvido. Curitiba, arquivo pessoal

Cadê o dinheiro?- O que é feito com a verba federal destinada à educação pública no Pará e também ao Paraná? Gostaria de avistar em jornal ou revista um infográfico poderosamente explicativo sobre o tema. Se o governo federal afirma repassar um valor em dinheiro é justo, portanto, bem empregá-lo e divulgar em nota pública a destinação oferecida, caso contrário, eleitores e ex-alunos da escola pública têm pleno direito de duvidar da correta aplicação, concorda comigo, leitor?

Diga lá! - O interessante é que em algumas escolas públicas a aparência externa do edifício não permite ao cidadão esboçar nenhuma crítica. Será que a participação de uma administração atuante faz a diferença? Tenho muita curiosidade para saber detalhes, mas  imagino sempre que os gestores, uma vez nomeados pela secretaria estadual, renderão amém ao senhor secretário e temerão represálias ou retaliações, caso conversem abertamente sobre os mecanismos disponíveis para bem ou mal receptar as verbas para as suas escolas. Será que estou equivocada, leitor? Converse comigo.

Até a próxima!

4 comentários:

  1. Oi, Doralice! Fiz um post repercutindo sua campanha em meu blog, inclusive reproduzindo suas fotos e fazendo o link para cá. Também vou postar no twitter.

    É uma vergonha a situação de nossas escolas.

    Parabéns pela iniciativa e conte comigo!

    Abração.

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  2. Alegro-me com a sua adesão e colaboração, Franssinete; tomara que outras andorinhas apareçam para bem reforçar a ideia. Muito grata.

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  3. Professora Doralice, eu já tinha lido esse post e comoveu-me bastante a sua preocupação quanto a falta de apoio e cuidado dos nossos governantes na preservação de prédios antigos e históricos. Parece-me que seu apelo foi atendido, pelo menos foi o que o governo do Estado do Pará está prometendo. Assistindo on line o Jornal Liberal 2ª edição, mas especificamente na reportagem sobre o Grupo Escolar "Barão do Rio Branco". do qual você tem um apreço enorme, lembrei-me de você e desse post. Dessa forma, encaminho o link. A reportagem inicia no momento 07:38.

    http://www.orm.com.br/2009/videos/videos_video.asp?id_fonte=10&id_video=18434.

    Grande abraço.
    Paulo C. Santos

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  4. Isso só "chamou" a atenção do governo do estado, porque ao longo da semana, o JL 2ª edição publicou duas reportagem sobre o descaso em relação a infraestrutura do ensino no Pará.

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