Bom dia! - Eu cumprimentei a atendente que entrega a senha para atendimento na Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, ali no bairro Rebouças. Bom dia!- foi o que ouvi.
Por favor, gostaria de uma senha para fazer o meu cadastro no posto. Moro no Mercês, mas lá em Santa Felicidade fui informada de que meu posto é aqui. - expliquei à funcionária. Preciso do seu RG e um comprovante de residência, ela anunciou com incisiva atitude burocrática.
Abri a bolsa. Peguei o RG e busquei um dos tradicionais comprovantes de residência, tal como conta de fatura telefônica, consumo de água ou energia elétrica. Peguei a fatura telefônica para juntá-la ao documento de identidade, quando ouvi: Ah....não serve. Apenas contas de água ou de luz! - a funcionária observou.
Eu balancei a cabeça e logo contestei: - mas é um documento! Tenho aqui outras faturas, mas não as de água e luz! - e logo ouvi novamente: não são aceitas!
Caso precise recorrer à ouvidoria, leitor, anote o número acima - arq. pessoal |
Ninguém merece...- Imediatamente eu revi todo o trajeto feito do bairro Mercês até à Unidade de Saúde, ali no Rebouças. Acordei bem cedo. Embarquei no ônibus expresso. Desci na Praça Rui Barbosa e caminhei todo o trecho da Alferes Polí até chegar ao posto de saúde. Ah...eu não poderia deixar que um impedimento burocrático estabelecesse um limitação tão excludente. Quem é que responde pela chefia do Posto? - perguntei. A funcionária me olhou como a indagar, talvez, qual a natureza do meu intento. Insisti na necessidade de falar com alguém que me mostrasse a determinação legal de faturas de água e luz como únicos comprovantes de residência. Suba e procure a Inês Cecília, lá na Chefia.
Fiz o recomendado. Expliquei o ocorrido e ouvi novamente a exigência; a alegação de que as faturas disponíveis e exibidas na minha mão não atendiam à formalidade continuou, mas sob uma restrição gentil. Expliquei a minha situação de profª autônoma, residente em bairro distante dali e com a agenda de trabalho interrompida para ir ao posto. Será que não há um modo de certificação do meu endereço residencial, sem a necessidade de mostrar as faturas de água e luz?- argumentei.
A solução provisória e inadmissível - Venha aqui! - foi o que ouvi. Vamos fazer um cadastro provisório, mas a senhora terá que aguardar a visita domiciliar que será feita dentro de cinco a oito dias na sua casa. O agente entregará um atestado; aí, então, poderá retornar ao posto para validar a sua inscrição. - explicou em definitivo a responsável pela Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho. O resto da história você poderá imaginar.
Não esqueça, leitor! - Mantenha uma fatura de consumo de água ou de luz dentro da carteira. Apenas uma delas comprovará que você reside de fato ali. Qualquer outra fatura não será válida, pelo menos nas Unidades de Saúde de Curitiba.
Uma dupla conclusiva - Anuncio ao leitor, portanto, de que eu não fui atendida no objetivo de fazer um cadastramento oficial e com ele ter acesso aos serviços de saúde oferecidos pelo posto, mas confirmei um ponto vital: a burocracia é absurdamente obtusa! Aguardarei a visita domiciliar da agente de saúde, mas se demorar mais do que o limite de oito dias vou ligar para o 0800 da foto que fiz em destaque.
Está interessado em acompanhar o curso desse projeto de ser atendida em posto público de saúde, caro leitor? Obrigada pela companhia. ? Sobre comprovantes de residência Veja o que descobri. Eu estava com a fatura do telefone fixo no meu nome, mas a obtusidade da burocracia, referendada ali na USOuvidor Pardinho me tirou o humor positivo habitual, caro leitor.
Até a próxima!
Que absurdo! Reclame na Ouvidoria, ponha a boca no mundo.
ResponderExcluirJá reclamei; a voz do outro lado, identificada como Lourdes, confirmou a exigência limitada aos comprovantes de água e luz, mas diante da minha insistência para encontrar uma determinação municipal por escrito que regule a exigência, sugeriu que eu envie um e-mail para ouvidoria@sms.curitiba.pr.gov.br - Mais um pouco de burocracia, portanto, na minha rotina de hoje, prezada Franssinete.
ResponderExcluirObrigada pela visita e incentivo à busca de clareza nas determinações da burocracia.