quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Lindas árvores no meu caminho

A mobilidade nos permite avistar nas ruas, quintais, praças, parques das cidades a abundância das espécies verdes. As árvores - velhas amigas da infância querida e da maturidade atenta - , mantidas em segurança e fora na mira das motoserras criminosas são envolventes refrigério aos que delas sabem aproveitar a sombra, os frutos, as folhas e a presença altaneira.

O pinheiro em destaque estava no meu caminho, quando visitei o Museu de História Natural, lá no Capão da Imbuía - Curitiba, set. 2010
Sugestão - As minhas lembranças do arvoredo amazônico são intensas; lamento não contar com um arquivo de fotos centrado vivamente no tema da postagem. Já sugeri ao  amigo ilustrador Sergio Bastos que fizesse uma coletânea do arvoredo típico da região nortista do Brasil, mas creio uma hora dessas ele nos surpreenderá com mais desenhos e animações providenciais. A terra querida, alvo da ganância, da má administração e afrouxamentos na fiscalização do abate criminoso das árvores,  tem recebido do ilustrador expressões do afeto e atenção. A arte não admite mordaça, nem injustiça; ainda bem, concorda comigo? 

Desconhecidas espécies  - O leitor ficaria certamente encantado com os ingazeiros, os uxizeiros, os tucumanzeiros, as castanheiras, os muricizeiros e outras espécies, certamente desconhecidas nas demais regiões do Brasil. Nas minhas lembranças essas árvores estão vivas - e estão, também, no Museu Paraense Emílio Goeldi e no Bosque Rodrigues Alves, espaços que guardam , em plena capital paraense, exemplos da fauna e da flora da Amazônia brasileira. Vá conhê-los um dia, caríssimo; são lições imperdíveis de geografia, antropologia, botânica e dinheiro público bem aplicado. 

Álbum do arvoredo regional e nacional - As imagens que você avista nesta postagem foram colhidas sem a intenção de reuni-las aqui, mas estavam no meu caminho e encheram os meus olhos de emoção. Peguei a máquina digital e cliquei. Agora estão aqui para que você acompanhe o registro. Daqui para frente ficarei mais atenta - e, quando viajar para a Amazônia, não esquecerei de fotografar as espécies acima indicadas, entre  outras, como os cupuaçuzeiros, os açaizeiros, os bacurizeiros, os ajuruzeiros e os ingazeiros. A fartura é grande, maninho.

As frondosas mangueiras e a benção do farto alimento e sombra  aos passantes; impossível não agradecer aos  que autorizaram o plantio e a sua preservação- Belém, arredores da Praça do Relógio, fev.2010

Recordações - Você guarda lembranças de alguma árvore em especial? Quintais da nossa infância e praças arborizadas sempre são evocativos de boas histórias. Compartilhe-as aqui. O amigo blogueiro Hélio Bertolucci Jr., do Chega de Demolir compartilhou excelentes reflexões sobre o arvoredo paulistano. Prestigie, interaja e compartilhe observações. Adoro o trabalho dele. Não deixe também de ler a crônica recente do Miguel Sanches Neto. Em "Briguento"(caderno G,Gazeta do Povo, 21/9) ele destaca as imperdíveis boas lições advindas no  quintal doméstico. Impossível não gostar dessas leituras. Vá por mim.

Até a próxima!

7 comentários:

  1. Ser árvore,era só e tudo o que eu queria da vida!:)

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  2. Já pensou, Bezinha, você um pé de jequetibá, jabuticaba, mangueira, amoreira ou um jatobá? Seria sempre procurada e temida pelos depradadores, donos de motoserras e aversos ao arvoredo nos quintais e praças. Obrigada, minha linda; adoro quando atravessa o corredor twuiteiro e vem aqui compartilhar " o ar da sua graça". Um presente interativo. Abração.

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  3. Doralice, seu tema de hoje está muito legal. Gosto muito de árvores mas sou um homem da cidade. Não conheço nenhuma árvore por nome, mas, apenas, pela sombra que dá, pelos passarinhos que abriga e, às vezes, confundo os frutos que dão. Você me matou de inveja com esta intimidade. Abraços.

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  4. Tem 2 tipos de árvores que eu queria ser a, primeira,não me lembro o nome e a segunda seria o Flamboyant...

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  5. Profa, sou dono de uma motoserra, documentada, da qual renovo a licença anual para poder - bem - utilizá-la. Como já postei, tenho um pomar com árvores frondosas, sendo assim, seria praticamente impossível realizar a poda correta e necessária à saúde e produtividade das mesmas se eu usasse apenas a serra manual (tenho tempo escasso). Apesar disso, considero a minha "máquina" comprometida com o meio ambiente, pois posso me orgulhar de dizer que ela jamais foi usada para "derrubar" uma árvore sequer.

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  6. Elson: obrigada pela simpatia ao tema da postagem. A nascença ammazônica certamente explica a intimidade com a denominação popular do arvoredo familiar; se morasse lá não tenho dúvida de que seus olhos fariam a diferença entre um taperebazeiro e um jambeiro. Prometi e cumprirei; outras espécies serão fotografadas.

    Obs -Removi um dos seus comentários, uma vez que continha idêntico teor, caro blogueiro.

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  7. Tenho certeza de que a sua motoserra não é criminosa; adoraria receber imagens desse pomar, assim como um destaque especial às variedades abrigadas, seus frutos e quem sabe relatos das experiências vividas sob a sombra dessas companheiras. Aliás, aguardo as fotos das escolas e biblioteca pública, caríssimo leitor. Quando puder...

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