quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A quem admirar no Brasil?

Não vale declarar que é o Pai ou a Mãe, mas quem despertava na sua época de jovem estudante a maior admiração em você, meu caro leitor? Tem um exemplo, em qualquer área, para compartilhar comigo?


Reprodução via Google
 Ontem eu perguntei a dois  vestibulandos, às vésperas da conclusão do ensino médio, se tinham admiração por alguém. Sabe o que eles disseram? Nada. Um sorriso maroto, sem dissimular absolutamente nada, disse tudo.

Ajude-me a entender! - Por que não somos exemplos aos mais jovens, leitor? O que nos falta para imprimir uma marca positiva nas lembranças que as crianças e os jovens levarão pela vida afora, tal como nós, em um certa altura da existência tanto admiramos?

Eu gostava com admiração visível da atitude de alguns professores, do talento letrista de Chico Buarque, da talentosa trajetória dos dos Beatles; nenhum político, entretanto, fazia os meus olhos brilharem, mas admirava o talento do Machado de Assis  e Charles Dickens com as palavras, a dedicação de Freinet à criança, as ideias de Carl Rogers, a música encantadora de Debussy e a alegria contagiante da produção autoral do maestro Verequete, lá no meu saudoso Pará.

Hoje? Afora os antigos professores, Carl Rogers, Machado, Charles Dickens, Freinet, Debussy, Beatles e Verequete, não tenho admiração por mais ninguém. Alguma simpatia aos cartunistas e aos jornalistas anima a questão, mas olho e olho em busca de um político, porém todos estão vendidos e enebriados pelo canto da sereia, aquela que dá a chave dos cofres públicos e o aparato oficial para o desfrute outorgado pela atitude incauta do eleitor. Triste realidade.

Os jovens não têm exemplos atuais para admirar; nem eu. Você discorda de mim, caro leitor? Tem alguém para exaltar os exemplos?

Até a próxima!

3 comentários:

  1. Bom, eu admiro muito algumas das mulheres que conquistaram seu espaço apesar das dificuldades sociais aqui no Brasil ou no exterior: Marina Silva, na política brasileira, Marieta Severo, atriz brasileira, Virginia Woolf, escritora inglesa, Isabel Allende, escritora chilena, entre outras. Valeu. Beijokas.

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  2. Sabe que pensei e pensei muito e realmente é difícil lembrar de uma figura pública que possa merecer o título ídolo ou herói!
    Na política? Acho que essa classe nunca esteve tão desprestigiada!
    Na música? Todos os meus favoritos ou morreram ou viraram dinossauros do palco!
    No esporte? Opa! Talvez Cesar Ciello, Fabiana Murer, Bernardinho
    No ensino? Acho que todos os professores do Brasil, pois só com muito heroismo para se manter professor num pais onde não se investe o precisa nessa que é a área mais importante.
    Abraço!

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  3. Prezada colega professora e blogueira. Compreendo sua opinião e até certo ponto a compartilho. Para mim também, não é justamente na política que se vai procurar uma abundância de exemplos edificantes, inspiradores, dignificantes. Seria como procurar agulha em palheiro. Pelejei que pelejei para lembrar o nome de pelo menos um político brasileiro que pudesse seguramente descrever como absolutamente incorruptível, ético, ínclito, ou qualquer outro desses adjetivos que na prática e sem faltar com a verdade são só muito raramente aplicáveis.
    Desisto, mas concluo apenas pela momentânea inutilidade da procura, não pela inexistência de tão difícil agulha em tão grande e tão tumultuado palheiro.

    Admiro, isto sim, os esforços de todos os grandes realizadores da humanidade, e não estou falando aqui daqueles empreendedores cujo feito principal traduz-se em ‘meras’ cifras, ainda que bilionárias. Não, mesmo.

    Ao contrário, nutro o mais profundo respeito e admiração por vultos como Buda, Marie Curie, Francisco de Assis, Madre Tereza. Estas figuras, além de serem incontestavelmente exponenciais em suas respectivas áreas (já é o quanto bataris para conquistar minha admiração), deliberadamente levaram vidas modestas, admiravelmente modestas.

    Estou convencido de que qualquer pessoa pode facilmente agregar mais nomes, e assim aumentar indefinidamente esta minha pequena enumeração.

    Da sua, sequer conheço todos. Mas pelo simples fato de nela estarem já merecem a meu ver um certo crédito, afinal são os recomendados de uma pessoa madura, letrada, observadora e criteriosa. Vejo com favor inclusive este seu maestro, sobre quem já quero saber mais.

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