Dia Nacional da Mamografia; o que você acha, leitor?

Hoje o jornalista WBonner, o simpático apresentador do Jornal Nacional, disparou um tweet perguntando assim:

                                     É justo obrigar uma mulher com suspeita de câncer de mama a viajar 300 km pra ouvir um "hoje não vai dar" na fila da mamografia?
                                     (realwbonner, 17h18minutos, dia 5 de julho)

Creio que nem caberia a pergunta, porque uma mulher com suspeita de qualque câncer já chega fragilizada ao posto de saúde. Ela certamente já fez uma via sacra para ser atendida pelo clínico geral e depois viveu uma longa espera até chegar o dia marcado para o exame de mamografia(Portal Terra). Penso que é um crime agendar um exame dessa importância e depois arranjar uma desculpa esfarrapada para driblar a falta de estrutura na saúde pública. 

Diga lá! - Será que alguma leitora já passou pela experiência de ouvir a frase destacada pelo tio Bonner? Será que um filho, irmão, namorado, amigo ou marido já conviveu com uma mulher que estivesse sob tal suspeita? Por favor,  comente algo, ilustre a situação. Nem todas as mulheres têm plano de saúde; a maioria precisa do posto de atendimento público e já sabe da longa demora na triagem. A chegada do dia do exame, qualquer exame,  é sempre uma viagem entristecedora.


Imagem: arquivo Google



Exemplo pessoal- No ano de 2009 estive com uma dor muito esquisita na mama esquerda; fui ao posto de saúde, ali no Campo Comprido, mas a demora no atendimento foi tão grande que fui obrigada a pagar uma consulta particular, além da mamografia. Felizmente nada de preocupante. Na época paguei R$100,00 de consulta médica e R$120,00 para fazer a mamografia. Estava muito nervosa e intranquila. Sou professora autônoma de redação e precisei "vender" muitas aulas para custear a minha tranquilidade. Depois do exame-  Meu Deus ! -  fiquei aliviada completamente. 

A minha proposta - Se o câncer de mama está sempre no topo das suspeitas por que não fazer um Dia Nacional da Mamografia? Em troca do benefício todas as mulheres submetidas ao exame retribuiriam com a prestação de 1 dia de serviço em atendimento público. Eu, por exemplo, poderia orientar a redação das crianças ou jovens ou ajudar no preparo da merenda escolar, entre outras atividades em escolas, bibliotecas ou espaços de leitura. A minha ideia pode até ser contestada, mas ela faz da reflexão uma esperança, concorda comigo leitor?

Ficarei de olho na reportagem anunciada e mandarei outro tweet para o Bonner, porque o primeiro ele nem deu bola...

Até a próxima!