segunda-feira, 25 de abril de 2011

Qual o destino do livro impresso?

Você  certamente leu o título acima; consegue respondê-lo, prezado leitor? Os livros que tenho aqui em casa, depois de lidos são geralmente compartilhados. Costumo, sob protestos da minha filha, ainda bem apegada ao material, entregá-los às bibliotecas públicas, embora mantenha nas prateleiras alguns títulos. Não tenho, entretanto, nenhum livro digital, mesmo sob o plano de "baixar" alguns disponíveis na internet. Quero, sim, experimentar a alternativa de leitura, porque sem conhecer as opções, qualquer comentário depreciativo será vazio de argumentos.

Li Na era dos bits, Dia do Livro passa por data fúnebre, do Josias de Souza e senti vontade de contestá-lo, ali no Twitter, mas, aqui entre nós, tomei o caso na esfera particular e, também, amparada pelo que vejo na rotina de amigos leitores, suas estantes repletas de títulos realmente lidos e o afã para adquirir mais livros impressos. Será que você repete e confirma as ações em negrito?

Meu amigo Jarbas Novelino levantou  a interessante questão ao escrever Não há livros online, lá no seu Boteco Escola. Eu não tenho experiência com o tema; li contos esparsos na tela do note, mas um livro com grande dimensão de páginas... nunquinha. Sou, portanto, alguém que ainda precisa passar pela experiência significativa. Meus argumentos contrários são inexistentes, bem diferentes dos que envolvo a preferência pelos impressos. 


Fonte: Google
 Não penso que o dia 23 de abril, anualmente atribuido aos festejos voltados ao Livro tenha passado como um cortejo fúnebre, mas os leitores têm a palavra final. Quando olho disquetes e fitas VHS em casa sinto que uma revolução passou por mim; todos os meus arquivos com dados importantes estão agora em minúsculo pendrive e na memória do meu computador. É fato incontestável; sem volta e meia e lero-lero. Meu amigo, o contador Valdir Macenco, em tweet recente, entretanto, declarou: " Tentei trocar o livro impresso mas desisti! Não podia usar meus marcadores de pagina!" - o que você tem a comentar sobre o assunto?

Interaja  - Preciso de você, leitor; vamos conversar? Eu ainda prefiro o livro impresso. Motivos? Muitos e muitos. O mais forte? Satisfazem, mas não posso ser radical; a vida segue o seu curso; quero refletir sempre, antes de embarcar de olhos fechados na onda de engenhocas tecnológicas, mais intensa do que as provocadas pela pororoca amazônica, assunto de postagem em breve. 

Até a próxima!

4 comentários:

  1. Dora, acho que o assunto tem pano pra manga… Recentemente tuitei que a geração X é a última geração nascida e criada em formato analógico. A questão da virtualização e da digitalização do conhecimento é uma realidade em constante ascendência, aceitamos ou não, compreendemos ou não! Penso que o foco da questão não é o formato em que vamos deixar nosso legado e sim como vamos representá-lo para que as gerações futuras, totalmente digitalizadas, compreendam como era possível viver em um mundo analógico. Penso que o livro, como existe hoje, será peça de museu, como é o pergaminho, por exemplo. Quer outro exemplo prático: quantas cartas (não comerciais) recebemos por ano? E isso não significa que deixamos de nos comunicar com as pessoas que estão longe, apenas fizemos a mudança e já estamos adaptados a ela. A tecnologia está aí e temos que saber usufruí-la agora de maneira que não nos tornemos obsoletos antes do tempo. Creio que a discussão deveria estar focada em como desenvolver ações para que este "final de transição" seja realmente importante para que as próximas gerações usufruam sem se sentirem saudosistas de algo que não tem sentido para elas.

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  2. Obrigada pelo lúcido comentário de pesquisador da ED, Marcelo; ficarei mais atenta às ações que explicitem com equilíbrio o que você aponta tecnicamente como 'final de transição'. Sugiro, inclusive, que escreva uma postagem sobre o tema, lá na sua página blogueira. Considero, desde agora, o seu "tweet" como um aperitivo à reflexão categórica sobre o tema.

    Abraço; conte com a minha leitura atenta, caro leitor.

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  3. Li há muito tempo um livro na tela do computador. Foi ruim. Anos depois, comecei a ler na telinha de 3 polegadas do smartfone. Também era ruim, mas muito melhor que o computador, pois podia segurar a telinha perto dos olhos. Li muito nessa telinha. Agora tenho um ebook reader e acho muito bom. Convivo com os dois meios e não sinto a necessidade de escolher. Posso carregar 3000 livros no ebook reader, mas como geralmente leio um de cada vez, tanto faz o formato do livro que levo na bolsa!
    Mas que o reader é tão levinho, ah se é...

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  4. Grata pelo comentário, Aline; suas observações ajudam a dimensionar a reflexão desejada sobre o tema.

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