quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sem ética a exemplificar

Você já reparou, leitor, como vem da política o volume do nosso desapontamento coletivo? Entregamos os cofres públicos aos depredadores da ordem. Com a chave do poder nas mãos eles fazem o quê? Um verdadeiro show de horrores e indignação. Votam e aprovam o que lhes favorece; formam incessantemente verdadeiras quadrilhas para assaltar a confiança popular.
A charge do Angeli explica a triste constatação nacional: os sem ética abundam


Maus exemplos -  A lista com os nomes que compõem o Conselho de Ética no Senado é estarrecedora. Você consegue imaginar Renan Calheiros como exemplo ético? Os políticos e a camarilha que faz salameleques aos desmandos com o poder enxovalharam o substantivo mais altivo que conheço. Lá no meu estado de origem, o Pará, o prefeito de Belém, o Duciomar Costa, está sob um processo de cassação do cargo, mas a papelada não aprendeu a andar; já estamos quase no final de abril e nada da esperada decisão. Culpa de quem, quem, quem? Do tráfico de influências políticas; quando os "probos" não querem fazer a carruagem andar, a troteada é regida em minuetozinho, bem na maciota, só para nos irritar, burlar o certo e premiar o errado, a vilania.

Palhaçadas e horrores - Com o voto irresponsável e a reeleição fácil oferecemos o combustível aos políticos. Quer mais detalhes sobre o show das excelências? Clique nos links oferecidos pelo Josias de Souza e Rogério Galindo, entre poucos que divulgam os fatos que acontecem na pátria como eles são. Aproveite para conhecer, também, o que escreve o blogueiro Parsifal Pontes. Vale dispender alguns minutos em análise; eu garanto.

Escolher bem - Precisamos tomar vergonha na cara e eleger gente melhor; passar uma vassourada nas velhas oligarquias, livrar as novas gerações desses maus exemplos de grosserias, vilanias, enganações e da prática do toma-lá-dá-cá. Detesto ver esse quarteto nas ações comezinhas. Há um interesse vil nas menores atitudes, inclusive, na nossa prática cotidiana. Quem não faz conchavo e despreza os ajeitamentos oportunos perde o amigo, o emprego, a fiança. Os valores éticos sofrem recrudescimento galopante. Tenho medo dessa onda, meu caro leitor.

Sugiro acolhermos a ideia do cartunista Ivan Cabral: que político seja um palavrão!

Não reeleger - Há muito eu decidi não reeleger qualquer candidato; reeleição é expressão de satisfação do eleitor, mas também de grande enganação pelo canto de sereia do vereador, deputado, senador, prefeito, governador e presidente. Reeleitos? Eles querem é mamar nas tetas fartas do poder público, porque acumularão seus proventos e garantirão os dias eternos nas Câmaras, das Assembeias, no Senado e na Presidência.

O nepotismo presente, à revelia das restrições legais, nas prefeituras e governos não desmente, concorda comigo?  É preciso não acreditar na conversa mole; depois, quem sofre somos nós. Sarney, Jader, Requião, Richa e o séquito de asseclas sempre em marcha estão aí para comprovar os meus temores. Mais juízo, caro leitor, na hora de votar, é o que precisamos.

Até a próxima!

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