sexta-feira, 8 de abril de 2011

O cravo brigou com a rosa, sim!

Censurar e criticar algo não é tarefa fácil; exige maturidade cognitiva, conhecimento do assunto, olhar de lince, atrelamento à verdade dos fatos e pertinência temática.

Reproduzo aqui a bem-vinda crítica do historiador Luiz Antonio Simas, acolhida pelo Jarbas Novelino (Boteco Escola), colega professor e colaborador indireto do blog, à censura feita pelos pedagogos ao grande Villa Lobos.

Fonte: Google

Detesto comentar, prezado leitor, mas a formação afeita ao amontoado de generalidades, sem especificidade alguma no campo da interpretação e produção de textos, gera pedagogos mal orientados na lida com minha área. Lamentável constatação.




Você sabia? A a Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, permite que pedagogos assumam a regência das aulas de língua portuguesa voltadas às primeiras séries do ensino fundamental, mas a formação teórica e prática  que recebem nos meandros da interpretação e produção de textos, infelizmente, não apresenta o suporte necessário para lidar com os temas da área. Caso alguém conheça alguma modificação recente, por favor, divulgue.

Uma prova inconteste - Costumo corrigir monografias assinadas pelos graduados em pedagogia, entre outras áreas, portanto sei do que estou a criticar.
 
Anote aí - A maioria das escolas brasileiras acolhe, por força legal, licenciados em Letras na regência das salas de aula de língua portuguesa, a partir da 5ª série; a preferência é que pedagogos assumam as quatro séries iniciais. Dá para entender? Eu não consigo.

Até a próxima!

3 comentários:

  1. Cara Professora, para fomentar um pouco a discussão sobre o ensino no Brasil, segue notícia veiculada no site Conjur (http://www.conjur.com.br/2011-abr-07/coluna-lfg-pais-constroi-presidios-escolas-doente) que nos informa que o Brasil construiu mais presídios do que escolas nos últimos 10 anos.
    Um abraço,

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  2. Cara Doralice,

    Um perigo a censura de obras literárias, musicais, teatrais etc. Gente que não gosta de arte e nem a entende se julga no direito de modificar obras clássicas. O resultado é ridículo. Mas, essa gente segue em frente, sentido-se iluminada, pois são educadores.
    Infelizmente, boa parte do censores nos meios educacionais é constituída por pedagogos. E, como aponta você, essa gente aprendeu na faculdade apenas umas generalidades que mal compreendem (se é que as compreendem). No que tange à literatura, nada leram. Em levantamento que fazia em minhas aulas, a grande maioria dos estudantes de pedagogia lia apenas livros de auto-ajuda ou textos água-com-açucar sobre bobagens sentimentais. E não é que se meteram a 'corrigir' versos da tradição popular que integram obras do Villa Lobos? Como diz o rapaz que escreveu o texto que divulguei, talvez essas tias queiram co-autoria em obras do nosso maestro maior. Abraço grande, Jarbas.

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  3. Concordância absoluta, amigo Jarbas! Alegro-me com a sua visita ao Na Mira. Abraço recebido.

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