quarta-feira, 6 de abril de 2011

Delfim Neto e a empregada doméstica

A notícia veio pelo clique diário que faço no blog do Josias de Souza.

Insuportável - Eu não sei  se você costuma falar alguma coisa quando vê, lê ou ouve um disparate, uma expressão infeliz. Eu arregalo os olhos e geralmente deixo escapar um palavrão; depois, tento ver os lados da questão, mas quando li Delfim é notificado por comparar doméstica a animal fiquei super indignada com tamanho disparate e justificativa inadmissível. Deixei o palavrão sair em crítica imediata à expressão utilizada pelo economista, figura pública histórica, portanto, pressupostamente atento ao que declara à imprensa.

                                       Há uma ascenção social incrível. A empregada doméstica, felizmente, não existe mais. Quem teve este animal, teve. Quem não teve, não vai ter...!
( Delfim Neto)

Desatinos verbais - A liberdade para expressar ideias exige a imprescindível âncora da reflexão, calçada essencialmente no bom senso e na ética, duas companhias desprezadas pelos intempestivos e injustos. Falar o que se deseja e esquecer da condição vulnerável que todos têm na roda-viva da vida é um perigo.

Fonte: Google (sem indicação, infelizmente, da autora da ilustração)

Não sou santa; tenho os meus defeitos e procuro olhá-los com óculos, sempre. Posso cometer um vacilo aqui e ali, mas agredir com  expressão infeliz a figura daquelas que, em geral, fazem o que não podemos ou não queremos, é injusto. O economista e ex-ministro extrapolou o tolerável com a comparação infeliz.

Conte aqui... - Quem aqui guarda uma boa história de uma empregada doméstica? É  a hora de mostrar ao economista  o que ele não conseguiu destacar na comparação feita. Deve estar sempre com uma trave no olho, mesmo portando óculos de grau. 

Até a próxima!

2 comentários:

  1. Bom Dia
    Quer me parecer q vc não entendeu o conceito que ele quis passar e o Josias aproveita para cinicamente deixar q fique por isso mesmo.
    Se vc notar a primeira colocação: A empregada doméstica, felizmente, não existe mais, percebe que ele está se felicitando com o povo. Usou a palavra "animal" no sentido em que a empregada doméstica era considerada pela sociedade, não que ele a considerasse assim. Ele teria que ser MUITO estúpido para dizer uma asneira dessa, e o Delfin, não é estúpido.Tenho certeza q depois de contar até 10 vc verá o q ele quis dizer realmente.
    Myrian Dauer

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pelo estabelecimento da conversa, Miriam; eu entendi perfeitamente o contexto da declaração, porque li/ouvi inúmeras vezes, mas convenhamos, o destaque endereçado à palavra "animal" foi indevido, mesmo diante da consideração aludida no seu comentário.


    Penso que convém a uma pessoa pública enorme cuidado com o emprego das palavras; sem o devido reforço imediato da intenção sugerida emergirão pareceres conflitantes.


    Grata pela gentil interação; embora discordante, prevalece a atenção incisiva da leitora.

    ResponderExcluir

Related Posts with Thumbnails