Um recado aos vestibas e aos prefeituráveis

Reprodução da Gazeta do Povo, hoje

O medo do ser humano é algo quase inadmissível, concorda comigo leitor? O cartunista Benett novamente faz emergir uma questão hilária, filosófica, histórica e existencial . A inversão das referências é calculada com a sagacidade habitual de cronista do traço e das cores.

Você já sentiu temor do ser humano? Eu já. Detesto, por exemplo, evidenciar as situações nas quais tenho que enfrentar a escuridão momentânea nas ruas, a irresponsabilidade dos que conduzem veículos, de ciclistas na contra-mão, de arrastões e de ônibus lotado de torcedores em dia de futebol.

A segurança pública é item fundamental na hora do eleitor clicar nas urnas, prefeituráveis! - reprodução via Google

Quando a noite chega e preciso transitar pelas ruas do bairro Mercês, ah... carrego como minha defesa uma sombrinha de cabo longo de madeira, um apito e o celular, porém em situações de perigo eminente, uma apitada forte e repetida ou uma sombrinhada valem muito mais do que uma chamada telefônica. 

Um dia... quando a realidade estiver diferente, manterei a sombrinha e o apito sempre bem próximos, mas para os devidos fins de proteção com relação ao sol intenso e chuva forte, assim como nos momentos festivos, o apito fará eco à alegria da professora animada com a passagem de mais um ano ou o avistar dos nomes dos meus alunos de redação nas listas dos aprovados, tanto nos vestibulares, quanto nos concursos às carreiras públicas.

Adivinhe quem está debaixo da sombrinha, caro leitor? Chove, mas eu caminho pelo Mercês, arq. pessoal

O cartunista, presente nos últimos vestibulares paranaenses, ofereceu mais uma oportunidade para vestibas elaborarem uma narrativa centrada em experiência de temor real ou imaginário ou ainda um texto argumentativo acerca da insegurança pública e sugestões de combate efetivo. Quanto aos prefeituráveis, a iminente eleição municipal exige ação congruente; sem a confiança do eleitor, adeus, vitória nas urnas.

Até a próxima!