domingo, 4 de setembro de 2011

Paisagismo, as árvores frutíferas e oportunismo político


A  farta temporada de amoras já é uma promessa nos parques - Curitiba, Parque Tanguá, arq. pessoal

Quando saio de casa invariavelmente mantenho a observação apurada. Meus olhos são como dois faróis e fazem o mapeamento de tudo. Você também é assim, leitor?

Arvores frutíferas -  No rol de itens observados geralmente atento ao paisagismo urbano, seja ele programado ou acidental. Gosto de observar as árvores frutíferas existentes no correr das calçadas, das praças ou parques.

Encontrar um abacateiro em calçada curitibana não é incomum- arq. pessoal
Eu sempre destino os pensamentos de gratidão aos que plantam árvores frutíferas nos jardins domésticos, jardinetes e logradouros amplos ao público, tais como as praças e parques. Raros exemplos de sensibilidade, nem sempre imitados pelos que têm atualmente a função de zelar pelo paisagismo existente e contribuir para que o ambiente seja cada vez mais agradável a todos.

Na capital paraense, por exemplo, a presença das centenárias mangueiras é uma força histórica ao paisagismo urbano. Belém deveria ser permanentemente a Cidade das Mangueiras; quem já visitou o município sabe da importância que as árvores têm aos que caminham sob as suas copas gigantes. Além da sombra, amenizam a temperatura e nos oferecem a fartura das mangas, o que forma um trio de bons motivos para que a administração atual continue a prática dos antigos cuidadores de Belém. Na última vez que estive na cidade encontrei pés de açaizeiros ao longo de algumas ruas, mas ainda não é o suficiente. A arborização urbana bem planejada empresta à cidade um componente visual encantador. Pena que nem sempre os administradores atentem ao fato.

A presença das frondosas mangueiras empresta à Av. Presidente Vargas a peculiaridade inesquecível - Belém, PA- arq. pessoal
Aqui em Curitiba há um pouco de tudo: araçazeiros, pitangueiras, amoreiras, pessegueiros, abacateiros e outras espécies que não sei o nome, porque algumas são nativas. Os parques? Ah... são repletos de espécies frutíferas. É um fato inegável. Agora, por exemplo que o mês de setembro chegou, já está quase na hora de fazer um um passeio pelos arredores do Centro Cívico para ver se  já é possível colher as amoras amadurecidas. 

O arvoredo abundante em Curitiba faz bem a todos- Mercês, arq. pessoal
Interaja - Aí no seu município a existência de árvores frutíferas nas cercanias urbanas é uma realidade? Há preocupação com o plantio e poda das espécies que oferecem floradas ou temporada de frutos anualmente? Saia do silêncio, leitor!  Apareça para relatar e compartilhar comigo as suas observações sobre o tema descontraído da postagem. Dos 117 leitores que seguem a minha página não é possível que 1, 2 ou 3 não tenham nada a observar.

Leia mais - Quer detalhes técnicos sobre o tema paisagismo urbano? Veja o que bem advertem o Jardineiro Net e o Curitibando.

Anel Viário! - O preocupante no paisagismo urbano é quando, depois do plantio e crescimento das espécies, as árvores são sacrificadas em decorrência de planos políticos (Bem Paraná). Derrubar ou podar as árvores na Rua Teffé, por exemplo, parece ainda uma atitude sem o devido ajuizamento e transparece um oportunismo sem disfarce. Todos perdem, embora os gestores jurem que fazem um bem às cidades. Algo parecido aí no seu município aconteceu, leitor?

Até a próxima!

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