domingo, 29 de maio de 2011

Um passeio pelo curitibano Portão

As minhas tardes aos sábados ou domingos geralmente são dedicadas, em parte, aos passeios pela cidade. Ontem, apesar do frio fazia sol. Foi a vez do Portão, bairro bem distante do Mercês, meu ponto de partida. Será que o leitor conhece a região, mora nele ou alguma vez já esteve por lá em passeios ou trabalho? As fotos do meu arquivo ajudam a fazer uma composição ligeira, limitada, mas apontam os itens que a mim impressionaram negativa ou positivamente.

Visão  comercial do bairro Portão - Curitiba, arquivo pessoal


A grande carência no bairro -  As ruas são largas, boas calçadas e pela aparência geral das casas, sempre com aspecto distinto, o Portão não é uma região pobre, em termos de poder econômico. Para chegar ao bairro atravessamos o corredor extenso da Av. República Argentina, não sem antes passar pela bela Praça do Japão. Descobri com tristeza de que não há um parque nos arredores do bairro, mas se a prefeitura da capital curitibana reabrir o Museu Metropolitano de Arte e Cultura fará muito bem, obrigada, aos que residem na região. Poderá pensar, se aprouver, um destino cultural gratuito ao local. Fiz, inclusive, uma postagem recente sobre o tema; confira em leitura vertical. É um convite para ler mais as minhas postagens.

O que percebi - Indiscutivelmente a movimentação nos arredores do Shopping Paladium, transformado estrategicamente em área de convivência, sobretudo juvenil é agora a grande alavanca. O cinema e a praça de alimentação, sempre lotados, explicam o empenho lojista na aposta empresarial certeira na região.

É grande o afluxo de visitantes ao Shopping Paladium, situado estrategicamente no Portão - Curitiba, arquivo pessoal


Imaginei o quanto seria bom um espaço público livre, com arvoredo e aberto ao público no bairro, mas os gestores municipais não percebem - ou fizeram vista grossa às necessidades de lazer em áreas abertas aos moradores, talvez acomodados com as possibilidades disponíveis nos bairros circunviznhos. Não tenho certeza absoluta, mas o parque mais próximo seria o Barigüi, encostado daqui de casa, portanto, bem longe do Portão.

Incentivar o aumento do público aos shoppings é algo contraproducente em qualquer lugar; eu desconfio sempre dos que, ao contrário do bem- estar da população, visam as parcerias lucrativas. Lojas pagam impostos, portanto, valem mais do que espaços livres, destinados ao lazer do cidadão residente no bairro.

Conversemos...   -  As observações acima são, entretanto, impressões de migrante em Curitiba bem acostumada à proximidade dos parques, ruas arborizadas e fartura das praças e pequenos largos, panorama comum nos arredores da minha casa, assim como em outros bairros na capital paranaense. Gostaria muito de poder ler um comentário de leitor, natural da cidade, que conheça muito bem a região do Portão., porque avaliar criteriosamente as condições estruturais de um lugar é imprescindível, mas exige amplo conhecimento do bairro. Tomara que eu consiga atrair um comentário. Saia do silêncio, leitor curitibano. Converse comigo. Ajude-me a melhor descrever a cidade; nada melhor do que mostrar a vida real nos bairros centrais ou periféricos.

Até a próxima! 

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