terça-feira, 31 de maio de 2011

História & Ficção

                               Tudo indica que as interpretações históricas não são ondas que vão e vêm, como discursos que se equivalem. Elas favorecem a ampliação do conhecimento e mais do que isso, possibilitam ao cidadão letrado opções de análise do passado que não o obriga à ingestão de pratos feitos, quase sempre indigestos.
(Boris Fausto, Os vivos governam os mortos, Folha de S. Paulo, 27/2/2005)

                              Próximos, mas distintos, os discursos do historiador e do ficcionista diferenciam-se tanto pela maneira  como suas narrativas se relacionam com o mundo quanto pelo modo como neles atua o narrador.
(Luiz Costa Lima, A narrativa na escrita da história e da ficção. In: A aguarrás do tempo, Rio de Janeiro,Rocco, 1989,p. 102)

Imagem do site Grupo Escolar.com 

Não sei se o leitor reúne a mesma avaliação, mas quando eu penso em fatos marcantes da história brasileira nos últimos 30 anos não esqueço jamais do Movimento DiretasJá, do Impeachment do ex-presidente Collor e do recente Ficha Limpa.

O jornalista André Gonçalves bem lembrou dos preciosos atos, em postagem no Conexão Brasília. Apagá-los da história brasileira é subtrair da memória ativa os preciosos recursos de consciência da condução dos fatos pela sociedade. Ao ficcionista a borracha é útil, mas ao historiador e ao cidadão submersos na história ativa, jamais!

Saia do silêncio, leitor; venha conversar comigo.

Até a próxima!

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