Devo ao Josias de Souza o ânimo para bater na mesma tecla do Enem.
Devo também ao cartunista Benett a ilustração de hoje, alçada do arquivo da Gazeta do Povo, lá pelos idos de 6/7/2009.
Será que tem jeito? - Milhares de estudantes, pais, professores e amigos da educação e da cultura não entendem como é que essa sucessão de contratempos no Enem continua; os erros são históricos e o desassossego estudantil é contínuo- e alguém precisa fazer algo para corrigir esse exame nacional.
Desde que a prova deixou o excelente formato de análise do ensino médio a situação degringolou, mas não foi por falta de aviso, porque o salto parecia maior do que as pernas. Mesmo na condição de professora autônoma, edublogueira e sem vínculos corporativos ligados ao governo, adverti sobre a apressada pretensão desse exame. Um projeto arrojado, de alcance nacional precisava certamente de experiências graduais, no âmbito regional e, se desse certo, com dimensão nacional, mas os técnicos de gabinete são sábios.
Avistar os erros, acompanhar os pedidos de desculpas dos organizadores do exame parece sempre um assombro e uma preocupação, porque daqui a pouco não atentarei apenas ao rol de inquietações dos meus jovens alunos de redação, mas porque a aflição está em casa sorrateira e provocando sobressaltos. Minha filha está no ensino técnico da UTFPR, mas aspira um curso superior, portanto a coisa avança, com abundância de temores antecipados, uma vez que a instituição aderiu totalmente ao exame como processo seletivo às vagas oferecidas.
Fazer o quê? - Agora o pessoal do MEC e INEP corre para consertar, pedir desculpas e até ameaçar quem emita censura e mal-estar com as falhas ocorridas no último final de semana, além de gastar um pouco mais com as futuras despesas anunciadas com o exame. A refletir com vagar e equilíbrio sobre tais ações.
Você pensa algo sobre o tema? Compartilhe.
Até a próxima!
Olá professora!Agradeço a sua força e carinho através do twitter!
ResponderExcluirEu não aguento essa história de que podem cancelar a prova do Enem... eu fiz justamente a prova amarela, mas a minha não tinha erro.
A adrenalina que passamos durante a prova, o cansaço que sinto até agora mesmo depois de ter descansado por longas horas, a tensão que ocorre durante a resolução de 90 questões enquanto o tempo "corre", ... ELES NÃO ENTENDEM!
Não corrigi e nem irei corrigir porque a pontuação que valerá só sairá em Janeiro e não tem como calcular. Além disso, a redação é outra incógnita quanto à correção. Prefiro me dedicar aos vestibulares que virão a cada final de semana e tentar garantir minha sonhada vaga. Caso não consiga, deixo o estresse "garantido" para Janeiro, quando o Brasil inteiro estará num grande leilão de vagas nas federais.
Ah...Marcella, posso imaginar o cansaço e o estado emocional dos que levam os estudos com seriedade e , de repente, estão nessa situação deprimente.
ResponderExcluirTorço pelo seu sucesso em geral; qualquer hora você virá aqui avisar que o seu nome está na lista dos que cursarão medicina. Receba o meu carinhoso abraço, grande menina.