O jovem Montanaro (Folha de S.Paulo, 27 nov.) traça com incisiva realidade as consequências da constatação da existência e do combate à violência na pátria querida. Apetrechos de defesa como coletes, revólveres e fuzis estarão certamente vivos na memória recente das crianças brasileiras, sobretudo das que assistiram a fartura do noticiário centrado no morro carioca. Papai Noel que se cuide! Os pedidos de brinquedos que simulam as atitudes de combate e extermínio de inimigos deixarão o bom velhinho atordoado.
Atenção - A admiração pelas expressões da força policial também estará em alta; o forte exemplo de poder - render, atirar e matar o inimigo público - desencadeará anseios no imaginário infantil. Será conveniente nos mantermos em alerta. O remédio, quando mal administrado, provoca reações inesperadas.
Sugestão 1- Há de se levar em conta a hora, a necessidade, os efeitos colaterais da força e do poder. Acontecerá assim em todas as atitudes; será prudente conversar com a criançada sobre a manutenção da ordem pública, caso contrário, os verbos acima em negrito serão adotados como normais pelo imaginário infantil.
Sugestão 2- Acompanhe o texto A crise no Rio e o pastiche midiático, do sociólogo do Luiz Eduardo Soares, assim como, ali no canto direito inferior da página, o blog do jovem Montanaro, autêntico laborátório de criação, ora disponível ao leitor do Na Mira.
Até a próxima!
Alí pelo Largo da Ordem
-
Ontem à tarde na região do Largo da Ordem, tem os que confraternizam, os
que abraçam, os que desenham, os que fazem um som e os que curtem isso...
Há 4 semanas
Nenhum comentário:
Postar um comentário