Tenho ótimas recordações da época do ginásio, lá no Colégio Estadual Augusto Meira, localizado entre a Av. Gentil Bittencourt e Av.Magalhães Barata, naquela altura conhecida como Independência; meu leitor paraense conhece bem a região - e até dirá que a saudosa escola fica "ali no começo da baixa da Gentil", não e mesmo? Qualquer hora dessas trarei uma foto desse espaço escolar, hoje com algumas reformas e aparência levemente alterada.
A lembrança mais interessante dessa época estão cravadas nas aulas de "Canto Orfeônico", regidas pela batuta e pelo diapasão do Professor Adelermo Matos, saudoso maestro, já falecido. Treinar a voz, a postura e emitir cadenciadamente os hinos do Pará, da Independência e o Nacional, sim; todos éramos treinados com as aulas durante a semana, mas também conhecer o vasto repertório musical regional. Para mim eram aulas extremamente agradáveis. Não me tiraram o pedaço, nem obliteraram o meu olhar para as necessidades do Pará, nem da pátria querida, nem desviaram o esforço dos demais professores com as variadas disciplinas e seus conteúdos, mas lamentavelmente a disciplina foi subtraída do currículo escolar. Por quê? Não sei. Burocratas talvez tenham sentado na secretaria de educação do estado...
Hoje, quando recordo desse tempo, os versos do Hino do Pará e as diversas composições regionais, assinadas pelo maestro Verequete agradeço ao maestro e professor de canto o esforço empreendido para que eu e meus contemporâneos colegas educássemos a nossa voz - e guardássemos no peito a herança musical nacional e regional.
Hino do Pará
" Salve, ó terra de ricas florestas
fecundadas ao sol do Equador!
Teu destino é viver entre festas
do progresso, da paz e do Amor!
Salve, ò terra de ricas florestas,
fecundadas ao sol do Equador!
Estribilho
Ó Pará, quanto orgulha ser filho
de um colosso tão belo e tão forte
Juncaremos de flores teu trilho
Do Brasil, sentinela do Norte
Salve terra dos rios gigantes
D'Amazônia princesa louçã!
Tudo em ti são encantos vibrantes
Desde a indústria à riqueza pagã
Salve terra dos rios gigantes
D'Amazônia princesa louçã!"
(Letra de Artur Porto e música de Nicolino Milano; adaptação e arranjo de Gama Malcher)
Eu tinha até um caderno com as letras do cancioneiro popular, mas não sei qual o fim desse material. Adoraria recuperá-lo, mas diante da impossibilidade vou ao YouTube buscar apoio audiovisual. Quer ir comigo, caríssimo? Comecemos com Tamba-tajá, do maestro Valdemar Henrique. A dupla Mayra Lopes e Victor Alonso exibem talento e provocam minhas recordaççoes de estudante integrada ao canto regional. Ouçamos mais um pouco para recordar ou quem sabe conhecer o motivo do tema da postagem de hoje. Oportunamente trarei o popular Pinduca para que você aprecie o gingado e a prosa desse cancioneiro regional.
Contribua comigo - Você ainda recorda do hino que saúda o seu estado de origem? Adoraria contar com informações variadas; ao menos uma estrofe, caro leitor. Dia desses perguntei a um grupo de alunos, lá no meu curso de redação, e ninguém lembrava nem da letra e nem da melodia do hino do Paraná. É provável que lá no Pará as crianças e jovens também não saibam. Ninguém parece atribuir importância ao canto nas escolas. Perdem uma preciosa oportunidade.
Até a próxima!
Alí pelo Largo da Ordem
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Ontem à tarde na região do Largo da Ordem, tem os que confraternizam, os
que abraçam, os que desenham, os que fazem um som e os que curtem isso...
Há 4 semanas
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