segunda-feira, 12 de março de 2012

A arquitetura escolar e os 3 porquinhos


Pedi uma foto e o DelViana fez  para mim; veio lá do arquipélago marajoara, no Pará. Clique  para vê-la melhor ; observe a ponte. As crianças escolares chegam de barco à escola - Reprodução autorizada
Idealizar, projetar e construir escolas são as ações que estão na mira da arquitetura escolar. Entre o trio de ações destacadas, ah...está a figura do gestor administrativo e o seu projeto coerente voltado à educação pública, suas contingências, necessidades e inserção qualificadora. Uma escola bem construída, bem mantida e preservada independe de vinculação partidária. É um exemplo de atitude política. Sou (e) leitora atenta e vejo assim. Você também, leitor?

Boas condições da construção - Para ser lembrado com alegria e satisfação, um secretário de educação, o representante maior do MEC, um prefeito, um governador ou um presidente da república não poderá esquecer das condições favoráveis oferecidas aos que estão abrigados sob o edifício escolar. A maioria, entretanto, esquece; libera verbas para construções com material ordinário e não mantém olho vivo no resultado das licitações à construção do que atualmente denominam de prédio escolar público.

Por que o governo paranaense não leva adiante uma restauração do belo prédio do Instituto de Educação do Paraná? A amostra de beleza arquitetônica escolar exige visível descuido das autoridades.  Centro, Curitiba, arq. pessoal
Sou muito curiosa, costumeiramente exigente e gostaria de saber detalhes sobre as licitações que envolvem as construções das escolas públicas brasileiras, mas quase nada do assunto costuma sair na imprensa. É lamentável. De quem é o projeto de construção? O engenheiro que desenha o projeto te noções sobre os imprescindíveis itens à arquitetura escolar? Será que ele matricularia o seu filho na escola que projeta? Será que os materiais empregados rastejam no resultado de superfaturamento e conluios protegidos do público atento? Por que não há amostra de transparência do processo licitatório ao público?

Quero fotos -  Imagens panorâmicas das escolas públicas recentemente construídas deveriam aparecer com destaque nas páginas dos jornais, revistas e blogs. Sabe o que eu vejo costumeiramente? Apenas a figura das autoridades desatando um laço ou discursando em bláblábláaaaaa laudatório.  

Consertos e remendos  - O leitor atento já reparou nas sucessivas notícias sobre reformas no telhado, soluções às infiltrações e tentativas de  remendos nos prédios escolares públicos? Eu já; sempre no início do ano letivo.

Os 3 porquinhos -  Ao ver uma escola municipal ou estadual em reforma eu sempre recordo da inesquecível história dos três porquinhos. Veja os porquês, caro leitor:  projetar e construir uma escola resistente e que atente aos aspectos necessários evitará desperdícios do dinheiro público, aumentará o ranger dos dentes dos opositores partidários sem motivos para queixas e pendengas e permitirá, principalmente ao eleitor o reconhecimento da outorga bem refletida, além de oferecer ao escolar o usufruto de espaço agradável e seguro para aprender, consolidar e conservar pela vida afora a gratidão pela educação pública recebida. A maioria dos gestores, entretanto, esquece da lição do Prático. O vento, a chuva e o Lobo fazem a maior festança com as construções vagabundas, cheias de furos e sempre  pratos cheios às críticas dos que olham e radiografam as ações destituídas de atenção a um item fundamental na educação pública: as construções escolares.
Até a próxima!

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