quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A geografia chuvosa e a indiferença dos políticos no Brasil

A questão do clima no Brasil, tomada ao pé da letra, mostra que nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste vivemos o Verão, ao contrário do Norte e Nordeste, em temporada de Inverno, caracterizada pela maior incidência da chuva, mas deu a louca nos extremos: chove no país todo, porém na contabilidade das excelências, que vivem a tradicional temporada esticada de recesso muito bem remunerada, a vida é um eterno verão espetacular. A charge do conterrâneo JBosco é ilustrativa, concorda comigo, leitor?.

A ironia do Benett, via Gazeta do Povo, merece destaque!










A chuva no país - Aqui em Curitiba chove e chove; acompanhe o que indica o Simepar. Estou com algumas sacolas com lixo descartável para colocar lá fora, mas a chuva não tem permitido. apresenta-se intermitente. Será que você poderia interagir comigo, caro leitor, e relatar ligeiramente como anda o tempo aí na sua região, assim como alguns dados da interferência da temporada chuvosa na sua rotina? Tenho leitores espalhados pelo Brasil. Ficaria bem feliz se pudesse reunir dados pontuados nesse quesito. Você tem enfrentado problemas para se locomover de casa ao trabalho e não encontra dificuldades no retorno? Interaja.

Cadê as excelências? - Ontem li e retuitei diversos comentários dos meus conterrâneos no Twitter; eles ofereceram um panorama em tempo real da chuva que castigou a capital paraense; na hora peguei o telefone e constatei pela voz familiar que o canal da Tamandaré estava transbordando, assim como na região do bairro do Marco e arredores a situação nas ruas estava descontrolada. Será que o prefeito, os vereadores, os deputados estaduais e toda a tropa política ao menos sabe o que é viver sob a chuva em condições de difícil locomoção? Chove pelo país todo, mas as excelências estão recolhidas, sob a proteção do conforto patrocinado pelos cofres municipais, estaduais e da abastada verba federal. Na minha querida Belém a população sofre com o descaso das autoridades e a passividade acordada entre os gestores públicos e a sua camarilha bem remunerada.

É impossível não destacar a fina ironia do JBosco ao retratar a vida das excelências diante das agruras pelas quais passa o cidadão,sob a chuva intermitente no Brasil

Na época da campanha política vi aqui pelo bairro Mercês um candidato a circular pelas ruas em pleno domingo matinal. Quero vê-lo saltitar agora pelas ruas e a cantar a sua toada debaixo da chuva curitibana, mas sabe quando ele sairá do seu conforto patrocinado? Nunquinha. Já garantiu o seu salário; o povo que se proteja da chuva, ande com galocha, chame o encanador e aguarde os dias de sol.


A generalização - Eu, sinceramente, não reelejo e nem voto em político profissional. Permito-lhe apenas um mandato, porque eles esquecem como é a realidade e alçam voos inadmissíveis. Discorda de mim, leitor? Muitas vezes erramos ao generalizar as situações; se você tiver um exemplo de atuação política que destoe das minhas habituais críticas, por favor, indique o que ele tem feito de diferente dos demais. Deve ser uma exceção; merece destaque. 

Até a próxima!

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