domingo, 12 de setembro de 2010

Escolas públicas têm direitos e deveres iguais

Eu quero saber se alguém conhece a resposta, o valor e os procedimentos para que o repasse financeiro chegue até à escola - e, de fato, seja exemplarmente aplicado. O caso é o seguinte: eu saio para passear pela cidade e sempre levo a minha máquina digital. Tenho especial interesse em registrar as cenas curitibanas, mas incluo no rol de temas: a arquitetura escolar, as floradas, as irregularidades, as boas atitudes, leitores em ação e uma porção de temas, caro leitor.

Externamente bem preservada a Escola Estadual Aline Picheth sugere reflexões do cidadão atento aos direitos e deveres - Centro Cívico, Curitiba, 7 set. 2010

Nesses passeios feitos durante o feriadão dei especial atenção aos registros de escolas públicas, localizadas em vários bairros curitibanos. Hoje, por exemplo, destaco duas escolas: uma no Centro Cívico e outra no Boqueirão. Distantes em muitos pontos, sobretudo, aos que conhecem a demanda social  aqui e ali residente.

Compare - Examine a aparência externa das escolas; ambas são públicas, portanto, supostamente recebem auxílio financeiro, suporte material semelhante e pessoal administrativo com potencial de formação acadêmica igualzinhos: diretores, supervisores, professores, serventes, todos concursados. 

Pergunta: por que a escola, localizada no elegante bairro do Centro Cívico é assim bem bonitinha, limpinha e sem pichações, enquanto a escola, localizada no Boqueirão, situado em bairro periférico da capital paranaense mostra-se tão negligenciada externamente? Dreitos iguais, deveres iguais e os bons resultados desse preceito melhoram a vida do aluno, da comunidade escolar, concorda comigo, leitor?


O ar descuidado da escola Estadual Natália Reginato sugere ao cidadão atento que alguma coisa não está funcionando - Boqueirão, Curitiba, 7 set. 2010

Uma ideia -Mandarei um tweet com o link desta postagem para a jornalista Tatiana Duarte, especialista em educação, na Gazeta do Povo. Quem sabe ela goste de aprofundar a sugestão de pauta? Se eu bater na porta dessas escolas a direção não me deixará entrar. Não sou mãe de aluno e nem faço pesquisa acadêmica, portanto, a minha entrada será vetada, mas se a imprensa aparecer a conversa será outra. Vai lá, Taty, vai lá!

Até a próxima!

3 comentários:

  1. Escolas feias e desleixadas contribuem para abaixar ainda mais a autoestima dos alunos que a frequentam.

    A pergunta levantada seria assunto para uma boa pesquisa, que renderia um belo estudo e de interesse de governantes sérios, se é que ainda existem...

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  2. Doralice, que eu saiba as verbas são direcionadas de acordo com o número de alunos. Assim, uma escola com 1000 alunos irá receber bem mais que uma que tiver 400. E consequentemente, mais professores, mais supervisores, mais orientadores, funcionários. Há também a questão do ideb. Se a escola ficar com sua média abaixo do ideb, virá mais receitas para melhorias. Além disso sabemos que há administrações que fazem campanhas e outras que são contra. E por aí vai...

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  3. Obrigada ao Alex e à Miriam pelas observações aqui compartilhadas; concordo plenamente com o prezado leitor de Brasília. Como esperar orgulho docente de uma criança ou jovem que adentra ao espaço escolar e vê o ar descuidado e feio que ele concentra. A direção tem obrigação de bem administrar a escola, o que subentende, inclusive, o cuidado com a aparência externa da escola.


    As preciosas informações da colega professora Míriam ajudam certamente a clarear as regras da distribuição financeira; será que são justos os critérios? As respostas aos porquês talvez possam ser pesquisados, Miriam, pela jornalismo acima sugerido. É o que espero um dia ler nas páginas de um jornal paranaense.

    Recebam o meu abraço e o obrigadão diante da necessária interação entre blogueiro e seus interlocutores.

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