sexta-feira, 9 de julho de 2010

Antigos espaços escolares

Com a ajuda do  Onizes Araújo trago à página as fotos do Colégio Estadual Paes de Carvalho e do Grupo Escolar Barão do Rio Branco, espaços públicos escolares que já acolheram inúmeras gerações paraenses. Os motivos para esses destaques? Ora, prezado leitor, acompanhe-os:



>  Evidenciar a bela arquitetura escolar de outros tempos.

>  Inquirir aos gestores públicos um motivo racional para que não invistam em escolas públicas com esse ar de importância, ao contrário das  deprimentes "caixas de fósforos" ou "escolas de lata".

> Contribuir com a pesquisa do Jarbas Novelino, responsável pelo Boteco Escola e amigo forjado nessa cumplicidade afetuosa de ideais educacionais intermediada pela internet.


Tema recorrente ao educador - Reveja uma das minhas postagens sobre Arquitetura e Educação; esta abrigada em arquivo da Gazeta do Povo Online. Eu gostaria muito, caríssimo leitor, de saber o que passa pela cabeça dos que avaliam os projetos de construção das escolas atuais. São feias, exigem reformas anuais e não despertam nem orgulho e nem saudade das crianças e jovens que nela estão matriculados. Orgulho escolar ? Um tema para outra postagem.


Aguarde mais fotos - Tenho outros registros, inclusive de Curitiba; qualquer hora dessas eles aparecerão aqui.

Sugestão: se puder, por favor, fotografe escolas antigas e novas; atente aos aspectos materiais, à segurança, aos arredores, à movimentação dos estudantes, entre outros itens vitais à memória da educação pública. Compartilhe esses registros comigo ou com o Jarbas. Saberemos como mostrar aos brasileiros um pouco da memória arquitetônica escolar nacional.

Até mais...

7 comentários:

  1. Cara Doralice,

    Post lindo. Pelas fotos.Pelo texto. Os velhos prédios escolares ensinam. Ensinam dignidade. Mostram cuidado que o poder público tinha com educação. Coisa muito diferente de certas escolinhas acanhadas que a gente vê por aí.
    Em nossas conversas sobre arquitetura e educação, acho que o ponto que você levanta, o da dignidade, é essencial. Escolas improvisadas passam outra mensagem: a do descaso, não tanto com idéias abstratas de educação (o discurso continua muito bonito), mas com gente que deveria merecer todo o cuidado de um estado democrático. Obrigado por seu trabalho investigativo no campo da arquitetura escolar. Abraço grande, Jarbas.

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  2. Sem querer dar uma de saudosista ou nostálgico, essas fotos representam um marco da arquitetura escolar do Pará. Há outros prédios, tanto em Belém como, também, no interior do Estado que deveriam merecer do poder público uma atenção e um cuidado muito especiais, pelo que todos representam em termos históricos.
    Fui aluno do Colégio Estadual Paes de Carvalho, uma casa que formou várias gerações de paraenses ilustres, mercê da indiscutivel qualidade de ensino que sempre imperou por lá.
    Era uma honra enorme dizer "sou aluno do Paes de Carvalho", o que conferia um status num patamar elevado, resultando disso tudo um tratamento diferenciado aos cepeceanos.
    Tenho certeza plena que outros antigos alunos do Paes de Carvalho verão essa foto e sentirão uma saudade "danada" desse colégio e volverão no tunel do tempo a recordar dos anos que por lá passaram, eis que essa casa haverá de perpetuar-se e formar sempre outras novas gerações de cidadãos comprometidos com o civismo.
    Ad perpetuam Paes de Carvalho.

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  3. Prezado Jarbas: obrigada. É uma oportunidade espetacular reunir informes contrastantes encontrados na história da escola pública nacional. Estamos no mesmo barco; vamos continuar a viagem pela mamória da arquitetura escolar, não é mesmo?


    Ao Onizes, meu irmão residente em Belém, registro publicamente a gratidão pelo cuidado e disposição em fazer as fotos e compartilhá-las conosco, aqui no Na Mira. Gostei muito do depoimento, mano. A gratidão e o orgulho escolar expressos em comentário emocionado.

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  4. O cuidado com o projeto arquitetônico dessas escolas pareciam refletir a importância da educação na época e toda a reverência prestada aos professores e ao próprio "sistema educacional".Claro que a popularização necessária e a dinâmica implantada para atender à demanda leva a projetos mais simples e modestos, mas a saudade fica!Belíssimas fotos, a viagem no tempo é quase inevitável!

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  5. Concordo com você, Adhemar, mas a "popularização necessária e a dinâmica implantada..." não deveria incluir descaso às necessidades gerais, nem tãopouco a desqualificação da oferta de educação pública transformados em pontos estranguladores e nós atados que ninguém ousa afrouxar para oxigenar a escola pública brasileira. Prédios escolares de outrora enviam lições ao presente, prezado leitor.

    Continuo aguardando as fotos prometidas, ai dos prédios escolares da cidade onde reside.

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  6. Oi, Doralice e Onizes, fiz um post com a foto e o tema em debate no meu blog. Parabéns pela iniciativa, é extremamemnte válida. Abração!

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  7. Obrigada, Franssinete, não apenas pela visita ao Na Mira, mas também pelo fato de referendar ideias ligadas às questões educacionais. Grande e vigoroso estímulo. Meu irmão, autor da foto do imponente prédio do Paes de Carvalho, certamente também conserva os mesmos sentimentos de pesar pelos descuidos das autoridades com relação ao patrimônio escolar da nossa terra paraense.

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