terça-feira, 20 de março de 2012

O conjunto arquitetônico escolar exige




Um raro exemplo de espaço escolar estimulante - Curitiba, Musssunguê, arq. pesssoal
Muros das escolas públicas ou as áreas de convivência deveriam ser tomados pelos bem cuidados tufos  e galhos das espécies floris e frutíferas, bem aclimatadas à região. Para harmonizar a atividade educativa ao conjunto arquitetônico escolar, as árvores de fácil plantio, ali no entorno das escolas públicas, fariam um bem aos que nela estudam e trabalham. O ambiente escolar reúne, entretanto, diferenças marcantes no trato às escolas situadas nas áreas centrais e periféricas de Curitiba, mas a constatação parece ser infelizmente uma regra geral nas cidades brasileiras, prezado leitor. É inadmissível.
Fiquei com vontade de entrar para ver o interior da escola- Curitiba, Santa Felicidade, arq. pessoal

Tenho reunido farto material com fotos externas das escolas que encontro nas minhas andanças pelos bairros de Curitiba. Quero comprovar detalhes de importância no conjunto arquitetônico. O ajardinamento, parte importante no ambiente escolar é um deles, mas sei que é um detalhe imerso no rol de necessidades. Muitas vezes faltam componentes básicos, tais como: a merenda escolar, o prestígio ao corpo docente e a atenção às demandas administrativas da escola.

Não remunerar com dignidade aos que trabalham no ambiente escolar público e ainda lhes oferecer condições insalubres, feias e inseguras para trabalhar com as crianças e os jovens? É revoltante.
Imagine o muro da escola acima coberto pelos tufos de plantas floris? Periferia de Curitiba, arq. pessoal
Estenda os seu olhar pelos bairros da sua cidade, caro leitor, o que você avista na portaria e no entorno dos espaços escolares mantidos pelos cofres públicos?

Eu fotografo frequentemente muros quebrados, quase nenhuma planta e um ar descuidado, especialmente nas escolas situadas nas áreas distantes do centro da cidade. Na foto nº2 em destaque? A rua, lá para as bandas distantes da avenida central de Santa Felicidade, é de chão batido e não há pavimentação asfáltica. Imagine como ficam nos dias de chuva intensa os calçados das crianças e dos que lá trabalham?

O desenho das crianças, já desgastado pelo tempo, exige recuperação ou substituição - Periferia de Curitiba, arq. pessoal

Nas minhas lembranças de criança e de jovem estudante, caro leitor, estão as frondosas mangueiras e o ar de satisfação das minhas professoras, tão queridas e saudosas. Será que as crianças de hoje, nas mesmas escolas que estudei, diriam o mesmo? Quando visitar a capital paraense voltarei ao antigo "Grupo Escolar Barão do Rio Branco" e ao "Vilhena Alves", assim como ao " Augusto Meira" e no" Deodoro de Mendonça"; se puder, trarei depoimentosao NaMira.

Nem preciso buscar justificativas acadêmicas  para evidenciar a necessidade de atenção geral ao ambiente oferecido aos que estudam e trabalham; independente do provimento público ou privado, as escolas são espaços de convivência humana, mas os gestores públicos não parecem vê-las assim. Talvez, se os seus filhos estudassem nas públicas a situação apresentasse configurações diferentes, concorda comigo, leitor? O assunto rende muitas postagens.

Até a próxima!

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