Mão na mão e uma vida inteira pela frente - Praça Osório, arq. pessoal |
Eu estava sem pressa e procurei acompanhar discretamente a dupla - e que conversa amável eu ouvi, meu caro interlocutor. Ele a tratava como querida e ela, sempre com a voz meiguinha, dizia olha, paizinho. Eu fiquei imaginando o valor desse encontro na vida de uma pessoazinha, assim como na triste e comumíssima ausência. Tive a benção de poder desfrutar da companhia paterna, semelhante à meninazinha da foto. Andávamos assim, eu e meu pai, quando íamos às compras de alimentos no Ver-o-Peso ou às feiras dos bairros, como a da Rua Dr. Moraes, nos arredores da Praça Batista Campos, lá em Belém. Não tenho foto alguma desses momentos, mas eles estão guardados vivamente na minha memória.
Talvez, quem sabe com as asas poderosas da internet, um dia a dupla acima veja a foto roubada que eu fiz. Pai e filha terão, assim, uma lembrança imortalizada de um momento inesquecível, captado pela minha prestimosa câmera. De minha parte, fiz tudo para descrevê-lo com a merecida intensidade. Será que consegui, leitor?
Até a próxima!
Você conseguiu! O seu estilo de crônica é o tipo que sempre merece as páginas dos jornais. Precisamos, para nossa própria saúde, de uma dose diária de beleza. Obrigado, Doralice!
ResponderExcluirFiquei feliz com o seu comentário, Mário.
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