terça-feira, 29 de novembro de 2011

O leitor brasileiro e o plebiscito no Pará

Será que o vestibulando da UFPR já prestou a devida atenção à data da prova de Compreensão e Produção de Textos? Eu já. Ela coincide com o plebiscito no Pará: dia 11 de dezembro de 2011. O leitor brasileirode um modo geral parece carecer de informações sérias e contextualizadas sobre o tema.

Diga lá! - O que sabem, por exemplo, os estudantes paranaenses e das demais regiões brasileiras, inclusive, os que residem nos 143 municípios que compõem o extenso território do Pará?
 
Eu ouvi  - Quase nada é o que ouvi inúmeras vezes dos meus novos alunos de redação. Para lhes tonificar as informações? Sabe o que faço, leitor? Aponto leituras e mostro os vários lados da questão. A surpresa informativa é grande. 


A polêmica divisão do Pará é assunto nacional, não apenas paraense- Imagem reproduzida via Google

Poucas informações - Jornais não têm oferecido a importância devida ao fato; faltam análises sérias e apartidárias, assim como depoimentos dos que moram e são testemunhas oculares do que oferece resultados aos indicadores demográficos em geral, tanto quanto das manobras políticas oportunistas. Será a primeira vez que o povo decidirá nas urnas o que fazer, por exemplo, com os 1.247.689,515 KM2 do Pará. O assunto é sério; não deve ser jogatina entre forças partidárias ou ufanismos desnecessários.

Conteúdo e crítica - Li na manhã de hoje o texto A divisão do Pará e a Federação, da lavra do Raymundo Costa, transcrito no Conteúdo Livre. É um bom começo. Quero ler análises competentes para compartilhar com os meus alunos. Já fiz postagens anteriores sobre o tema; uma leitura vertical da página comprovará.

Sugestão - Leia exaustivamente não apenas o texto acima. Não expresse contentamento; seja voraz. Faça, também, um dossiê com uma busca na internet. Envie tuites aos jornais da cidade; exija maior detalhamento da questão. Analise criteriosamente tudo o que estiver ligado à divisão do Pará. Evite repetir opiniões; estabeleça a sua. Gente responsável e ciosa sabe separar as ambivalências e distorções informativas, embora para muitos seja cômodo apenas transcrever informações e confiar em dados via telefone ou notas ligeiras e irônicas.

Reflita sobre o tema, vestibulando. Há urgência na leitura e posicionamento crítico, leitor. Nada emocional, mas sim atrelado à lógica dos fatos reais. A imprensa pode ajudar, blogs e leitores paraenses, também. É tema excelente para uma redação argumentativa, daquelas bem amparadas em gráficos com mapas e um histórico sobre as capitanias hereditárias no Brasil. Fique de olho.


Até a próxima!


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