Mangueiras e açaizeiros, entre outras espécies, compõem o cenário das antigas praças; as atuais nem tanto.- Belém, Praça Batista Campos, arquivo pessoal |
O que nos torna sensíveis diante de um arvoredo, do sol se pondo ou da luz do luar no mar? Será que essa sensibilidade pode ser aprendida, ensinada ou, quem sabe, estimulada? Pelo menos a evidência e a evidente interdependência de todas as espécies do planeta podem ser demonstradas para que mesmo os mais insensíveis comecem a pensar diferente, nem que seja por autopresevação.
( Adhemar, em comentário recente sobre o Arvoredo escolar, aqui no Na Mira)
A preservação - Na Amazônia as sementes levadas pelos pássaros ou diante da sistemática ação de replantio salvador das espécies fazem o bom serviço em prol da preservação das árvores na região, mas a escola poderia fazer a sua parte salvando na memória das crianças e dos jovens esse rastreamento do arvoredo brasileiro ou, ao menos, do regional. Leitura, escrita, desenho, pintura, plantio, exposições e tantas outras opções de trabalho escolar articulado à vida brasileira.
A variedade - Quando morei em Campinas, cidade agradável ali coladinha da capital paulista, tive ocasião de conhecer espécies nunca antes avistadas. Foi com alegria que vi enormes jabuticabeiras, caquizeiros, amoreiras e pessegueiros, entre outras espécies. Nas viagens que emprendi ali pelas bandas de Araçatuba, Buritana e Birigui fui aumentando a lista das árvores aclimatadas à região sudeste, até então apenas observadas nos livros, jornais, revistas e documentários na tevê.
Quem não avista os pinheiros do Paraná? Ainda bem que eles estão nos parques, praças e em algumas ruas- Jardim Botânico, Curitiba, arquivo pessoal |
Arvoredo local - Ao primeiro contato com a região sul, ainda na condição de visitante e depois na de migrante, ao avistar os enormes pinheiros do Paraná e a profusão de espécies que vejo nas ruas o meu interesse pelo assunto aumentou rapidamente. Não posso avistar uma espécie desconhecida e logo sinto vontade de saber detalhes e, se puder, fotografá -la, mas agora será impossível fazer o registro do arvoredo que existia, por exemplo, na Rua Teffé, aqui em Curitiba. Veja o porquê, graças à reportagem Obras do anel viário tem...(Bem Paraná) indicada em providencial tweet do Alessandro Martins. O meu temor é que as motoserras, sob o comando da prefeitura e animadas com a famigerada Copa de 2014, venham bem gulosas aqui para o Mercês, também.
Diga lá, meu caro! - Será que há alguma espécie de árvore que esteja ligada à sua infância e juventude, prezado leitor? Você guarda alguma boa história para aqui compartilhar? Meus irmãos mais velhos contam que no quintal de casa, lá na pequenina Alenquer paraense, tínhamos uma cuieira (árvore que oferece as cabaças, mais tarde transformadas em cuias, onde servimos o tacacá) - ela recebia o nome de Meu Brasil e cada um dos meus irmãos e irmãs tinha um galho preferido. Lá ficavam pendurados a brincar como se pássaros tivessem neles encarnados. Na minha família essa história rende muita conversa e risada. Conte a sua, meu caro leitor!
Até a próxima!
Havia 7 flamboyants enfileirados em frente à minha casa quando eu era pequena e morava em Votuporanga,atrás do Bairro da Estação.Eu amava tudo aquilo.
ResponderExcluirComo seria fabuloso ver fotos desses flamboyants enfileirados, Bezita! Será que você não guardou nenhuma foto da sua época de menina em Votuporanga? Procure, querida @miga. Compartilhar a memória do arvoredo é ampliar efeitos diversos: bons administradores públicos, moradores caprichosos, variedade da floração e tantas coisas boas que poderão contrastar com as ruins.
ResponderExcluirAbração; adorei a sua nobre visita.
só na memória tenho as fotos,não tinha e ainda não tenho máquina fotográfica ou algo semelhante p/tirar fotos,nunca tive.#fail Ah, mas os flamboyants não existem mais,infelizmente, alguém foi lá e cortou todos juntamente com o pomar dos fundos da casa.:(
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