segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Admiração ou irritação com as histórias de Dickens??


Tenho em casa uma edição de aparência bem antiga de O grilo na lareira - Charles Dickens, tradução de Aldo Della Nina, Saraiva, sem data, cujo prefácio assinado por Gomes Freire adverte: 

Ao ler qualquer um dos romances de Dickens, uma pessoa esclarecida do nosso tempo experimentará dois sentimentos absolutamente opostos, contraditórios, e podemos adiantar que essa qualidade de impressões, de igual modo, a acometerá ao tomar contato com alguns dos grandes romancistas do século XIC (...) O primeiro sentimento é o da admiração ante a sua extraordinária capacidade criadora, riqueza de imaginação e o domínio admirável ( somos tentados a dizer: mágico) do instrumento verbal. O segundo, por antítese, é a irritação, alongada e transmudada em tédio ou desdém, ante as soluções convencionais, a sentimentalidade melosa, a falsidade ou superficialidade de certos caracteres e episódios, que, ao que parece, derivavam antes da imposição do gôsto do público do que das aspirações íntimas do autor(...). Pouca gente no mundo, entretanto, terá feito tanto a favor da poetização da vida e do Natal como Dickens. Se S. Franciscode Assis inventou o presépio, a Dickens devemos essas eternas histórias de Natal(...)

Como não ficar comovida com o inesquecível filme A Felicidade Não se Compra? Unidos? Seremos sempre mais fortes é a mensagem que parece soprar a cada cena d e Frank Capra, mas terá ele sido um exímio aprendiz de Dickens?-  Créditos do vídeo para Adoro Cinema
Estimule, meu caro leitor, as suas crianças e jovens à leitura comovente de Dickens; o mundo precisa de mais pessoas que acreditem nos bons e que mantenham esperanças transformadoras na vida coletiva - ou será que você é daqueles que fica irritado com as histórias do narrador inglês?    

Até a próxima!

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