Acompanhe a transcrição dos comentários contrários à divisão do Pará:
O Carlos Macapuna, paraense residente em SP, tuitou, ainda ontem:
"estou fora do Pará, mas não deixo de ser paraense um só dia, amo meu estado e acredito que o que falta é de bons políticos."
Reproduçao do avatar do Ximangolandia |
O comentário do Onizes Araújo, um dos meus irmãos, residente em Belém, segue abaixo integralmente:
" Já tive oportunidade, em várias ocasiões, de manifestar-me contra a divisão do Estado do Pará, pretendida por um segmento que - na minha visão - almeja galgar projeção às custas das desventuras do povo paraense por anos seguidos, resultantes de vários governos ( estaduais e federais ) que usaram as riquezas do Pará para viabilizar outros interesses, deixando ao Estado as migalhas. Vejo, com tristeza, os adeptos do SIM "baterem" no atual governador paraense como se só ele fosse o responsável pelas mazelas existentes, da mesma forma que tentam induzir os eleitores a imaginar que, com a separação, os problemas estariam resolvidos.
Não custa recordar, por exemplo, o Estado do Amapá, que foi território paraense, tornou-se Território, os problemas continuaram e, então, "brigaram" para tornar-se Estado. O resultado....... os mesmos problemas aumentados e anos a fio pendurados nas verbas federais para sustentar um Estado pobre.
Vejo, também, a sede de políticos na criação desses novos Estados, por ser a via que passariam a trilhar objetivando viabilizar suas ambições pessoais, eis que entre eles há elementos notoriamente rotulados de Ficha Suja, com inúmeros processos na Justiça.
Sou nascido em Alenquer, oeste do Pará, e conheço de perto as carências e as necessidades dessa região, mas diante do quadro que HOJE se apresenta decidi que votarei, no plebiscito, contra o esquartejamento do Pará. Sei que, no futuro, esse desmembramento deverá acontecer, mas somente quando surgirem pessoas que verdadeiramente queiram o bem coletivo.
Que tal condicionar a esses políticos atuais e seus parentes a abdicarem do direito de se candidatar a qualquer função pública por vinte anos ? Penso que novos Estados só deveriam ser criados com gestores técnicos em administração pública, primeiro como Territórios e, após verificada sua viabilidade, o novo Estado nasceria."
Aguarde - À noite, depois das minhas atividades com alunos de redação, retornarei à página; quem sabe tenha outros comentários tanto para o Não, quanto para o Sim? Conservarei a esperança no desejo de ver expressões de escolha bem fundamentadas. O plebiscito acontecerá no próximo dia 11; o compromisso é sério e o Brasil está de olho na decisão dos meus conterrâneos.
Até a próxima!
Só fato de vivermos sob a égide do pacto federativo já deveria fazer com que o plebiscito fosse nacional, pois quando são "criados" mais Estados, criam-se automaticamente deputados e senadores, potencialmente aumentando ainda mais o desequilíbrio de representatividade regional que existe no Brasil, tudo em nome de interesses pouco altruístas de coronéis das políticas locais.
ResponderExcluirSe somarmos a isto o fato de que temos os parlamentares mais caros do mundo, o cidadão mais ou menos atento consegue entender que a alternativa não é interessante para o povo, apenas para políticos sedentos de poder que se engalfinham para conseguir espaço na farta teta da "mãe gentil".
Alegro-me com a sua visita ao NaMira, Adhemar. Deixar um comentário lúcido e bem fundamentado é um verdadeiro presente, prezadp leitor.
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