sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Conhece o "Soneto Amazônico", leitor?

   
É o Rio Xingu, leitor - Reprodução feita do blog do Lafayette Nunes, o  Xipaia
 As águas quietas e escuras guardavam no seio imóvel
A cor dos grandes céus com suas nuvens,
E guardavam um silêncio como não vi maior:
Um silêncio maduro, de coisas se transformando;

Um silêncio fecundo, de natureza crescendo;
Um silêncio inicial, de antes do mundo possuir
Suas formas, o seu ritmo, o seu equilíbrio numerosos;
Um silêncio prestes a se partir num grande grito.

Em torno das águas escuras estava a floresta tropical.
Com a sua exasperada palpitação e o seu denso mistério,
As árvores pareciam esperar um acontecimento inesperado.
Poderíamos, em ermo, sentir os primeiros passos da Noite,
Que vinha com os seus grandes pés escuros
Quebrando frágeis galhos e machucando flores e plantas silvestres.
( in Antologia de Poemas Para a Juventude, Ediouro, p. 23)


É do poeta Carlos Frederico Schmidt o poema cima; tentarei reunir ao longo do dia algumas imagens dos rios e de trechos da floresta nortista para melhor ilustrar a pujança e a necessidade de bem preservar a região amazônica. Aceitarei contribuições - e, para deixar claramente a intenção interativa, logo mais farei um convite à conversa tuiteira com o tema.

Sugestão: clique logo, leitor! - O meu conterrâneo André Costa Nunes, pai do Lafayette, mantém um blog. Em postagem enriquecida pelas imagens fotográficas ele traça um panorama visual e diz Rio Xingu, é tudo isso. 
  
Até a próxima!

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