Cena familiar na Av. Luíz Xavier- Boca Maldita, Curitiba, arq. pessoal |
Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste!
Criança! Não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza aqui perpetuamente em festa.
É um seio de mãe, a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! Vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, de onde impera
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boa terra! Jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha...
Quem com o seu suor a fecunda e umedece
Vê pago o seu esforço e é feliz e enriquece!
Criança! Não verás país nenhum como êste:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!
( Olavo Bilac, Ama o Brasil!)
Com a mala na mão - Quem já saiu do seu domicílio geográfico e percorreu nossas cidades, estados e regiões sabe do espaço continental que detém o território nacional. Sabe, também, das diferenças de oportunidades, das contigências econômicas, das injustiças, das peculiaridades, dos traços influenciadores do efetivo processo migratório, assim como das características próprias desses rincões. As vivências geográficas, o conhecimento e as identificações da identidade cultural dos vários brasis imprimem paciência e voz ativa para reclamar, sugerir, aplaudir e incentivar a busca pelas soluções locais ou distantes, mesmo dentro do território nacional .
Sentado e dentro de casa - Quem jamais saiu, entretanto, do seu mundo pequeno, do seu castelo seguro e não enfrentou os obstáculos geográficos, as limitações impostas pela negligência dos que têm o poder e aparato público para gerir os bens coletivos, jamais compreenderá que o poeta acima viu tudo o que versejou, mas que não imaginou que a vilania de alguns brasileiros poderia extinguir todas as belezas naturais no nosso país, minar a confiança e colocar nas nossas bocas o sorriso irônico diante da leitura do poema acima. Discorda de mim, leitor?
Crianças brasileiras merecem desfrutar de vida boa, segura e saudável- Sta. Quitéria, Ctba, arq. pessoal |
Uma ideia - Aproveito o texto acima para sugerir ao jovem vestibulando um treino de redação. Acompanhe, também, se desejar.
Quel taluma proposta de texto argumentativo? - Considere o texto acima e escreva uma carta ao poeta Olavo Bilac. Compare os versos com a realidade nacional que você avista hoje, traduzida nos jornais, revistas, blogs e impressões pessoais. Redija detalhes comparativos aos versos em destaque e deixe Bilac bem informado sobre as mudanças existentes no Brasil atual ou enumere motivos que expliquem as diferenças temporais entre os versos e a realidade atual. Argumente.
Um texto com limite máximo de 30 linhas será ideal. Valerá uma ótima experiência ao desafio de escrita argumentativa, lá na prova do Enem, por exemplo.
Até a próxima!
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