"Reportagem Al Jazira sobre crianças do Marajó que sobem nos barcos em movimento para ganhar trocados."
Diga lá - O quadro descrito pela câmera estrangeira é ou não completamente diferente das costumeiras reportagens de denúncia e sensacionalismo?
Imagem ilustrativa em texto denunciador no blog Católicos em Breves |
Mobilizações - Inúmeros problemas são registrados no vídeo; as autoridades públicas deveriam avistar a reportagem e a gente simples que recorre às estratégias de sobrevivência merece ser ouvida nos seus reclamos.
Pedirei a um blogueiro, bem conhecedor da região marajoara, a indicação das as referências geográficas presentes no vídeo; elas serão futuramente acrescentadas à postagem. Penso que não basta apenas ver, mas também intervir, ajudar e solucionar, concorda comigo, leitor? No caso, a distância geográfica não é o maior impedimento, mas sim a insensibilidade às inúmeras contradições existentes na região Amazônica paraense, rica da sua biodiversidade, mas pobre na gestão política comprometida com a sua gente, suas necessidades e direitos.
Responda-me! - Observou as condições das escolas? O empenho do professor? Os sonhos dos garotos? A cumplicidade dos passageiros das embarcações? As frutas vendidas? O valor arrecadado? As situações de perigo? A beleza do rio? Os transportes utilizados? As lições aprendidas pelas crianças? O conformismo e as esperanças? Eu, sinceramente, chorei muito emocionada ao ver as crianças marajoaras entregues à luta tão intensa pela sobrevivência, enquanto as verbas públicas aos municípios paraenses, segundo suposição de eleitora, devem circular nos cofres sem que o benefício chegue ao seu merecido destino.
Voltarei ao tema; nele está interessado, leitor?
Até a próxima!
Querida, Dora.
ResponderExcluirNa última quarta também este video no www.marajonoticias.blogspot.com . Lembro-me de quando viaja constantemente pela região mostrada no vídeo. Trata-se do Rio Tajapuru, rio que desemborca no Rio Amazonas,melhor acesso pra quem vai pro baixo-amazonas ou Macapá.Grandes embarcações (balsa/empurradores e alguns navios de passageiros que não passam em Breves/Marajó) saem do Rio Pará e entram no Rio Buiuçu e depois pegam o Rio Tajapuro após 12 horas de viagem ( em média). A migração da cidade pros rios marajoaras nos últimos 50 anos, vem agravando aquela situação... Infelizmente, posso lhe afirmar que não é o único ponto. No Rio Parauaú, que banha Breves, seguindo pelo Jaburu e Turiá.. a pobreza é mais evidente. A decadência da produção de palmito e o extinção de madeiras nobres ( principalmente a "virola")condenaram o ribeirinho à subsistência. Soluções? Sim, existêm, mas, infelizmente não vejo a médio prazo isso. O descaso é muito grande e são patrocinados por diversos atores: Governos, Igrejas e sociedade civil fazem vista grossa pro caso...
Lembro do depoimento infeliz de um pároco de Curralinho, Marcos Gnato: " Deus fez o Marajó e o abandonou"...
Triste isso "
Um abraço, Dora..