quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sem panfletagem política, por favor!

Ando cansada de apagar e-mails de cabos eleitorais. Lá no Twitter a minha página fica geralmente num sobre e desce de seguidores. A explicação está na minha indiferença à panfletagem politiqueira.

No território político e nas escolhas pessoais estou sempre muito à vontade; não perturbem, por favor! 
Não votarei em político profissional, não reelegerei ninguém e antipatizo com panfletagem indireta, ainda mais quando subestima a minha capacidade de escolha consciente. Com você está acontecendo assim, também?  A simpática ilustração da Soninha Horn ajuda a firmar a minha segurança com relação ao que aprecio politicamente.

Agenda do eleitor - Hoje há um debate oficial entre os presidenciáveis; assistirei, porque é preciso manter o juízo e o ajuizamento com relação às questões coletivas. Escolher e outogar poder a uma pessoa para que dirija simbolicamente um país, cheio de contrastes como é o Brasil, é coisa séria, não brincadeira para ver se dá ou não.

Ninguém tasca!- O meu voto é um dos únicos territórios do campo individual que ninguém tem o direito de querer saber ou tentar subverter. Você também pensa assim, caríssimo? Convença-me do contrário, mas argumente objetivamente, por favor!

Até a próxima!

4 comentários:

  1. Eu não recebo mails de políticos. E quando receber propaganda eleitoral deletarei liminarmente, sem análise ou leitura, e bloquearei o rementente, para não mais perder meu tempo nem mesmo com um clique.

    Votarei, sim, em político profissional, inclusive. Aliás, políticos profissionais, entendidos como tal aqueles que já exercem algum mandato ou função pública. Entendo que a maioria não presta, mas eu, pessoalmente, fiquei bem feliz com pelo menos dois representante em quem votei nas eleições de 2002 e 2006, atuaram bem, jamais se envolveram ou foram citados em meio a falcatruas, e merecem continuar tendo meu voto. Os novos, porém, sempre merecem chances. Mas não basta ser não profissional.

    Não assistirei ao debate. Sou pessimista em relação a esses encontros, que entendo como simples e bem arquitetadas peças de marketing, cuidadosamente planejadas, com o maior objetivo de enganar, ganhar o voto. Ali, não é possível conhecer um candidato (ou candidata, claro) Tudo me cheira manipulação, agressões, provocações. Quase uma comédia de mau gosto. E de baixo nível. Na decisão do voto, conta mais a história e, principalmente qual o esquema de poder que cercará o futuro, ou a futura, presidente. Gente travestida de progressista, mas que sempre que esteve no poder prejudiciou a educação e os menos favorecidos, que sempre defendeu causas retrógradas em relação ao meio-ambiente, por exemplo, seja diretamente o candidato ou aqueles que estarão com ele, ou ela, no poder, risco, não voto. Mas é minha opinião, apenas. Irrelevante. Um em 135 milhões de votos. Não faço campanha para ninguém, inclusive para não me comprometer com os inevitáveis erros que, outra ou um, fatalmente cometem no exercício do poder.

    No meu também, ninguém tasca! E ninguém sabe. Não abro meu voto. Porque acho que assim deve ser. Prefiro não conhecer o voto alheio, nem mesmo de meus amigos, meu pai, minha mãe. As decepções podem ser grandes, a ponto de prejudicarem a imagem que faço dessas pessoas, em especial quanto às respectivas inteligências e capacidade de julgamento, quando não, ainda pior, não contribuem para que eu descubra, neles, no eleitor, um nada acanhado individualismo e uma exaberbada despreocupação com o bem-comum. Essas descobertas, invariavelmente, sempre enfraquecem meu relacionamento com a pessoa. Melhor continuar iludido... Prefiro nem saber... em quem votam os outros 135 milhões, individualmente.

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  2. Excelente defesa, Alex!


    Quando trato de"políticos profissionais" temo cometer injustiças, mas a cambada dos que descobrem que a mamata advinda dos cofres públicos é grande. Cabe, evidentemente, ao eleitor atento e criterioso acompanhar(vc fez muito bem!)a trilha percorrida pelos seus outorgados.


    Obrigada pela participação regular na página; quando escrevo as postagens fico sempre imaginando o rosto dos leitores, as ideias que têm ou a recepção que exibirão nos comentários. Muito agradável é a interação e o respeito às ideias, não é mesmo?

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  3. O comentário do Alex é pertinente, mesmo em lavouras de joio é possível encontrar alguns grãos de trigo (pouquíssimos). A postura de fazer uma blindagem em relação à abertura do voto e em saber o voto alheio também mostra independência e inteligência, pois evita as "mãos queimadas"- por referendar e indicar pessoas cujo comportamento futuro venha a estar afastado da esperança criada- e a rotulagem que por vezes fazemos de algumas pessoas sem nos dar conta. Apesar da ótima e inequívoca defesa, continuo a adotar a postura que tinha anteriormente. Penso que em algumas lavouras muito contaminadas o tratamento radical é mais eficaz (um herbicida sistêmico, que acabará com o joio "velho e rançoso", ainda que venha a exterminar também alguns ramos do bom trigo), pois sempre haverá o cabo eleitoral eloquente, que convencerá muitos "consumidores" a engolir sem mastigar a semente maldita e da erva daninha.
    P.S O pluripartidarismo, que tem como fundamento "dar voz" às minorias, deveria dar tempos equivalentes no horário gratuito para a exposição das ideias, independentemente de coligações.

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  4. Ótimas contribuições, Adhemar; obrigadíssima!!

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