quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Comidinhas, mesa familiar e risadas

Hoje coloquei o avental e fui preparar o almoço. Não sei se você aprecia, mas eu gosto de ensopado de frango caipira com batadas salteadas. Decidi preparar uma generosa porção, assim deixarei meus potinhos salvadores no congelador; eles ajudam bastante na organização da vida em família, ainda mais quando a comida que está dentro deles foi preparada em casa.

Grande alegria - Eu costumo almoçar a maior parte dos dias fora de casa, mas nada como sentar ao redor da mesa e comer na minha cozinha. Pegar a comida fumegante, ali na panela, não é para se dispensar, concorda comigo? Depois vem o café coado na hora e o indispensável cochilo, herança bendita que acompanha qualquer amazônico.

Comida, mesa e lembranças para sempre - As refeições familiares e suas transformações sempre estão na minha cabeça. Tenho ótimas lembranças. Elas incluem a mesa grande, a família reunida,  as terrinas de sopa nas pontas da mesa, cestos de pão fatiado, um pote de queijo parmesão ralado e meu pai, ainda vivo, contando os seus causos, lá pelo Rio Juruá.

Cardápio e lembranças- Outras lembranças vão para o peixe frito empanado na farinha de mandiocaos quisadinhos com maxixe, o pirão de farinha com caldo de peixe, a carne assada com batatas bem coradinhas, o filé acebolado, os bolinhos com sobras de arroz, as mugicas de piracuí, as massas caseiras  -  e,  tantas gostosuras, feitas pela minha mãe e irmãs mais velhas, ali na minha frente. Quantas lembranças boas, caríssimo. Lembrar das comidas saboreadas em torno da mesa familiar dá uma saudade...

Postas de pescada amarela bem temperadas com cheiro verde; hum...que saudade desse caldinho amazônico! Férias em Belém, fev 2010
Legado certeiro - Minha filha gosta de algumas comidinhas que sei preparar. Levará certamente para a vida afora as lições da convivência desfrutada entre avós e tias afeitas ao preparo dos alimentos. Talvez, no futuro, nem veja a necessidade de preparar uma sopa de ervilhas, um refogado de pirarucu com cubinhos de jerimum ou o delicioso ensopado de pescada amarela com cheiro verde e coentro que aparece em destaque. Terá, no entanto, a lembrança de que a comida na mesa familiar tem gosto especial e sentido. É o que importa, não é mesmo?

Para sair do meu clima nostálgico -  Que tal dar boas risadas com Aprenda com quem sabe, do divertidíssimo Belenâmbulo? Quer mais? Basta passear pelo blog.

Até a próxima!

9 comentários:

  1. Esse tema de hoje mexe comigo.
    Embora carregando as recomendações médicas às quais tenho de resignar-me, aqui e ali em ocasiões esparsas, fujo dos problemas para deliciar-me com alguma comida especial.
    Sou muito exigente no item alimentação e mesmo com as comidas preparadas por minha esposa (sempre com qualidade superior), o paladar tem que adequar-se aos meus gostos pessoais.
    Nos restaurantes que frequento habitualmente, os garçons já sabem das minhas preferências que, se não forem atendidas, perdem o cliente.
    Como exemplo, sendo portador de hipertensão arterial, minha alimentação é praticamente sem sal, o que me obriga suprir com alternativas para que a comida seja saborosa.
    Pirarucu fresco ao leite de coco, pescada amarela à milanesa ou com uma crosta de farinha de Bragança, um risoto de camarão de Mosqueiro e uma moqueca de filhote estão entre minhas pedidas.
    Hoje quase não como carne vermelha em decorrência de probela renal, não gosto de aves, de sorte que os peixes tem sido minha alimentação mais frequente, juntamente com caldos, sopas e muita fruta.
    Mas que fome "danada" deu agora !

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  2. Adoro a internet, porque aproxima leitores e intenções; obrigada, Onizes; aforei o comentário. Fiquei, também com água na boca ao ler sobre as indicações acima. Essa moqueca de filhote e esse pirarucu fresco, aqui em Curitiba, hum... só na imaginação. Que pena!

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  3. Que saudade de Belém! Esse prato está tentador! Lembrei que ainda tenho um pouco de pescada amarela no freezer, que trouxe de lá. Abs!

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  4. Obrigada pela visita e comentário gentil, Kats! O prato de pescada amarela em destaque foi uma das despedidas de Belém. Uma das minhas irmãs preparou uma rodada de postas fritas e outra com esse caldinho. Você não vê, mas nele misturei um pouquinho de tucupi com pimenta de cheiro. Ficou "daqui", ó!!

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  5. Ah os sabores da vida!Fujo,por desconhecimento mesmo,falta de empenho em aprender,e por não ser o que mais me satifaz,estar na cozinha,mais aprecio uma saborosa comida.Opa!!Tenho abusado nesse tempo mais friozinho,das sopas,caldo engrossado com feijão e legumes,tomados em tijelas coloridas,até pq na minha casa é unanimidade!Ontem mesmo,na espera do marido e filha,que estudam a noite,rapidamente fiz um caldinho de carne engrossado com massa de letrinhas e um ovo quebrado na finalização e mexido pra deixar mais gostoso ainda.Amo ver minha filha repetir e meu marido elogiar:gostoso Preta!muito gostoso!Me faço de inferente,-é mesmo?,fiz assim rapidinho não deu nen pra pegar o gostinho do tempero,kkkk.É Doralice!Deu saudade das invenções e gostosuras da mamãe,tudo,tudo,do mais elaborado a comidinha rapida,cheirosa,saborosa.No mais tantas lembranças de familia relacionadas em volta da mesa,em casa,na praia,nos natais festivos...saudosas lembranças.Até!

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  6. Que legal, Doris! Nossas lembranças se entrecruzam nas alegrias em torno da mesa. Obrigada, o prestígio que ofereces às postagens, mesmo sendo irmã, é estimulante.

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  7. Lembranças, lembranças...que gostoso! Deu até pra sentir o cheirinho dessas delicias. Pena que eu não sei fazer nd disso. Mas lembro da minha infância recheada de sabores e aromas maravilhosos. Frutas, comidas, sucos.... lembranças... Com esse friozinho aqui em Campinas e o vento ajudando a piorar, ajudaria um tacacá para aguecer. Delícia! Bjs

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  8. Um tacacá; que boa lembrança, Ce! Obrigada pela contribuição à lista de gostosuras.

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  9. Prezada Doralice,
    Só agora cheguei por aqui.
    Agradeço pela visita e pelo comentário deixado lá no blog, e ainda mais pela citação em seu post.
    Estou renovando minhas ideias, por isso ando meio ausente da blogosfera. Mas, logo, logo eu volto. Eu sei.

    Abraço, Wagner

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