segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Escrever objetivamente

A objetividade da linguagem é um recurso imprescindível, porém muitos informes oficiais não atentam à preciosa contribuição oferecida pelas frases curtas, parâmetros descritivos, quantificações e delimitações conceituais.

Não sei se você costuma reparar na redação encontrada nos espaços jornalísticas ou nos blogs, mas que tal, a partir de hoje, ficar mais atento e observador quanto à objetividade da linguagem presente?


          Objetividade: s.f. Qualidade do que é objetivo.
(Bueno, Silveira- Minidicionário da língua portuguesa,FTD)

A clareza na informação é demonstração de respeito ao leitor, advirto constantemente aos meus alunos - Encontros Marcados com a Redação, Curitiba, 2010

Ótimo exercício - O Twitter guarda um grande mérito, ao lado da sua indiscutível interatividade: ele impõe aos seus usuários a necessidade da manutenção da objetividade na expressão escrita. Redigir um tweet com o máximo de 140 caracteres exige  precisão nos informes, o que subentende a clareza na informação. Aviste o exemplo abaixo, caro leitor:

           "Manhã de tempo estável e temperaturas amenas no Paraná. Neste momento faz 9,8ºC em Curitiba, 10,7ºC em Foz do Iguaçu e 18,1ºC em Maringá."
(Simeparpr, às 7h14)

Observe que sem a delimitação numérica quanto à temperatura a descrição de "temperaturas amenas no Paraná" não seria dimensionada na cabeça do leitor.

Contribua  - Caso você tenha algum exemplo de informe objetivo, dentre as leituras que costuma fazer, independente da vinculação ao Twitter, por favor, compartilhe o link conosco, porque diante das grandes queixas à falta de clareza e à subjetividade na redação, serão sempre bem-vindos os exemplos objetivos, concorda comigo? 


" Subjetividade: s.f.  1- Qualidade do que é subjetivo. 2- Estado de um sujeito que considera a realidade pelos seus estados de consciência."
(Minidicionário Larousse da Língua Portuguesa)

Reflita comigo - A linguagem subjetiva - essencialmente marcada pelas impressões pessoais -  cabe muito bem nos textos de opinião, nas colunas analíticas, na ficção e até mesmo nas declarações de "achismos", porém ficará sujeita ao crédito do interlocutor, nem sempre favorável às impressões, mas sim fortemente satisfeito quanto à objetividade e à precisão do que lê. Cabe a quem redige atentar ao contexto e ao objetivo do que se deseja compartilhar, seja através da oralidade ou da expressão escrita.

Até mais...

2 comentários:

  1. Perfeitas essas observações.
    As possibilidades encontradas hoje facilitam muito a vida de quem deseja ter uma vida intelectualmente mais ativa.
    Nunca se teve tanta oportunidade de ler, ao mesmo tempo em que nunca se leu tão mal. Mas talvez seja uma etapa necessária. Só não sabemos o que virá depois.
    Quanto a escrever, a Internet trouxe, mais do que a facilidade, o estímulo à escrita. Cabe a cada um exercitar.
    Escrever, não me ensinaram na escola, é uma poderosa e necessária ferramenta para desenvolvimento do raciocínio e da capacidade de análise.
    Quem mal escreve, mal lê, mal fala.
    Assim como quem mal lê, mal escreve, mal fala.
    Tudo gira em círculo.
    Quem não gosta de ler, comece escrevendo. Sentirá a necessidade de ler bons textos.
    Quem não gosta de escrever, comece lendo.
    Quem não gosta nem de uma coisa nem de outra, comece pensando, raciocinando. Sentirá a necessidade de ambos, ler e escrever, antes de falar.
    Quem não quiser nada disso, paciência.
    Levará uma vida que pouco valerá a pena!

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  2. Concordância plena, prezado leitor. Grata pelas observações apuradas.

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