quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Conforto térmico? Uma necessidade e um direito!

 
Um café para esquentar? Não é suficiente nas edificações sulistas- arquivo pessoal 2013

Quero segurar a frase, mas ela sairá aqui, também!  - Ai, ai, ai...que frio! A sensação térmica ultrapassa o quadro de análise do plantonista do Simepar.  Faço um apelo ao café com leite  para esquentar um pouco, mas não alcanço o sucesso desejado. Estamos em um dia típico de inverno e a sensação térmica é agora traduzida por mim como quase insuportável!

Será - Fico pensando se as nossas casas, escolas e estabelecimentos comerciais estão ajustados às variações do clima curitibano? Alô, engenheiros civis, arquitetos, clientes em lojas, cafeterias, hospitais e terminais de ônibus, entre outros que atraem grande número de pessoas? O que têm a declarar? Será que há algum dispositivo legal que determina a atenção aos ajustes climáticos na hora de construir ou adaptar? Sou leiga no assunto. Socorro!

Embarque imediato !-  Estou com tanto frio que se pudesse pegaria um avião e iria imediatamente para um lugar bem quentinho, assim tipo lá para o Norte ou Nordeste do país. Nem aquecedor, nem roupas de lã e nem o delicioso café na xícara que você vê no destaque ajudam a diminuir a sensação de desamparo climático que ora estou passando. Agora, imagine os que trabalham ao ar livre em Curitiba? Imaginou? Sinta o clima, meu querido leitor!

Portanto ...- As nossas construções, mesmo simples ou arrojadas, precisam de orientação técnica, caso contrário, aqueles que as projetam amadoristicamente e os que as construíram não receberão o aplauso merecido. Assim, desfrutar de conforto térmico é um direito do morador ou cliente e um dever de inclusão no projeto de quem edifica. Os editores de O Lápis Verde certamente concordarão comigo.

Até a próxima!

5 comentários:

  1. Doralice, concordo com tudo que você disse sobre esse frio todo, até mencionei seu post no meu blog. Mas mudando de assunto, deixa eu falar como achei seu blog. Outro dia eu estava lendo o site do "come-se.blogspot.com.br" e vi um comentário seu que me lembrou um estilo de escrita, fiquei pensando... deveria ser alguém que eu já conhecia... e sim, era o mesmo estilo da Doralice, cujos comentários eu lia no blog do Marcelo Katsuki. O cérebro da gente faz conexões interessantes, desse modo vim parar no seu próprio website, que eu gostei muito de ler, fui pulando de um post para outro, de forma aleatória. Parabéns pelo seu trabalho e pelos seus registros. Abraços, Naomi

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    1. Salve, Naomi! Então, é também uma leitora do Marcelo Katsuki e da Neide Rigo? Eles são espetaculares; sou fã assumida do trabalho que fazem saboreando e oferecendo dicas gostosas.

      Um dos meus maiores prazeres é a escrita e quando alguém confirma a leitura do que escrevo, ah...fico duplamente feliz. Obrigada pelas gentis palavras e reconhecimento do meu jeito de interagir com as pessoas.

      Grata pela visita; muitos passam pela página e raramente deixam um comentário. O seu? Foi um prêmio caloroso nesta noite friorenta de Curitiba. Apareça.

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    2. Oi Doralice,
      Eu que agradeço a sua resposta ao meu comentário.
      Eu gosto muito do blog do Katsuki, mas acho que a Folha restringe as visitas aos assinantes, houve algumas vezes que não consegui acessar. O site da Neide Rigo eu descobri faz pouco tempo e amei, aprendo muito!
      Vou voltar a sua página sim! Além da leitura agradável e dos assuntos interessantes, visito um pouquinho de Curitiba (há uma beleza poética nas fotos do cotidiano).
      Abraços, Naomi

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  2. Prezada Profª Doralice, sua observação é pertinente no que diz respeito à legislação, a qual é omissa e inapta, deixando ao cargo do mercado e de especuladores imobiliários a decisão de qual tipo de construção realizar. O menor custo sempre vence, resultando numa margem de lucro maior e sem preocupação com o pós-venda.

    Notadamente percebemos erros construtivos básicos, como telhas de fibrocimento no nordeste (já conversamos sobre isso) e ausência de isolamento térmico e calefação ao sul.

    O conforto térmico é desprezado e só lembrado quando ouvimos notícias absurdas de pessoas mortas pelo frio, dentro de suas próprias casas!

    Numa análise mais atenta percebo a importância desta discussão, pois creio que a solução se encontra em conversas como essa que estamos tendo, influenciando a opinião de pessoas que também são formadoras de opinião, e assim como numa progressão geométrica, forjar consumidores exigentes de seus direitos mais básicos, como a moradia de qualidade.

    Somos um país jovem, e jovens são também as nossas percepções daquilo que devemos exigir, daquilo que devemos ou não devemos fazer, daquilo que podemos realizar sem incomodar o próximo. Falta bom-senso de uns, falta caráter em outros, mas devemos aprender com os erros e somar nossas experiências, pelo menos nisso existe um consenso.

    O Brasil reúne o que há de melhor e de pior no mundo. Lado-a-lado reside a África e a Suíça. Temos pessoas que gastam cifras astronômicas em futilidades enquanto famílias morrem de fome e por falta de abrigo, em condições miseráveis de vida, abaixo da linha de pobreza. Alguns possuem condições de calafetar e tratar termicamente sua residência por completo, enquanto outros não possuem sequer saneamento básico.

    Ante tanta desigualdade social, me recolho resignado, pois a cama é um lugar quente pra chorar...

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    1. Grata pela contribuição com dados técnicos e da expressão da sua opinião franca no âmbito social, prezado arquiteto Marcelo Lorenzati.


      As "desigualdades sociais" traçam a linha perversa no tema, sem dúvida alguma, mas está nas nossas mãos a reversão desse quadro, pois educar é orientar. O seu parágrafo nº 4 é indicador de uma solução "em escala geométrica": a formação do consumidor; este, se me permite acrescentar, é o cidadão atento e consciente dos seus direitos e deveres.


      Não sou da área, mas ficarei ainda mais atenta à observação dos "erros construtivos" quanto ao emprego de telhas de fibrocimento (Norte e Nordeste) e ausência de isolamento térmico e calefação (ao Sul). A melhoria das condições econômicas de todos e a consciência gradual dos direitos e deveres em sociedade são vislumbrados como a dupla eficiente quanto às mudanças, mas é preciso que todos as desejem, caso contrário, as desigualdades exibirão o quadro triste que o arquiteto traçou com evidentes detalhes.

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