quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Privilégios inconcebíveis na cabeça do cidadão

Considero insuportáveis quaisquer privilégios que subtraem do cidadão o direito de reclamar e exigir tratamento justo, mas a maioria de nós desvia o olhar, esconde a mão, fica caladinha e jura que não ouviu, quando qualquer situação nos privilegia com algum benefício estranho aos demais. Exemplos? Hum...aos montes. Lugar na fila, inclusão do nome em lista já fechada, promessa de apadrinhamento, entre outras tristes constatações, concorda comigo, leitor?

Ele pode, você não; por quê? - Os privilégios da condição política no nosso país estão no topo da lista da reclamação do cidadão honesto; aos que têm mandato e aos ditos influentes tudo é concedido, mas ao povo sim o cumprimento do que está na lei ou na esfera do jeitinho, peculiar atitude que coloca no chão as nossas melhores intenções cidadãs. Eu reclamo na hora; fico indignada e escrevo aqui e envio críticas às colunas dos leitores dos jornais e revistas. Você não faz nada? Fica quieto? A charge que ilustra merecidamente o tema da postagem é do Benett, pródigo cartunista em articular a vida real e a vida política. Eu a encontrei nos arquivos da Gazeta do Povo, Gazetinha20/9/2005.

No rol de personagens do Benett o Punkadinha é sempre um destaque; é bem transparente,claro e verdadeiro. 



O jeitinho e o vale- tudo comandam historicamente? - A notícia sobre a concessão de passaporte diplomático pelo Itamarati aos filhos do ex-presidente Lula está bem explicadinha, aqui no Josias de Souza, mas eu queria ler se tais privilégios historicamente têm acontecido sem que o povo tome conhecimento.  Ao jornalismo investigativo cabe a tarefa. Pensei em alguns nomes, mas aguardarei os jornais de amanhã e as revistas do final de semana. O cidadão atento agradecerá reportagens futuras sobre o assunto, mas o leitor que aprecia a perpetuação do jeitinho aprenderá a encontrar uma brecha na lei para burlar o que é justo e correto na vida nacional. É preciso muito peito para enfrentar o descaramento, a injustiça e o vale-tudo permitidos sob as mãos concessivas do aparato público, sempre disponível e benevolente aos políticos, tanto na esfera municipal, estadual e federal. Discorda de mim , leitor?

Incoerência patrocinada - Fico até sem vontade de elaborar propostas de textos argumentativos ou dissertativos para o treino da redação dos meus jovens alunos, quando o rol de temas apontar, por exemplo: nepotismo, ética e justiça. A nova leva de governadores, inclusive o paranaense, não ofereceu o bom exemplo nesse trio temático.  Imaginá-los em prova de vestibular oficial, pior ainda. Meu Deus do céu! Eles logo perguntarão: "É para falar a verdade ou ficar bem na fita?"


Até a próxima!

2 comentários:

  1. Você é lúcida. E isto a torna diferente do rebanho. Rebanho é para seguir, acompanhar quem vai na frente. Uma vez perguntaram ao Ademar de Barros, antigo ladrão nacional, ex-governador de São Paulo, o que era ser um líder. Aí, ele disse :"Lider é aquele que aponta para um lado e diz - vai pra la macacada! E um monte de gente vai." Você, eu e outros poucos somos daqueles que não seguem o que apotam esses dedos. E acho que temos a obrigação de tentar fazer esse país dar certo. Um abraço e, apesar dos pesares, um feliz ano novo
    Elson Sepulveda

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  2. É com alegria que leio o seu comentário, Elson; gosto da ideia da qualidade em todos os setores da vida. Aliás, gostamos, não é mesmo?


    Retribuo o desejo de um 2011 menos triste; temos obrigação de tornar os nossos dias mais intensos e felizes. Sinta-se abraçado, prezado blogueiro.

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