Meu Brasil brasileiro

Atacada pela praga da ferrugem a amoreirinha está repleta de amoras e de passarinhos; o civismo brasileiro também parece estar assim: adoentado na base e carente de cuidados.

Quando eu era adolescente costumava ir à Avenida Presidente Vargas, lá em Belém, para observar o Desfile Militar, também conhecido como  Parada, que acontecia exatamente no dia 7 de setembro - data simbólica da Independência brasileira. Confesso ao leitor de que não sentia nenhum constrangimento em prender no alto da blusa ou do vestido uma fitinha com as cores da bandeira nacional. Era praxe,  tudo simbolicamente ajustado ao dia e ao sentimento cívico.

Crianças e jovens da minha época, incentivados  pelos pais gostavam de acompanhar as manifestações cívicas, soberanamente cooordenadas pelas Forças Armadas, representantes do poder e da ordem, mas hoje quem deixará o conforto do seu lar para olhar a cavalaria e os soldados naquela marcha sincronizada? Não basta; é pouco e quase sem sentido, porque o país precisa mais do que um desfile militar. Acorrer à praça para expressar o desejo de amor à pátria precisa ser igualado ao inesquecível movimento das DiretasJá ou quando o país disputa premiações na Copa do Mundo.

A bandeira brasileira tremula bem altaneira na torre da  igreja; independente do tempo marcado no calendário ela está sempre hasteada  - Mercês, Curitiba, 2010

Compartilhe ações -  O nosso Brasil bem brasileiro está carente de civismo. Os maus exemplos são tantos que o amor pelo país é lição fracamente ensinada, tanto na família, quanto nas escolas. Restam as lembranças e a potencialidade das nossas atitudes atuais, no interior da família, nas instâncias da sociedade e, sobretudo, diante das urnas. Amor pelo Brasil, pátria amada, salve, salve!

Salvemos o país dos oportunistas, prezado leitor.  Um clique consciente nas urnas poderá mudar o panorama político e o civismo, expressão  de amor à pátria, alcançará invejáveis exemplos às novas gerações.

Até a próxima!