Eu sei. Melhor formação profissional aos professores, remuneração digna, boas condições de trabalho e qualificação da vida social, porque muitas crianças e jovens trocam, voluntariamente ou não, a escola pelo trabalho - ou pela vadiagem.
Inaceitável é imaginar a escuridão advinda pelo analfabetismo nacional ; sem a capacidade de ler e interpretar informes como escrever concatenadamente? |
Ouso até desconfiar da argumentação do ministro da educação, sempre bem intencionado, mas longe da realidade; ele alega que a idade e a lonjura da casa para a escola são os entraves ao combate ao analfabetismo, especialmente na zona rural. Não sei se o estudante que ele foi um dia lhe ensinou que a vida real é outra coisa. Quando a família vai bem obrigada, a escola é bem assistida e os professores são competentes, a leitura entra na rotina das crianças e jovens, até na dos adultos afastados por mil razões do espaço escolar.
Ler é decodificar sentidos nos registros de natureza linguística, não apenas letramento ou juntar palavras. É estabelecer conexões extremamente articuladas. Exige disposição e técnica de quem intermedia e desejo objetivo de quem quer ler. Quando essa dupla entra em ação os números tristes do analfabetismo despencam.
Recebo muitos alunos; todos finalizam o ensino médio ou já são egressos, mas nem todos sabem ler satisfatoriamente, o que ainda é lamentável, porque há muita conversa fiada no quesito leitura. Inábeis professores das primeiras séries assumem a nobre tarefa de conduzir crianças à leitura. Dá nisso: jovens não sabem interpretar um texto, nem recontar o que leem. Há quem pense bem redondinho no assunto; veja o que encontrei hoje no UOL Educação, mas não concordo nada com essa tal de Bolsa Alfabetização, mais uma alternativa equivocada de ajudar saqueando os cofres públicos .
Até a próxima!
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